Deus, que deprimente. Era melhor deixar apenas aquela linha: eu preciso de uma esposa.
Tommaso apareceu à porta.
— Sr. Castellini, desculpe te interromper, mas chegou uma jovem para vê-lo. E ela está usando um vestido de noiva. Lorenzo olhou para o mordomo. Olhou em sequência para o e-mail que escreveu. Então voltou-se para o mordomo novamente.
— sério, isso é muito assombroso.
Talvez seus advogados não fossem tão inúteis quanto ele pensava. Lorenzo descansou as costas na cadeira e colocou um pé sobre a escrivaninha, com apenas as luzes do abajur acesa ficando assim nas sombras do escritório.
— Claro, faça-a entrar. Em pouco tempo, uma jovem de branco entrou no escuro do escritório. O pé dele escorregou da escrivaninha e Lorenzo foi para trás, batendo na parede atrás dele e quase caindo da cadeira. Um pouco dos papéis que estavam na escrivaninha caíram espalhando-se pelo chão.
Ele estava de boca aberta com aquilo. Não que a beleza dela não fosse excepcional, ele já imaginava que a moça pudesse ser linda.
Mas era impossível avaliar a sua aparência, pois o vestido que usava era um absurdo, ela estava coberta de uma coisa cheia de rendas, brilhos e sabe mais o que, cuja ousadamente chamavam como “vestido de noiva”. Bom Senhor. Ele não estava acostumado a ficar no mesmo ambiente que algo tão horrível quanto ele mesmo. Lorenzo apoiou o seu braço na cadeira e levou a mão, escondendo as cicatrizes do rosto.
Dessa vez ele não protegia a sensibilidade de um funcionário nem mesmo sua autoestima. Estava se protegendo de... daquilo.
— Sinto em atrapalhar a essa hora Sr. Castellini
Disse com a cabeça baixa prendendo o olhar em algum desenho do tapete persa.
— Assim espero.
— Mas, por favor, entenda que estou sem saída.
— ...
— Preciso ser paga pelo meu trabalho senhor, e preciso ser paga agora...
Lorenzo hesitou por um instante.
— O seu... seu trabalho.
— Eu sou estilista. E costurei isto.
Com um olhar cheio de raiva ao passar as mãos por aquele negócio de seda, rendas e brilhos.
— Para a Srta. Agostini.
— Para a Srta. Agostini. Ah!..
aquilo começava a fazer sentido.
A atrocidade branca de seda tinha
Sido feita para a ex-noiva de Lorenzo. Nisso ele podia acreditar. Bianca Agostini sempre teve um gosto péssimo, para tudo em sua vida.
— Como o noivado de vocês terminou, ela... Ela não me informou do mesmo, e quando finalizei o vestido a senhorita Agostini não foi o buscar ou pagar por ele. Entenda ela comprou os materiais, mas não pagou pela mão de obra. E isso quer dizer que fiquei sem o meu pagamento pelo trabalho senhor fique o fazendo por meses... eu tentei visitá-la, mas não fui ignorada. O mesmo com as mensagens que enviei para vocês dois. Então pensei que se eu aparecesse vestida com isso
Ela passou as mãos novamente pela saia do vestido branco
— seria difícil ser ignorada.
— Você estava certa.
Até o lado bom do rosto dele se contorceu em um sorriso leve.
— Bom Deus, parece que um armarinho inteiro está costurado nisso e você foi a pobre coitada a usá-lo.
— A Srta. Agostini pediu por cada um dos itens e desenhou o modelo, apesar de ter oferecido meus serviços quanto a isso, mas ela exigiu assim e eu simplesmente concordei, ela queria algo apropriado para a futura Senhora Castellini, uma verdadeira Dama da Camorra.
Lorenzo se espanta por ela saber quem ele é e ainda sim, vir exigir dinheiro para ele.
— E isso seria o vestido ideal... isso não é apropriado nem mesmo para um lustre de um bordel barato.
— Bem, a senhorita Agostini tem... um gosto muito... peculiar.
Ele se inclinou para frente.
— Não consigo nem assimilar a coisa toda. Nem mesmo o vômito de um unicórnio bebê seria tão... tão...
— excêntrico e cheio de brilho.
Ela voltou os olhos para o tapete e soltou um suspiro.
— O que foi? — ele perguntou.
— Não me diga... você gosta disso.
— Isso não importa, senhor.
Acontece que eu tenho orgulho das minhas habilidades, e este vestido ocupou meu tempo durante muito tempo. Pode não ter o perfil dos modelos que costuro mais...
Depois que o choque do vestido havia passado, Lorenzo voltou sua atenção para a jovem em meio a roupa. Ela ao contrário do vestido era linda.sua pele em um lindo tom caramelo, os lábios das cores de uma pétala de rosa, seus cílios longos e um perfume doce, delicado e maravilhoso...
Ela passou a mão pelo decote do vestido.
— Só este bordado cheio de detalhes... trabalhei nele durante semanas, fiz a mão com riqueza de detalhes, tudo para ficar bem feito.
Lorenzo acompanhou com os olhos o caminho percorrido pelos dedos. Ele não conseguiu ver nenhum bordado, viu um belo par de seios, fartos e apetitosos, prensados por um corpete justo. Ele apreciou a visão daqueles seios e do ar de determinação que os deixava empinados. Elevando os olhos, ele admirou os cabelos pretos e aqueles lábios que pareciam implorar por um beijo, demorado deliciando cada detalhe como um predador.
Controle-se, Lorenzo. Ela não deveria ser tão bonita assim. Com toda certeza estava se beneficiando do contraste com o vestido. E já fazia alguns meses que ele estava isolado do mundo.
— senhor Castellini — ela disse
— meu armário está quase vazio, algumas contas estão atrasadas e meu aluguel irá vencer hoje pelo terceiro mês consecutivo. O senhorio ameaçou me jogar na rua se eu não pagar tudo que devo. Preciso receber já que deixei de pegar outros trabalhos já que esse era muito grande e eu fiz todos esses detalhes, sozinha e costurei ele todo a mão e sozinha assim como a noiva desejava, levei meses para finalizar pensando que o valor que receberia valeria os sacrifícios. — Ela estendeu a mão. — por favor. Lorenzo cruzou os braços à frente do peito e a encarou.
— Senhorita...?
— vittoria... Vittoria Ferraro.
— Srta. Vittoria, você parece não entender quem eu sou. Ou você deveria se sentir apavorada, mas sua atitude mostra uma falta de ou nenhum tremor corporal. Tem certeza de que é apenas uma estilista?
Ela mostrou as mãos, Cortes cicatrizados e calos estavam presentes, evidências do trabalho árduo. Lorenzo Ainda assim, não se convenceu.
— era costureira antes, mas a madame LeBlanc me ajudou e me graduei em moda trabalho em seu ateliê, por ter começando a pouco ainda atendo como sua costureira e faço alguns modelos como estilista, ganho porcentagem pelos modelos e madame LeBlanc me indicou esse pelo pagamento ser alto me liberando de todos os outros a exigência era que atendesse todos os desejos da noiva sem questionamento e tivesse muita paciência e assim o fiz.
— Bem, você não pode ter nascido na vida que leva, pelo que me disse é simples. Tem muitos modos muito refinados só pelo jeito que se porta indicando vir de uma classe alta da sociedade. Imagino que tenha ficado órfã muito jovem, de um modo especialmente horripilante.
— Não, senhor.
— chantagem?
— Não
Ele estalou os dedos.– Já sei. Seu pai é um patife. Está na prisão por dívidas. Ou gasta o dinheiro do aluguel com bebidas e prostitutas.
— não senhor meu pai é um homem respeitável.
Aquilo não fazia sentido.
— Como você trabalhou tanto tempo como disse, retalhando os dedos como costureira sendo que tem essa carinha de princesa rica e mimada... Claro também veio de uma família respeitável como disse.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Carmem Lùcia Pimenta
IMAGINO SÓ PELO SUSTO DELE 🤣😂🤣🤣😅😂
2024-03-12
3
Marilena Yuriko Nishiyama
🤣🤣🤣🤣🤣
2023-09-24
2
fiquei curiosa para saber como era esse vestido?
2023-01-25
4