Eu sabia que aquilo era errado, mas ele foi tão romântico, disse estar apaixonado, fez com que eu me sentisse... Especial, Desejada, Amada.
A Srta. Bianchi não precisava explicar. Vittoria sabia exatamente como a Aurora se sentiu.
— Você não deve ser tão dura consigo mesma. Não é a primeira e nem será a última a confiar no homem errado.
Mas, de algum modo, era sempre a mulher que pagava o preço mais caro. Vittoria não enfrentou a mesma situação que a Srta. Bianchi, mas ela também havia sido punida pelo simples crime de seguir seu coração. As lembranças ainda doíam.
— e a ideia de ver o mesmo destino cruel castigar a outra, isso a fez tremer de raiva diante de tanta injustiça.
— vittoria — Madame LeBlanc ralhou do outro lado da cortina.
— A bainha da senhora Romano não vai se costurar sozinha.
— Um instante, madame LeBlanc
— ela respondeu. Para a Srta. Bianchi, ela sussurrou
— Volte na semana que vem para pegar seu vestido e nós conversaremos mais. Se houver qualquer coisa que eu possa fazer, saiba que eu vou.
— Não posso lhe pedir isso Vittoria
— Eu sei onde estou me metendo e te garanto eu vou fazer o que puder para te ajudar
Elas se abraçam, Vittoria estava decidida. Sua consciência não lhe permitiria descansar tranquila sabendo que poderia ajudar.
— Aconteça o que acontecer, você não vai ficar sozinha. Eu prometo. Naquela tarde, a concentração de Vittoria estava tão dividida que nada dava certo. Duas vezes ela teve que desfazer os pontos tortos da bainha de senhora Romano e refazer. Finalmente, chegou a hora de fechar o ateliê e ir para casa.
— Você vai, está noite?
— Sua amiga Millena perguntou depois que Madame LeBlanc foi para o seu apartamento.
— Vamos para balada, vem também amiga já trabalhamos muito no ateliê temos que distrair um pouco.
— Esta noite não, Millena. Pode ir. Vittoria não precisou dizer duas vezes. Millena saiu pela porta assim que conseguiu soprar um beijo para a colega. Em outro momento, ela teria indo aproveitar uma rara oportunidade de dançar, mas não essa noite. Vittoria não apenas estava muito preocupada com a Srta. Bianchi, e ainda tinha tudo que aconteceu na Casa do Don Lorenzo. Ele devia estar rindo da própria esperteza até aquele instante. Casar com uma quase estilista que faz trabalhos como costureira em um ateliê? Ha-ha-ha. Que engraçado! Abusado!
Vittoria sacudiu a cabeça para afastar a lembrança, dizendo a si mesma para não desperdiçar nem mais um pensamento com o Don. Ela tinha outras prioridades. Após procurar e encontrar um pedaço de papel, mastigou um lápis usado, pensando em modelos confortáveis e elegantes que escondesse a barriga de uma gestante, Vittoria faria seu melhor. Ela levou o lápis ao papel e começou a desenhar.
A tarefa absorveu tanto sua atenção que ela não reparou quanto tempo havia se passado até que alguém bateu na porta. Pah-pah-pah. Ela quase pulou para fora cadeira com o susto e guardou os desenhos.
— Já fechamos. As batidas ficaram mais altas. Mais insistentes. Pah-pah-pah-pah. Com um suspiro, Vittoria foi até a porta e abriu só uma fresta.
— Desculpe, mas já fechamos a...
— Não fecharam para mim. Ela se viu empurrada de lado por um homem que forçou a entrada. Ele vestia uma roupa escura e uma boné com a aba curva, escondendo parte do rosto, mas ela o reconheceu no mesmo instante. Apenas um homem podia se comportar daquele modo arrogante. O Don Lorenzo.
— Srta. Ferraro.
— Ele inclinou a cabeça no menor aceno possível.
— Eu lhe disse que nos veríamos de novo.
Oh! Deus. Vittoria fechou a porta e virou a chave. Não havia nada mais a fazer naquele momento. Ela não podia deixar a porta entreaberta e arriscar a loja ser roubada.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Josefa Fonseca
bom dia estou comencando vamis ver misterio que vitoria esconde do passado dela
2024-04-16
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