Capítulo 8

Antonella

Faz uma semana, que Marco foi viajar e ainda não voltou. Deve estar naqueles seus negócios sujos. O que não me importa, pois é muito bom ficar aqui sozinha, bem nem tão sozinha, pois Mário fica aqui, porém mais trancado no escritório trabalhando, conversamos apenas o necessário, mas ele é um homem bem diferente do meu pai e de Marco.

Continuo trabalhando no restaurante, pois não quero depender do dinheiro desse imbecil, para nada. Tenho dado conta do serviço de casa e de trabalhar no restaurante, entro um pouco mais tarde, mas volto mais tarde também.

A minha irmã, está bem melhor, está tomando os medicamentos e logo começará o tratamento. Ela está arrasada, após Gustavo a tratar tão mal, mas a minha irmã é forte, e tenho certeza que vai conseguir passar por tudo isso. Queria ir falar com ele, falar umas boas verdades, mas estou sem tempo. Todos os dias chego exausta.

Acordei, fiz as minhas higienes pessoais, e fui preparar o café da manhã.

Estava terminando, quando Mário chegou.

Mario: Bom dia! -disse a sentar-se.

Antonella: Bom dia! — respondi também me sentando. -Parece exausto!

Mário: Sim, estou todos esses dias, tentando resolver alguns problemas financeiros da empresa do Marco, mas não estou conseguindo! Acredito que o diretor administrativo, da empresa daqui de Nova York, esteja desviando dinheiro... O problema, é que está uma verdadeira bagunça todos os documentos!

Antonella: Se quiser ajuda, sou formada em gestão financeira! Duas cabeças, pensam melhor que uma! -disse divertida.

Mário: Eu aceito sim... Desculpe por Marco te colocar nessa situação, te fazer limpar todo o apartamento e ainda preparar as refeições!

Antonella: Não me importa... já estou acostumada!

Terminamos o café e fomos para o escritório. Passamos a manhã toda planejando os papéis, ele pediu o almoço num restaurante. Almoçamos e voltamos ao trabalho. Assim que terminamos de organizar, analisei todos os documentos.

Antonella: Na verdade, o dinheiro não está sendo desviado, mas sim mal investido! Agora, preciso me arrumar para ir para o restaurante, se quiser, amanhã faço um planejamento!

Mário: Pode fazer!

Me despedi dele, subi para o meu quarto, me arrumei e fui para o restaurante. Hoje tudo estava bem tranquilo, nos dispensaram mais cedo, peguei um táxi e fui para casa.

Ao chegar, levei um susto ao ver Marco com mais dois homens sentados no sofá, e uma mulher muito linda, fazendo massagem nas suas costas. Pude perceber que ele estava ferido no braço, pois tinha sangue na sua camisa. A mulher olhou-me de cima a baixo e fechou o semblante.

Antonella: Boa noite! -disse entrando.

Marco: Onde estava até uma hora dessas?

Antonella: Trabalhando!

Cartney: Quem é essa mulher, Marco? -perguntou visivelmente irritado.

Marco: A minha esposa! -disse sério.

Antonella: Com licença! -disse subindo as escadas.

Cartney: Por isso está me rejeitando? Por causa dessa vagabunda?! -disse irritada afastando-se dele.

Essas ofensas, me corroem por dentro, nunca fui uma mulher leviana e nunca dei motivos para falarem de mim. Então mais uma vez perdi a paciência.

Antonella: A única vagabunda aqui é você, que está dando em cima de um homem casado! -disse tranquilamente e deixei ela lá gritando.

Ao entrar no meu quarto, me joguei na cama, quando Marco invadiu o meu quarto, ele estava visivelmente irritado.

💭... Ah não... Lá vem ele de novo! — pensei.💭

Marco: Vem comigo, agora! -disse com uma garrafa de whisky na mão.

Antonella: O que quer?

Marco: Já mandei vir comigo! -disse asperamente.

Respirei fundo e fui atrás dele, fomos no seu quarto ele entrou no banheiro e tirou a camisa.

Marco: Faça um curativo no meu braço! A maleta de primeiros socorros está no armário.

Antonella: Não é melhor tomar um banho para limpar o ferimento?!

Ele nada respondeu, simplesmente tirou as suas roupas e entrou no boxe. Nunca havia visto tal cena, engoli em seco e fiquei de costas para ele. Eu odeio esse homem, mas nem por isso, deixo de achar que ele é muito lindo e tem um corpo maravilhoso.

Enquanto tomava banho, esterilizei os itens da maleta e as minhas mãos.

Marco: Pronto! -disse aproximando-se de mim, enrolado apenas na toalha.

Peguei as coisas e comecei a mexer no ferimento, a bala ainda estava no local, peguei a pinça e a tirei.

Marco: Não vai colocar luvas, não tem nojo?

Antonella: Tem alguma doença contagiosa?

Marco: Claro que não!

Antonella: Então não tem porque... já esterilizei a minha mão, enquanto esterilizava os acessórios!

Retirei a bala e dei os pontos.

Antonella: Pronto!

Me afastei dele e comecei a esterilizar os objetos que usei e ele foi para o quarto.

💭... Mal educado, nem agradeceu!... -pensei.💭

Organizei tudo no banheiro, ao sair de lá, ele segurou com força o meu braço.

Marco: Nunca mais ouse maltratar as minhas visitas! Entendeu?

Antonella: É só as suas visitas, não me importunar que fica tudo bem!

Marco: Você se acha não é mesmo?!

Antonella: Sei que esse casamento, é apenas um contrato, tanto para você como para o meu pai, porém não sou obrigada a aturar as suas amantes no mesmo ambiente que eu!

Ambos nos olhamos fixamente com ódio, mas logo as coisas foram mudando, não sei em qual momento, mas os nossos olhares se direcionaram para a boca de ambos.

Então puxei o meu braço com força e afastei-me, ao abrir a porta disse:

Antonella: De nada!

Fui para o meu quarto, balançando a cabeça para afastar qualquer tipo de pensamento bom desse homem.

Tranquei a porta do quarto, tomei um banho vesti o meu pijama, peguei o meu notebook e fiz uma planilha com uma vasta pesquisa de melhores investimentos internos e externos, as melhores opções e passei para um, pen drive.

Adoro atuar nessa área, que nem vi as horas passando, ao olhar no relógio já eram quatro da manhã. Guardei as coisas e fui dormir.

Acordei as seis da manhã, Organizei a casa, coloquei as roupas de Marco que ele usou na viagem, para lavar e fui preparar o café.

Após a arrumar a mesa, fui até o escritório, enquanto limpava, deixei imprimindo as folhas do projeto que fiz ontem.

Tudo pronto, montei tudo numa pasta e subi para o meu quarto, tomei um banho, me arrumei para ir ao supermercado. Passei no quarto de Marco, dei uma organizada, arrumei a cama e desci com a minha bolsa e a pasta.

Ao passar pela sala de jantar, os dois estavam tomando café, com a mulher de ontem. Tanto ela como Marco, olharam-me de cima a baixo.

Antonella: Bom dia!

Apenas Mário respondeu.

Antonella: Mário aqui está a planilha... coloquei como realizar investimentos, captar os recursos, investir em determinadas áreas internas e externas e promover mudanças sobre o destino de recursos da empresa. -disse a entregar-lhe a pasta.

Mário: Obrigada, Antonella!

Antonella: De nada!

Marco: Não vai tomar café?! — perguntou asperamente.

Antonella: Já tomei! Agora vou ao supermercado, comprar algumas coisas que estão faltando! Com licença!

Então segui para o supermercado, comprei tudo que estava faltando, e óbvio que paguei com o cartão que ele me deu.

Voltei para casa, preparei o almoço rapidamente, pois hoje tenho que ir mais cedo para o trabalho.

Logo os três vieram almoçar.

💭... Será que essa mulher dormiu aqui?! Será que vai ficar aqui nessa casa?! — pensei.💭

Mário: Não vai almoçar?

Antonella: Não posso, estou atrasada para o trabalho... até mais tarde!

Fui para o restaurante.

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