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A Mão Sobre Meu Ombro

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Capítulo 15

_Eu: Com licença, padre, mas você sabe quem é essa pessoa?? (Pergunto um pouco curiosa)

_Giovanni: Parece que no seu interior você sabe muito bem quem é, você apenas não quer acreditar.

Voltando ao assunto do terreno, podemos fazer um exorcismo, mas não posso garantir que o local poderá ser purificado.

_Eu: Toda essa maldade e tudo que está acontecendo é só por causa do terreno?

Isso não afeta minha família em nada. (Um pouco nervosa)

_Giovanni: Toda a maldade está no terreno, mas você está marcada, então precisamos fazer um exorcismo simples para te libertar da marca e pronto, você poderá sair desta casa sem problemas.

_Padre: Você tem certeza de que será um ritual simples, Giovanni? (Algo preocupado).

_Giovanni: Sim, será algo simples, é mais como uma limpeza para tirar a marca e ajudar na recuperação do ombro também. (Explica com uma voz suave e calma)

_Eu: E quando isso seria feito, padre?? (Intrigada)

_Giovanni: Faremos esta noite, não podemos esperar mais, porque muito tempo se passou e a marca está cada vez mais forte.

Mas eu recomendo que, se você tiver alguém que possa cuidar das crianças, você as leve ou que alguém venha buscá-las, porque por mais que seja um ritual simples, ainda não é adequado para crianças.

_Eu: Sim, padre, já avisei minha mãe para levá-los para lá hoje.

Ligo para minha mãe e conto a ela o que está acontecendo e que vou levar as crianças, mas ela me diz para não me preocupar, que ela já está vindo buscá-las, que enquanto isso eu preparo as coisas que eles vão levar.

Enquanto minha mãe vem, estou preparando as coisas para as crianças, o que inclui leite, fraldas, lenços umedecidos, roupas, sapatos, brinquedos, a mamadeira, os copos do café da manhã e outras coisinhas por precaução.

Com crianças nunca se sabe, talvez eu os mande com o que estão vestindo e logo ela me liga para levar roupas porque se molharam ou sujaram, então é melhor eu mandar mais algumas peças.

_Padre: Enquanto você prepara isso, nós vamos começar a preparar o resto.

_Eu: Ok, padre.

Depois de um tempo minha mãe chegou, eu já tinha tudo pronto.

_Eu: Se comportem na casa da vovó, ok?

(Eu digo a eles enquanto dou um beijo e um abraço em cada um com um sorriso)

_Filhos: Sim, mãe, não se preocupe, vamos nos comportar. (Sorrisos travessos)

Minha mãe entra.

_Avó: Olá, meus amores… (Sorrindo)

_Filhos: Vovóóó (Muito felizes)

_Avó: Está tudo bem?? (Preocupada)

_Eu: Sim, eles só vão fazer uma limpeza em mim.

_Avó: Ok, me avise de qualquer coisa.

Vamos, meus amores. (Sorrindo)

_Eu: Ok.

Até amanhã, meus fofinhos. (Com um sorriso doce).

_Filhos: Até amanhã, mamãe. (Mandando beijos enquanto saem)

Enquanto eu me despedia das crianças, os padres limparam a mesa, colocaram uma espécie de caminho daqueles que vão apenas no centro da mesa e ao longo.

Também algumas velas, uma taça, sobre um guardanapo alguns crucifixos, um de madeira e outro de prata, também há um frasco de vidro marrom, não sei do que são e outras coisinhas que não sei o que são.

_Giovanni: Embora estejamos preparando isso a esta hora, que são 8 horas da noite (Ele diz enquanto olha para o relógio), faremos o ritual às 3 da manhã.

Mas por que estamos começando agora, você deve estar se perguntando?.

Eu o escuto atentamente, embora um pouco confusa e com um pouco de medo do horário em que me dizem que farão o ritual.

_Giovanni: É fácil, é porque nesse horário o diabo estará presente.

Então, ao fazermos o ritual, estamos obrigando-o a remover a marca que está em você.

Você entende mais ou menos o que estou tentando explicar?.

_Eu: Sim, padre.

_Padre: Também quero avisar que, por precaução, teremos que amarrá-la, para evitar qualquer situação em que você possa se machucar ou nos machucar.

_Eu: Tudo bem, padre, eu confio em vocês, embora eu não esteja gostando muito de tudo o que vocês estão me dizendo porque estou com medo.

É como se vocês estivessem me dizendo que vão tirar um demônio que está em mim e não que vão apenas limpar a marca.

_Padre: Não, filha, não se preocupe, é só por precaução, você verá que é algo simples e rápido.

_Eu: Ok (Muito preocupada e cheia de dúvidas).

As horas vão passando, eles continuam preparando as coisas, movem os móveis para que não atrapalhem, deixam apenas uma cadeira no meio olhando para a porta de entrada.

Eu ofereço algo para beber ou comer, mas eles dizem que é melhor assim, pois o ritual pode ser tão forte que nos faça vomitar.

Às 2h30 da manhã, os padres decidem me amarrar à cadeira, um está me amarrando enquanto o padre Giovanni está vestindo suas vestes e começando a se preparar.

Ambos pegam a bíblia e um frasco que eu acho que deve ser água benta.

_Giovanni: Não fique nervosa nem se preocupe, tudo ficará bem.

Aceno com a cabeça duas vezes, o padre olha para o relógio e avisa ao padre Giovanni que já são 3 da manhã.

_Giovanni: Vamos começar.

Ele começa fazendo o sinal da cruz, o padre Giovanni beija a cruz e coloca o polegar na boca do frasco, gira para molhar o dedo, gira novamente e com aquele dedo marca o sinal da cruz na minha testa.

Agora ele reza o Pai Nosso e nada acontece, os cachorros começam a latir.

_Ambos os padres: Ele está aqui. (Eles dizem enquanto se olham)

Eles viram algumas páginas e leem algo que parece estar em italiano pelo tom.

Essas palavras fazem os cães começarem a uivar, a porta se move como se quisessem abri-la, mas está trancada.

Eu ouço algumas batidas.

_Eu: Padre, parece que um cavalo se soltou porque ouço seus passos, deixe-me ir ver.

_Padre: Não é um cavalo, filha, ele está se aproximando (Ele olha para o padre Giovanni).

Toc toc toc toc toc toc toc toc toc toc toc toc.

Eles são ouvidos na porta.

_Eu: Padre, o que está acontecendo? (Assustada)

Eles não me dizem nada, continuam rezando, ao ouvir as batidas eles dizem.

_Giovanni: Remova a marca que você deixou no ombro dela (Com uma voz firme e alta, apontando para mim com a cruz)