CAPÍTULO 20

Passei a noite toda em claro pensando,meu investigador me disse que Aurora passou a tarde com minha irmã e meu cunhado, não só Aurora mas aquele advogadozinho e sua filha.

Minha irmã é uma traíra mesmo,se fosse o Nat ele teria me contado, aliás há dias eu venho sonhando com ele, às vezes no sonho eu vejo ele como era,alegre, brincalhão.

Outras ele aparece no caixão e pior que nem pude ver seu rosto os médicos disseram que ele estava muito machucado e mamãe achou melhor.

— Ah....Tenho que tomar uma atitude.

Saio da cama e vou em direção ao banheiro,depois de fazer minha higiene pessoal eu me arrumo e desço para tomar café,olho e não vejo nada arrumado ainda,vou até a cozinha e não vejo Adele em nenhum lugar.

— Adele.....

Chamo mas sem resposta, não tenho idéia de onde ela está,acabei que cheguei tarde ontem e nem notei se ela estava em casa ou não.

Pego meu celular e ligo para ela e cai na caixa postal.

— Estranho.

Saio de casa e vou até o escritório.

— Sara chame o doutor Arnaldo aqui.

Assim que chego passo pela minha secretária dizendo.

— Bom dia Henry.

— Quero que o senhor desconte esse cheque e traga tudo em dinheiro para mim.

Entrego o cheque e ele arregala os olhos.

— Em notas vivas,tudo isso.

— Foi o que disse, não foi.

— Para quando.

— Hoje de preferência.Quero esse dinheiro na minha mesa antes do fim do expediente .

Enquanto ele sai eu continuo pensando nas minhas coisas e principalmente no meu trabalho.

Final do dia doutor Arnaldo chega com uma mala cheia de dinheiro.

— Pronto Henry,foi difícil tiveram que ligar para a titular do dinheiro,fazer ela ir ao banco assinar o cheque e um termo.

— Tudo bem, não quero saber do seus métodos o importante é que está tudo aqui.

Falo pegando a mala e saindo.

Tenho um único intuito e vou fazer.

Entro no meu carro e saio para meu destino.

Alguns minutos depois estou parado em frente a uma casa,vejo movimentações mas não sei quem está lá.

Abrem a porta e sai uma moça e uma menina,elas se abraçam e a moça vai embora,a criança deve ser a filha da Aurora e do advogadozinho.

Observo mais ainda e vejo um carro saindo da lateral da casa, acho que é o tal Christian, será que ela está sozinha vou pagar para ver.

Saio do carro e vou em direção a entrada da casa.

Escuto uma música é Beethoven,eu também gosto desse som.Bato na porta e escuto alguém falando lá dentro.

Quando a porta abre...

— O que você está fazendo aqui.

Ela fala e tenta fechar a porta mais eu a travo com meu pé.

— Posso falar com você Aurora.

— Não,vai embora Henry, não quero respirar o mesmo ar que o seu.

Ela fala tentando fechar a porta mais eu abro sem esforço e entro.

— Eu vou chamar a polícia isso é invasão de privacidade.

— Hahaha...Onde é a sala.

Falo andando pelo corredor,escuto ela bufando e fechando a porta.

— Henry o que você quer aqui.

— Nossa,onde está sua educação, você não oferece nada para as visitas.

— Primeiro,minha educação está excelente,segundo você não é visita, você simplesmente entrou sem ser convidado.

Ela fala e eu finalmente achei a sala,me sento no sofá e desabotoo meu terno e a observo.

— Já disse querida, preciso falar com você.

— Olha eu não tenho tempo para seus joguinhos, então fale logo e saia.

Ela diz brava e eu acabo sorrindo.

— Acalme-se querida,venha....

Bato no sofá ao meu lado.

— Sente-se aqui.

— Vai a merda Henry e diz logo.

— Tão perfeitamente educada,seu marido deve estar surpreso com sua evolução.

— Não que seja da sua conta mas estamos super bem,e ele já vai voltar então acho melhor você ir embora da última vez que vocês se viram ele deixou seu recado.

Ela fala me lembrando do dia que ele foi até meu escritório.

— Pois bem,eu vim falar desse dia mesmo.

— Então espere lá fora ele chegar.

— Mas não vim falar com ele e sim com você.

— Fala e some.

— Calma querida,tenho uma proposta para te fazer.

— Proposta, Henry Louis tem uma proposta para mim.

— Sim,quero lhe oferecer isso.

Falo e tiro todo o dinheiro da mala e jogo aos seus pés.

— O que é isso.

— Oras querida dinheiro não vê,parece que você não vê a cor de dinheiro a muito tempo.

— Seja o que for pega esse seu dinheiro e saia daqui.

— Como eu disse,tenho uma proposta,Te dou seu dinheiro de volta....

— Meu dinheiro,Ah foi pra você, então foi por isso que fui ao banco.

— Sim,esse dinheiro é daquele cheque que você mandou pra mim,como disse é seu dinheiro e te entrego ele todo, mas...

— Sem mas Henry,esse dinheiro não foi você quem disse que eu gastei eu só quis te pagar não deixar nada para trás.

Até que está divertido ver ela brava e irritada.

— Eu sei,mas vamos lá para a minha proposta.

— Já disse que não quero ouvir.

— Te devolvo seu dinheiro se,eu disse SE você dançar para mim uma noite inteira.

Ela me olha e sua boca abre e fecha e eu acabo rindo disso.

— O que você pensa que eu sou,algum tipo de prostituta.Ela pergunta irritada.

— Bem você dança e ganha dinheiro não é,eu conheço algumas mulheres que fazem isso,mas eu resolvi que quero você dançando para mim.

Ela pega o dinheiro e vem em minha direção.

— Saia da minha casa,saia da minha vida agora ou eu vou te processar por perseguição, importunação e qualquer coisa mais que eu conseguir.

Ela fala e eu me levanto coloco o dinheiro na bolsa e fecho e jogo nos pés dela.

— Por uma noite inteira Aurora,eu quero você dançando para mim.

Ela vem na minha direção e me acerta um tapa na cara.

— Eu não sou prostituta Henry,saia daqui agora antes que eu chame a polícia.

Antes dela terminar a frase uma menininha entra correndo pela sala...

— Mamãe.... Mamãe...

Os olhos de Aurora se arregala e eu me viro para ver a menina,quando meus olhos param nela eu simplesmente não consigo acreditar.

— Mel,vai para o quarto.

Aurora tenta entrar na frente,mas eu a impeço e vou até a menina.

Olhar para ela é como olhar para mim criança,claro que ela é uma menina,mas...

— Saia daqui agora Henry.

Ela fala me empurrando só que eu estou sem reação,quando vejo ela está batendo a porta na minha cara.

Não....Essa menina não pode ser....

— Abre Aurora.

Bato na porta mas ninguém abre.

Pego meu carro e saio em direção a casa de quem pode me dizer a verdade.

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