CAPÍTULO 11

" UM SACO". Foi isso que Henry pensou enquanto escuta mais uma vez o leiloeiro bater o martelo.

Nada mais que duas horas perdidas de seu precioso tempo,ele poderia estar vendendo ou comprando ações,fechando negócios,qualquer coisa é melhor do que ver mais um quadro ser vendido.

Ah detalhes,tudo aqui era feito para arrancar dinheiro de velhos e velhas ricas que não tinham mais onde gastar.

– Henry... Adele o chama trazendo a realidade.

— Hum..

– Essas jóias são lindíssimas.Ela fala apontando para a mão do leiloeiro,onde estava isso que Henry nem viu.

— E..

— Eu achei elegantíssima.

— Você a quer. Henry pergunta e Adele sorri timidamente.

— Acho que está um pouco acima de mim.

Henry levanta a mão e oferece 3 vezes mais do que foi pedido e o leiloeiro encerra a venda.

— Vendido para o senhor Louis...

— Henry, não precisava.

— Você queria e eu te dei pronto,agora vou até o bar que isso está chato pra caralho.

E assim ele faz,sai deixando Adele sozinha a mesa e com cara de azeda.

Assim que chega ao bar ele pede ao garçom.

— Quero um The Macallan 1926.

O garçom o olha e diz.

— Senhor não temos essa bebida.

— Como não.Quando Henry ficaria furioso Victor chega.

— Henry meu cunhado, está gostando do baile.

— Uma porcaria.Henry diz seco e Victor se assusta.

— Mas.

— Esse leilão que não acaba e pra piorar nem bebida descente tem.

Victor se desespera,ele sabe que o apoio de Henry o levará ao senado federal.

— Como não,Ele se vira para o garçom e diz.

— Mandei Audrey providenciar, olha direito rapaz,deve ter escrito propriedade de Henry Louis,O garçom olhou até encontrar em uma caixa um vidro de Scotch.

— Me desculpa senhor, não era eu o responsável por atender o senhor Louis.

Depois que Henry é servido,ele bebe sentindo o gosto âmbar em sua garganta,ele já estava seco em esperar.

— Vamos Henry, já vai começar o show e tenho certeza que você vai gostar.

Victor o leva até as cadeiras do teatro,seu acento é bem na frente nas primeiras cadeiras.

— Aqui mandei reservar para sua família,assim vocês iram ver todo o show nos melhores lugares.

— Hum,mandem abastecer de tempos em tempos meu copo e te direi se será fantástico.

— Eu irei meu cunhado não se preocupe. Victor diz em tom de brincadeira e sai.

Assim que ele sai,as pessoas começam a chegar e tomarem seus lugares,como disse não era uma festa para pessoas menos abastadas,tinham políticos, celebridades, artistas, empresários dos mais variáveis setor.

— Está tudo bem meu amor. Adele chega e pergunta.

— Por que não estaria.Ele diz seco.

— Por nada. Ela abaixa a cabeça e se senta.

Logo sua mãe, irmã e cunhado ocupam as cadeiras ao seu lado,as luzes piscam sinalizando que o show começaria.

Um mambo começa a tocar,e até que os bailarinos eram bons,Logo trocam e uma valsa com uma espécie teatral de drama e romance toma conta.

— Chato... Henry diz.

— O que você disse amor.

— Nada...

— Eu nunca ri tanto,isso é muito bom. sua mãe fala ao lado.

O problema é que Henry odeia isso, músicas, danças o faz lembrar de Aurora, quantas vezes ele foi a casa onde moravam e ele a pegou dançando na estufa,ela era linda dançando balé,ele se lembra que uma vez decidiu aparecer sem avisar,assim que entrou na casa ele ouviu uma música clássica vindo de lá,e foi até a estufa, chegando lá Aurora flutuava através da música,ele viu um anjo lindíssimo.Cada curva do corpo dela,cada vez que ela rodava e pulava era lindo,claro que ele nunca a deixa vê-lo,ele sempre se escondia e ficava vendo.Ele fecha os olhos e é como se ele estivesse revivendo aquilo naquele momento.

— Senhoras e senhores.......

Henry se assusta quando as luzes se apagam e o cerimonialista fala auto ao microfone.

— Com vocês a nossa atração principal, gostaria de sua total atenção e silêncio,Chamo ao palco Madeleine....

A música muda o tetro fica escuro e de repente acende uma luz no meio do palco e uma mulher está lá.

Uma música com batida árabe começa a tocar chamando a atenção de Henry.

De repente a bailarina se levanta e começa a dança.

O jeito como ela dançava a sedução em seu corpo,o bailar e o movimento de seu corpo deixou Henry totalmente paralisado e fascinado.

As luzes se acendem e se apagam,deixando ainda mais misterioso e inebriante,o corpo dela flutua,o corpo dela se mexe pra lá e pra cá,sua cintura se movimenta a cada nota.

Do nada ela joga a espada pra cima e as luzes acendem bem na hora que ela vira e pega a espada com a boca mostrando seu figurino completamente sexy.

Assim que ele pega a espada na mão se vira para frente e olha para o público Henry quase tem um ataque do coração.

— Aurora..Ele diz em um fiapo de voz.

Assim que ela vira a música acaba e a multidão se levanta batendo palmas e gritando, Henry que a essa altura já estava de pé olhando a vê agradecendo e saindo do palco.

— Henry,o que foi. Adele diz assim que vê seu marido levantar.

— Eu preciso sair daqui.

Ele diz isso e sai do teatro seu coração está apertado ele sabe que está tendo um começo de um ataque cardíaco.

— DROGA agora não. Sai às pressas e ainda ouve Adele o chamar mais não está prestando nenhum pouco de atenção.

Assim que chega na frente do teatro ele vê um táxi e vai em sua direção.

— Me leve nesse endereço.

— O senhor está bem.

— ME LEVA AGORA PORRA.Ele grita com o motorista o fazendo correr.

Assim que chega Henry desce do carro e joga algumas notas no banco do motorista, sobe uma escadas e bate na porta de uma casa,quando a pessoa abre Henry desaba aos seus pés.

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