Capítulo 7

Aurora acorda com uma batida na porta do quarto.

— Aurora...

— O que foi.

— Me desculpa te incomodar mas você tem uma visita.

Aurora acha esquisito pois ninguém sabe que ela estaria hospedada na casa de Christian.

— Diga que estou indo por favor.

— Ok.

Assim que Christian sai ela vai até o banheiro e faz sua higiene pessoal,a noite passada foi tensa quase não dormiu ficou com todas as palavras ditas por Henry na cabeça e principalmente a quantia de dinheiro que viu na tela do computador repassando em sua cabeça.

Assim que ela se arruma desce até a sala e se alegra ao ver Franchesca a sua frente.

— Chesca....

— Oh Rory...

As duas se abraçam.

— Como você sabia que eu estava aqui.

— Eu ouvi meu irmão falando e foi fácil saber onde você estava a cidade é grande e com isso a língua do povo também hahaha...

Ao ouvir isso Aurora fica tensa.

— Rory eu vim aqui pra saber como você está e principalmente pra te apoiar em qualquer coisa que você precisar.

— Obrigada Chesca, você é a irmã que eu nunca tive,eu estou bem e não irei precisar de nada.

— Rory...Posso te perguntar uma coisa.

— Pode.

— Você e esse homem tem alguma coisa.

— Não.. Christian é um amigo, só isso.

— Eu sempre soube Rory que seu coração é grandioso,mas vim aqui te avisar a vovó teve um começo de um infarto noite passada,mas já está em casa se recuperando.

Ao dizer isso Aurora se entristece ela não queria causar isso na vovó e ela sabe que em parte foi sua culpa,por que ela não fez isso só ela e o Henry.

— Oh meu Deus Chesca....Isso foi tudo culpa minha.

— Não foi Rory,a vovó já não tem mais uma saúde de ferro.

— Mas eu só piorei.

— Olha eu vim aqui a mando dela,ela me pediu pra que você fosse visitá-la ela quer muito falar com você.

— Eu irei.

— Não nos odeie Rory, a muita coisa nessa família que você não entende e não sabe.

— Me conta,por que sempre vi nos olhos da família que eu era culpada por algo mas ninguém nunca me diz.

— Eu não posso,mas quero que você saiba que Henry sofreu muito e hoje ele desconta em todos e principalmente em você .

Dizendo isso Franchesca se levanta do sofá e diz.

— Direi a vovó que você se juntará a ela para um lanche da tarde pode ser.

— Pode sim,eu estarei lá às cinco em ponto.

— Seja feliz minha amiga e se precisar de mim estarei aqui.

Dizendo isso Franchesca a abraça e vai embora.

Aurora fica pensando no que ela disse .

— Mais que droga, eu não tenho culpa do sofrimento do Henry.

Ela diz em voz alta.

— Aurora..

— Oh meu Deus Christian que susto.

— Me desculpa te assustar mas ouvi você falando brava e tinha visto que sua amiga já tinha ido embora.

— Não é nada, só me descontroles um pouco.

— Ok. vamos tomar café.

— Sim, claro preciso de uma dose bem forte de cafeína pra começar o dia.

Dizendo isso os dois vão até a cozinha tomar café,o dia corre tranquilo e tudo o que Rory quer é que os papéis sejam assinados e ela possa sair do país,ela quer recomeçar sua vida,aos vinte e quatro anos o que mais ela quer é ser feliz e livre.

Às quatro horas da tarde ela se arruma e vai até a mansão da família Louis,ela precisa ouvir o que a vovó quer falar e fechar definitivamente a última página com a família.

— Boa tarde vovó.

Ela diz assim que entra no quarto de dona Mariana,a senhora encontra deita um pouco debilidata mais elegantemente arrumada.

— Filha...Venha sente-se aqui.

Ela aponta pra beira da cama.

— Fiquei feliz por você ter aceitado o meu convite.

— Eu é que fiquei feliz,quero lhe pedir perdão pelo que fiz ontem.

— Não precisa, não estou mais com minha saúde de quando tinha 20 anos.

Vovó ri deixando o clima um pouco menos tenso.

— Quem me dera chegar aos 76 anos com sua beleza e elegância.

— Mais você vai Rory, você é belíssima.

Enquanto elas conversavam as empregadas da casa chegava com chá e alguns petiscos.

Depois de tomarem seus chás e conversarem bastante enfim tendo uma boa tarde animada e feliz vovó Mariana começa a falar.

— Sabe filha,eu quero te pedir perdão por ter ajudado o meu marido com o seu casamento,o senhor Louis era uma pessoa muito resiliente e quando viu a oportunidade de arranjou o casamento sem pensar.

— Vovó eu...

— Eu preciso te falar,quero que você saiba por mim, o Henry tinha um irmão mais velho o nome dele era Nathanael era seu herói,o Nat sempre foi referência pro Henry....

— Vovó...Eu não sei aonde a senhora quer chegar com essa história...

— Acalme-se e logo você saberá. Enfim Nat era tudo o que Henry queria ser,e seria com ele que você se casaria, você se lembra que um dia antes do seu casamento nós desmarcamos e dois dias depois você se casou,nessa noite o Nat sofreu um acidente indo pra sua casa e acabou morrendo e Henry atribuiu a você culpa da morte do irmão ao qual ele idolatrava.

Aurora fica pálida com todas essas revelações.

— Mas eu não tive culpa.

Ela diz em um fiapo de voz

— Eu não tive culpa.

Ela grita com todas as suas forças,suas mãos tremem,seu coração bate forte,ela não teve culpa pela morte desse homem,ela não teve culpa por esse casamento e principalmente ela não tem culpa por toda coisa ruim que aconteceu na vida do Henry.

— Eu sei e é por isso que te peço perdão.

— Eu não posso.

Ela diz isso e sai correndo do quarto assim que bate a porta a intenção dela é correr pra longe dali,longe da dor,longe da família Louis,mais assim que passa pelo quarto de hóspedes uma mão a agarra puxando pra dentro.

— O que você está fazendo aqui,e por que está gritando com a minha avó.

Ela abre os olhos e olha Henry com o rosto vermelho de raiva.

— Me solta,eu não te devo satisfações.

— Me deve sim, ainda sou seu marido.

Aurora o olha com raiva...

— Você não assinou os papéis.

Ela pergunta incrédula.

— Não...

—Por quê.

— Não tive tempo,com a vovó no hospital e tudo mais. Ele fala e dá de ombros.

— Você é um idiota sabia.

— Eu...hahaha... Você que pensa. Não te darei o divórcio.

— Eu não tenho culpa se seu irmão morreu e se era com ele que eu ia me casar.

Ao pronunciar essas palavras o coração de Henry se fecha ainda mais.

— Quem te disse isso.

— A vovó,ela provavelmente queria se livrar da culpa e me contou toda a história.

— A culpa não é da minha família é sua, o Nat saiu de casa e foi pra sua falar com você,ele não queria se casar...

— Eu também não... Lembra eu só tinha 18 anos era virgem,nunca tinha ficado com homem nenhum.

Henry começa a rir .

— Mentirosa,sua ficha era extensa talvez você não tivesse transado com alguém mas você não me engana..

— Do que você está falando.

— Você não me engana com essa história de pobre e indefesa, você não passa de uma aproveitadora,uma oportunista e nada mais.

Aurora se zanga com as falas de Henry.

— Chega...Eu não vou mais ouvir nada.

Ela tenta sair do quarto mas ele não deixa.

— Eu não acabei.

— Mas eu acabei.Ela diz tentando sair novamente.

— Não mesmo.

Henry a para na porta e fecha a porta o olhar dele indica que Aurora estara em apuros.

— Henry me deixa sair.

Ele não diz nada

— Abre a porta por favor.

O coração de Aurora aperta de uma forma que ela não entende.

— Henry.

Assim que ela diz Henry a cala.

— Shiiii .......

Henry puxa seu vestido com muita força o rasgando em pedaços.

— Henry por favor.

— Shii amor, você ainda tem obrigações comigo ainda é minha esposa.

— Não faz isso...Por favor.

Aurora começa a chorar.

— Não chora, Shii..

Por mais que Aurora tentasse,por mais que ela se debatesse,por mais que ela emplorasse,ela não conseguiu evitar Henry acabou a usando ali mesmo no quarto de hóspedes da família Louis Aurora era forçada a transar com Henry Louis,assim que ele acabou caiu para o lado com um sorriso vitorioso,Aurora se levantou enxugou seu rosto e olhou pra ele.

— Um dia eu vou fazer você se arrepender disso.

Ela diz batendo a porta e saindo correndo da mansão Louis,ela não se preocupou em estar com seu vestido rasgado,ela não se preocupou estar com maquiagem borrada,ela não se preocupou em estar chorando, a única coisa que ela faz é correr. Assim que chega na rua uma chuva muito forte começa cair,ela anda por vários quarteirões e muito carros passam por ela jogando água da chuva em suas pernas,a única coisa que ela faz é andar e andar. De repente uma luz de um carro foca nela e um homem sai correndo do carro e vai em sua direção.

— Oh meu Deus Aurora.

Assim que ela ouve a voz de Christian ela desaba no chão e desmaia.

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