CAPÍTULO 18

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Yuki.

Observo meu pequeno parceiro dar uma pequena mordida incerta na carne que queimei para ele. Wallis Arregala os olhos, como se estivesse um pouco surpreso por o gosto ser bom, então ataca a tigela com avidez.

- você também.- ele diz com a boca cheia, estendendo um pedaço grande para mim. Inclino a cabeça e pego o pedaço, roçando a língua nos seus dedos pequenos. Ainda prefiro a carne crua, mas preciso admitir que não é ruim Assim também.

Uma mão se fecha em torno de um dos meus chifres, me puxando para mais perto enquanto dois olhos verdes me encaram. Os meus chifres não são exatamente sensíveis, mas consigo sentir a leve pressão dos seus dedos neles, como alguém sentiria caso algo fosse pressionado por cima de uma unha.

O olhar que ele lança para mim faz meu coração martelar em descompasso. É como se ele dissesse silenciosamente que me quer. Que eu sou seu parceiro. Seu igual. Seu amado.

Puxo meu Wallis para meu colo e pego a tigela de pedra, retirando alguns pedaços e os colocando na sua boquinha rosada e linda. Ele lambe meus dedos enquanto pega o pedaço de uma maneira tão erótica que me deixa alucinado.

Meu parceiro é tão pequeno e leve que poderia levanta-lo só com um braço. Observo todo o seu corpinho lindo enquanto ele está entretido comendo. A capa esconde boa parte dos seus ombros e pescoço, mas tenho uma bela visão dos seus mamilos pequenos e duros devido ao frio. As pernas cobertas apenas até a metade das coxas estão pálidas, mas os músculos por baixo da pele macia são bastante visíveis ali.

Minha cauda agita e tenta se enrolar em seu tornozelo, mas faço uma força para impedir isso dessa vez. As vezes é como se ela tivesse vida própria e eu não conseguisse controlar de jeito nenhum!

Coloco a mão livre na sua cintura fina e continuo alimentando meu Wallis com a outra, enquanto ele ainda segura um dos meus chifres e brinca com os pequenos cumes do meu peito.

- você gosta disso, não é?- murmuro com a voz falhando devido as suas carícias.

- óbvio. Adoro tudo em você.- ele responde, dando de ombros, me fazendo quase arrancar essas roupas e fodê-lo novamente até desmaiarmos, mas invés disso me contorço um pouco para não deixar tão evidente minha excitação e continuo alimentando meu Wallis.

Ele é tão mais pequeno do que eu. Não posso fazer isso como bem entender e na hora que sentir uma faísca de vontade. Preciso ser bastante cuidadoso para não machuca-lo!!

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Dormir com o seu corpinho pressionado contra o meu é maravilhosamente bom, mesmo que eu não esteja realmente "dormindo". É um pouco difícil fazer isso quando se tem uma bundazinha perfeita pressionada contra seu membro, que insiste em latejar sem parar.

- humpf...- ele murmura, remexendo aquela bunda contra mim e me fazendo ficar praticamente louco. Mordo o lábio com força para não soltar um gemido alto, observando Wallis virar para mim e se aconchegar ainda mais em mim, jogando uma das pernas por entre as minhas.

Mesmo com os olhos fechados, os seus cílios longos e pretos batem calmamente. Sua bochecha está pressionada contra meu peito e levemente corada, com pequenos arranhões por ter estado pressionada contra o lençol por muito tempo. Os lábios rosados estão levemente abertos e por ele passa de forma compassada uma lufada de ar quente. O cabelo preto está assanhado e as pontas estão começando a enrolar por estarem um pouco grandes.

Com cuidado, passo um dos braços pela sua cintura fina e o envolvo, sentindo a pele absurdamente macia nos meus dedos. O cheiro que emana do seu corpo me faz ter que lutar para ficar no controle da minha mente.

Tão lindo... Tão perfeito... E completamente meu.

Puxo-o para cima de mim com cuidado, fazendo-o deitar sobre meu corpo e me usar como cama. Abro um pouco as pernas para que as suas se encaixem entre as minhas, então ele se acomoda sobre mim de forma perfeita, com nossos corpos pressionados um contra o outro.

Suas mãos me abraçam e ele esfrega o rosto contra meu peito, com meu mamilo roçando seus lábios entreabertos. Mesmo estando dormindo esse safado tem meios de me deixar maluco!!!

Consigo ouvir a batida alta de um coração entre nossos corpos, e pelo descompasso e marteladas incertas, desconfio que provavelmente esse é o meu. O de Wallis bate calmamente, como se seus sonhos tivessem o levado para o mais belo dos paraísos.

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Wallis.

O sol banha meu rosto de uma forma tão reconfortante que as vezes me pergunto como um dia poderei viver sem o calor do verão. Estou sentado em uma duna irregular a uns cinquenta metros de uma praia (provavelmente da costa oeste dos Estados Unidos, já que o sol está se pondo em um ângulo estranho) vestindo nada além de uma sunga meio surrada.

Sei que estou sonhando porque esse já não é mais meu planeta, mas mesmo assim aprecio a sensação de os grãozinhos de areia levemente molhados entre meus dedos, a sombra dos Coqueiros a poucos metros, o som das ondas indo e voltando, o reflexo do sol no mar que gera um mosaico deslumbrante de diferentes tons, a brisa fresca, os barquinhos quase desaparecendo no horizonte...

- então esse é seu planeta? - uma voz diz atrás de mim, não preciso olhar para trás para saber quem é. Yuki caminha até mim e senta ao meu lado. A sua beleza peculiar ofusca absolutamente tudo ao meu redor. Já não me importo com grãos de areia, ondas quebrando na arrebentação, barcos no horizonte ou cores refletidas nas águas.

Tudo em que consigo focar agora é no cara ao meu lado. O tamanho bem maior que o meu; A pele de um azul tão lindo que me faz delirar; os chifre enormes e espiralados; os cabelos longos que se movem junto com a brisa...

- É sim. - respondo depois de algum tempo. Yuki que continuava encarando o horizonte, finalmente vira um pouco o pescoço e olha para mim, tendo que abaixar um pouco o rosto para fazer isso.

- É lindo.- ele diz, levantando um dos braços musculosos e tirando uma mecha de cabelo rebelde que caia sobre a minha testa, ainda sem desgrudar aqueles olhos hipnotizantes dos meus.

- Eu sei, mas nunca vi a praia de verdade. E isso provavelmente é só um sonho.- digo, dando de ombros, mas apreciando o seu toque.

- Wallis, meu parceiro, eu não estou falando da paisagem.- sua voz é tão doce que faz meu coração derreter como açúcar se transformando em caramelo. Abro a boca para dizer alguma coisa, mas nesse exato momento o sonho se dissolve em um turbilhão de borrões e Yuki some da minha visão...

...Mas de uma maneira um pouco inesperada, o calor do sol que me envolvia não desaparece. Na verdade, ele vai ficando maior e mais reconfortante, mesmo enquanto afundo na minha própria mente e deixo os sonhos de lado.

É porque esse não é o calor do sol... Percebo quando algo envolve meu corpo em outra realidade. Uma realidade que não se resume a pensamentos e devaneios.

Esse calor maravilhoso vem acompanhado de uma sensação de que estou em casa, e antes que afunde completamente num sono pesado, percebo uma coisa:

Yuki é minha casa.

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