Capítulo 18 - sabotagem

Daniel narrando

A Larissa e a Marianna já passaram dos limites, será que elas podem fazer mais alguma coisa? Já fizeram tudo o que podia-se imaginar, ainda mais quando nós sabemos o que elas são capazes de fazer. De qualquer forma não deveriam cometer esses crimes.

Agora Marianna tirou a vida do próprio filho?  Como ela pôde cometer um crime tão repugnante assim? E logo o Logan que a amava tanto...

Eu estou muito triste por ele, por ter uma morte tão trágica sendo tão pequeno, eu acho que... Bom, ele cresceu junto comigo, mas era apegado ao Thomas, e este também deve estar arrasado, eles eram tão próximos.

A Marianna é uma pessoa desumana, maldosa, destruidora de sonhos, famílias, e de felicidades. Eu tenho que pará-la de uma vez por todas. Preciso pensar em algo que não me machuque, mas que a afete.

Ela precisa parar.

Laura narrando

O Jake ficou comigo até eu dormir, e mesmo após eu dormir e acordar, ele ainda estava ali comigo.

— Precisamos ir, passamos duas noites aqui e a Larissa já sabe que você está aqui comigo então você precisa sumir o quanto antes, precisamos...— Jake falava enquanto me observava.

— Sim, vamos para New jersey, não é mesmo? — Perguntei, enquanto tocava nos ferimentos.

Estava bem feio, eu apanhei muito.

— Sim. Precisamos sair amanhã, então vamos passar essa noite aqui e depois iremos durante a madrugada.— ele falou.

Tentei tirar o band-aid da minha testa, mas ele puxou minha mão e me impediu de tocar no ferimento.

— Não tire, coloquei a poucos minutos.

— Está bem...— falei e tentei me levantar.— Um caminhão me atropelou?

— Sim. Na verdade foi um tanque de guerra.— ele riu.— E ele se chama Larissa.

— Ela sempre foi boa em bater nas pessoas. Eu só não esperava que ela fosse usar seus dons para me arregaçar toda..

— Tudo bem, apanhar faz parte da vida. Não está tão ruim assim, podia ter sido pior.

— Ah, obrigada aumenta muito na minha autoestima.— fiz careta.— Eu sei que apanhar faz parte da vida, mas eu já apanhei o suficiente. Não aguento apanhar da vida e das pessoas ao mesmo tempo, parece que tudo de ruim na face da terra se concentrou para acontecer só comigo.

— Eu sinto muito por isso e por ter feito piada.— Jake parou de rir.

— Tudo bem, chega a ser engraçado mesmo.— Forcei um sorriso e ele voltou a sorrir.

Não está sendo fácil viver assim.

Larissa narrando

Se o Daniel estava com o Jake e a Laura também, então eu acho que eles estavam só se divertindo, escapando um pouco pelo fato de Daniel e Jake serem amigos e a Laura ser observada 24 horas por dia por todos os empregados da Marianna.

Eu não gosto dela, não gosto do Daniel, não mais, e não gosto do Jake.

Por mim eu mandava matar todos os três, mas não tenho recursos pra isso. Não tenho meio de financiamento e minha avó agora está com frescura para me dar dinheiro.

Eu preciso arrumar dinheiro dela, ela tem muito dinheiro e não me dá. Eu preciso pensar em alguma coisa para fazer com que ela me solte alguma coisa.

(...)

Vovó estava assistindo TV, sentada em sua poltrona como sempre costumava fazer a essas horas, para assistir novelas. Sentei no sofá ao lado dela e ela estava com seu cachimbo na boca.

— Vovó linda adorável, como eu te amo tanto...— fui interrompida no meio da minha Declaração.

— O que você quer? — ela me olhou seriamente.

— Bom, eu preciso de R$ 10.000 dólares.— sorri de maneira meiga.

— Isso é muito dinheiro, pra quê precisa de tudo isso? — Ela tirou seu cachimbo da boca e me olhou.

— Vai ter uma rave e eu quero ir, preciso desse dinheiro pra planejar minhas vestimentas e barraca, Depois da rave vou passar dois dias com o meu namorado, o Jake, nós vamos acampar.— Menti.— Além disso, preciso renovar meu guarda-roupa.

— Você pode comprar qualquer outro vestido mais barato, além do mais, você pode ir acampar sem dinheiro, pois vai para uma floresta e não pra um shopping. E seu guarda-roupa é novo, tens roupas novas e bonitas. Você não precisa de dinheiro para nada, e você não merece. Tem que fazer por merecer.— ela sorriu e colocou o cachimbo na boca novamente.— Se me der licença, a novela das 21:00h está passando, então silêncio absoluto e pare de me atrapalhar.

Adoro minha avó, mas às vezes ela me causa estresse, e às vezes eu fico com raiva dela. Ela é muito chata e nunca colabora comigo, preciso deixar ela por fora de tudo, além de precisar pegar dinheiro dela sem ela perceber ou falar algo a respeito.

Ela precisa ir para um asilo. Preciso colocá-la em um asilo urgentemente.

Marianna narrando

Tudo saiu como planejado, o Hyuri deu um copo de leite para o pirralho do Logan com uma substância dentro e deixá-lo perto da piscina depois que a substância fez efeito e pronto. Morreu afogado acidentalmente, sem nenhuma pessoa suspeita, sem comentários e sem tantas investigações.

Agora eu espero que não façam autópsia, senão descobririam a droga da substância e veriam que fora proposital. O Hyuri veio e voltou em segurança e sem ser percebido, depois de ir embora ele teria que procurar pela Laura para sequestrá-la. Eu não queria fazê-la sofrer tanto assim, mas ela nunca colabora com nada então é preciso, para que eu alcance o meu sucesso final.

Espero que tudo corra como planejado. Ele é um rapaz eficiente, sabe muito bem o que fazer e como fazer. Tenho certeza que vai dar tudo certo, e também ele é uma gracinha.

E o Thomas... Está tão arrasado coitado, mal sabe que será o próximo à ter uma morte triste e trágica.

Espero que a Laura esteja em casa, ela precisa estar, enquanto o Daniel não poderá estar lá, ou tudo dará errado.

Antes eu podia contar com ele e falar sobre qualquer coisa, mas agora parece que ele está mais distante e eu estou desconfiando de que ele está gostando da convivência com ela.

Henry Narrando

Eu ainda não acredito que o meu filho mais novo morreu, não consigo acreditar de verdade. Não faz o menor sentido ele ter se afogado sendo que ele sabia nadar.

Quando um pai morre, o filho perde seu passado; quando um filho morre, o pai perde seu futuro. Meu filho mais novo perdeu sua vida em um afogamento em um momento que devia ser feliz para todos nós, eu estava distraído conversando com o serviço de quarto e logo senti um aperto tão grande no meu coração e minhas pernas tremeram, quando fui procurar pelos meus dois filhos, um estava sã e salvo e estava no quarto, mas meu filho menor não estava em lugar nenhum.

Quando o achei já era tarde demais...

No entanto a Marianna não está muito surpresa, eu acho que ela tem algo a ver com isso.

— Marianna.— A chamei, enquanto ela se penteava.

— Oi, querido.— ela sorriu.

— Você não esboçou nenhuma emoção ao saber que o nosso filho menor morreu. Você sequer chorou, você... Não sentiu nada e agora não para de sorrir! — falei, quase chorando de tristeza.

— Querido, depois que o meu pai e a minha mãe morreram eu não sinto mais nada. Eu não choro mais...— ela falou, e tirou seu sorriso do rosto rapidinho.

— Mas ele é nosso filho!

— É, eu sei, mas chorar não vai trazer ele de volta então eu não vou perder o meu tempo e nem minhas lágrimas com isso.

— Você está sendo dura, eu estou decepcionado.

— Você tem razão, desculpe querido.— Ela suspirou e abaixou a cabeça.— Eu estou triste pela morte do nosso filho, mas eu não sei demonstrar isso porque nada mais me abala desde a morte dos meus pais...

Ela acha que eu vou cair nessa?? Logico que não. Não mais.

Preciso saber o que há de errado com ela...

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