capítulo 16

Jasper olhava-me esperando uma reação da minha parte. Tive medo de falar as palavras erradas, e acabar a machucar ele. Mas uma dúvida caiu sobre mim novamente, e aquele era o momento de perguntar.

— Você já teve alguma relação com a Lívia?

A pergunta deixou ele desconcertado. Talvez esperasse algo diferente da minha parte.

— O que perguntou? — Você já teve qualquer tipo de relação com a Lívia, além da amizade? — Já fiz sexo com ela duas vezes. Mas nunca passou disso, e foram apenas duas vezes, há muitos anos. Depois seguimos como amigos e nada mais. — Nunca sentiu nada por ela? — Quer saber se já me apaixonei por ela? Ou se senti amor? — Sim. — Não, foi apenas uma coisa de momento, a gente fez e acabou ali. — E não pensa que ela sente algo por você? — Não, ela nunca falou de amor e nem eu. Só posso dizer que não existiram sentimentos que nos envolvesse naquela época, e nem nunca existiu. Foi apenas um sexo sem amor e sem importância. Foi desejo de momento. — E qual garantia pode me dar de que isso não vai acontecer novamente? — Porque isso aconteceu há muito tempo, se tivesse que acontecer novamente já teria acontecido, se existisse sentimento da parte de qualquer um de nós estaríamos juntos. — Talvez o fato dela não poder engravidar. Você quer uma família, e ela não poderia dar a você. — Se eu gostasse dela, e amasse ela, isso não iria impedir-me de ficar com ela. O fato de querer construir uma família, não me daria direitos de cruzar por cima do sentimento da outra pessoa. Você não precisa ficar preocupada em relação à Lívia. Sabemos muito bem nos respeitarmos, e se você me der a oportunidade que eu tanto quero, pode ficar tranquila de que nem da minha parte e nem da Lívia vai haver qualquer traição. Se lhe incomoda o fato dela morar na minha casa, eu posso pedir-lhe para sair. Mas o que existe é apenas uma amizade de anos, e que em apenas dois momentos da nossa vida nós fizemos sexo, sem amor, sem afeto, sem qualquer sentimento que nos levasse a querer algo a mais. Foi apenas desejo, e ela sabe disso. — Poderia ter mentido. — E você poderia descobrir mais adiante e isso faria com o que penso construir com você ficar abalado. — Isso seria bem ruim, uma mentira sempre acaba prejudicando alguém. Eu quero conhecer você um pouco mais, não vou dizer nem que sim, e também não vou dizer não. Mas já ganhou um ponto por falar a verdade, e quanto tirar ela da sua casa não vejo necessidade, mesmo ela sendo linda daquele jeito. — Mas você é a única beleza que quero admirar. — Eu só quero que você não minta para mim. Eu prefiro passar pela dor da verdade, do que pela dor da mentira. — Eu não vou mentir para você. Você quer sair para passear um pouco? — Vamos, já que não posso comer. — Se pudesse comer não sairia comigo? — Sairia, para comer. — Eu busquei um presente para a nossa princesa. — Um presente? — Sim, espero que o meu tenha sido o primeiro. — É sim. — Pensei que a Lívia iria dar o primeiro presente, ainda mais se tratando de uma menina. — Estava enganado. — Eu espero que goste, pois, assim que sai da empresa foi a primeira coisa que fiz.

Abri a embalagem e tinha uma caixa, abri a tampa da caixa, nem acreditei quando vi. Era tão linda, o primeiro presente da minha princesa.

— É muito lindo, obrigada. — A nossa princesa merece. — Vou guardar no quarto, e já volto. — Tudo bem.

Levantei e levei o presente para o quarto. Coloquei em cima da cama, depois voltei para a sala.

— Se quiser já podemos ir. — Vamos passear um pouco pela cidade. Eu quero mostrar uma coisa para você. — Vamos.

Jasper colocou a mão na minha cintura, e saímos. Ele trancou a porta da casa, abriu a porta do carro, entrei e ele fechou. Jasper entrou e colocou o sinto. Saímos para andar pela cidade. É tudo bem iluminado, as ruas limpas, casas belíssimas. De repente senti um cheiro, era delicioso.

— Você está sentindo esse cheiro? — Que cheiro? — De carne assada. — Deve ser da carrocinha do churrasquinho. — Está muito bom. Tem certeza de que não posso comer mais nada? — Tenho, eu vou sair daqui.

Jasper dirigiu até a praça. Parou o carro, e desceu. Ele abriu a porta para mim.

— Vamos caminhar um pouquinho, está tão bom aqui fora.

Caminhamos pela praça. Jasper pegou a minha mão e eu não me importei com isso.

— A noite está perfeita, não acha? — Está sim, eu gosto de caminhar. — Quando conhecer a minha casa acredito que vá gostar. Tem bastante espaço, pode caminhar a vontade. — Eu gosto de caminhar ao ar livre e não em casa. — E pensa que estou a falar do lado de dentro? Tem um jardim enorme, tem até um labirinto. É uma propriedade grande. — Já andou no labirinto? — Sim, caminho por lá as vezes. — Não tem medo de se perder? — Já decorei o caminho. — Mas ninguém nunca ficou perdido lá? — Não, as únicas pessoas que vão até lá sou eu, e o pessoal que cuida da jardinagem. — Tem flores? — Sim, gosta de flores? — Acho muito bonitas. — Talvez goste das que tem lá, cultivamos flores diferentes. — Já me deixou curiosa. — O que acha de irmos agora? — Vamos.

Saímos da praça, entramos no carro e ele foi para um lugar alto, parou o carro. Observamos a cidade lá de cima.

— É uma bela vista não acha? — É sim, perfeita. — Vem vamos sair para poder observar melhor.

Saímos do carro, ele ficou ao meu lado. Colocou as mãos no bolso, e ficou observando tudo. Parecia que ele havia conquistado aquela cidade. Eu observei as feições do seu rosto, a barba aparada, o cabelo bem cortado, ele ergueu a sobrancelha.

— O que foi? está perdendo tempo me observando, eu sou uma incógnita. — Desculpa.

Ele sorriu e olhou para mim.

— Pode olhar a vontade, eu não me importo. Ser analisado, investigado, ou admirado por você é uma honra. — Você nunca se interessou por ninguém? — De verdade não, isso aconteceu apenas com você. Já conheci mulheres muito bonitas, mas nenhuma delas despertou nenhum interesse da minha parte. Mas quando conheci você foi diferente, eu senti uma atração muito forte por você, depois comecei a pensar em você e foi ficando aquele gosto de querer saber mais, querer ver, encontrar, falar, com você as coisas foram diferentes. Não foi o pensamento de apenas ter você uma única vez, eu quero você para passar o resto da minha vida. Se não sentisse nada por você, não estaríamos aqui. Eu teria feito uma proposta, se tivesse aceitado, teríamos ido para um quarto de motel, eu teria feito o que fui para fazer, e acabou. Largaria você no lugar onde peguei e acabou. Não veria você novamente, e nem ligaria. — E onde ficam os sentimentos? — Não existe, o que acontece é apenas sexo. São duas pessoas querendo curtir a noite. — Não existe nada de nenhuma parte? — Não, é apenas sexo. — Não deveríamos apenas ter uma relação com alguém quando sentíssemos algo? — As pessoas não pensam nisso, atualmente apenas querem curtir e aproveitar a noite. — Teria coragem de fazer isso comigo? — Ah! minha linda, você é diferente. Por isso gosto tanto de você. Eu quero você de verdade. — Se já saiu com tantas mulheres bonitas, porque escolheria justo a sem graça. — Porque para mim você é muito mais linda que todas elas juntas. E nenhuma mulher chega aos seus pés.

Ele ficou na minha frente e pegou a minha mão e colocou sobre o peito dele.

— Mesmo que não entenda nada, e seja uma menina completamente inocente. Quero que saiba que somente você conseguiu passada no meu coração. Você é a única mulher capaz de viver para sempre nele, jamais vou sentir por qualquer outra pessoa o que sinto por você. Entenda que você é única, e para mim não vai existir outra mulher como você. Eu amo-a Luna, e a desejo como nunca desejei mulher alguma, nessa vida.

Aquilo fez o meu coração acelerar, são palavras muito bonitas, mas até que ponto de fato são verdadeiras. Ele parece ser verdadeiro, mas pode acabar-me deixando confusa.

Era tentador demais estar perto dele. Puxo a minha mão.

— Penso que deveríamos ir embora. — Vamos, amanhã precisa acordar cedo.

Ele abriu a porta e eu entrei. Ele fez a volta e entrou.

— Não esquece de pôr o cinto.

Saímos, ele foi até a frente de uma casa. Era linda, enorme, bem iluminada, portões grandes de ferro.

— O que achou? — É linda. — Essa é a minha casa. — Nossa é enorme. — É sim, e eu adoro ela. Quando quiser conhecer, vai ser um prazer trazer você até aqui. — Um dia quem sabe. — Eu tenho a vida toda para esperar a sua visita. Agora vou deixar você em casa.

Jasper levou-me para casa. Chegamos e ele acompanhou-me até a porta. Abriu e entregou-me a chave.

— Amanhã venho pegar você para levar até o laboratório. — Estarei a esperar. — Se precisar de mim, liga. Boa noite! — Boa noite Jasper, e obrigada pelo dia de hoje. Se cuida.

Eu entrei e ele foi embora. Fui ao banheiro e depois tirar aquela roupa. Peguei o presente da minha princesa e tirei da caixa. Olhei os detalhes, e guardei novamente. Tínhamos tempo ainda.

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Comments

Nadja

Nadja

não quero que autora mate Jay quero ele encontre a companheira e seja feliz e que a companheira do Jay não seja fraca como a Luna e autora faço um livro contando a história do Jay ele e o meu favorito

2024-01-06

1

Nadja

Nadja

eu acho que a Luna amou o Jay ela sempre amor o lobo de olhos amarelo ela sonhou com ele sem conhecê-lo e quando viu ele ela entrou no cio e o desejou ela não foi estrupada por ele ela quis ele e claro que gosto do Jay mas Luna não merece ele

2024-01-06

1

Nadja

Nadja

eu acho que a Luna amou o Jay ela sempre amor o lobo de olhos amarelo ela sonhou com ele sem conhecê-lo e quando viu ele ela entrou no cio e o desejou ela não foi estrupada por ele ela quis ele e claro que gosto do Jay mas Luna não merece ele

2024-01-06

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