⚠️Esse capítulo pode ter assunto sensível que pode causar gatilhos⚠️
Carla viu como fiquei tímida com o comentário de Luan e logo mudou de assunto:
-" O café já está pronto, vamos comer para sairmos." Todos concordaram e nós sentamos a mesa, o restante do café foi tranquilo e estava tudo delicioso, meus irmãos e Pedro se entrosaram muito bem. Já estava quase na hora de ir para residência e Pedro quis me dar uma carona e junto levar Luan para o colégio. Passamos no colégio de Luan e deixamos ele lá, em seguida fomos para a clínica veterinária onde estava fazendo residência, Pedro já estava entrando no meu mundo, no meu círculo de convivência, mas não estava me mostrando o mundo dele também e eu pensei isso o caminho todo. Ele pareceu pensar o mesmo pós assim que chegamos no meu ponto final ele disse alisando atrás de meu cabelo:
-" Que tal marcamos de você ir lá em casa jantar." Eu fiquei feliz porém sem reação, mas logo consegui responder ele:
-" Eu adoraria." Ele deu um sorriso gracioso e falou:
-" Tá bom, vamos marca então."
Nós beijamos e se despedimos, quando seu carro estava se afastando eu escutei meu celular tocar, me virei para entrar no hospital veterinário enquanto atendia o telefone, na tela está a escrito número desconhecido e eu não fazia ideia de quem poderia ser então assim que atendi fui logo perguntando:
-" Alô, quem fala?" Escutei a voz da minha mãe bastante irritada:
-" Finalmente consegui seu número, você vai se arrepender de fazer sua irmã inventar aquilo sobre Humberto, ele está preso por sua culpa." Eu não pude deixar de rir de seu comentário, era inacreditável que ela estava defendendo ele sabendo que ele não era inocente e ela sabia pós Carla a tinha contado, em seguida eu falei:
-" Ele está preso por que é um criminoso e lugar de criminoso é na cadeia e vice deveria ter sido presa também por ser omissa e ainda estar defendendo e acobertando ele." Ela logo começou a gaguejar:
-" Não fale assim com sua mãe." Eu ri ainda mais dessa sua fala, parecia que ela resolveu me ligar para contar piada e tentar me ameaçar:
-" Você não pode ser chamada de mãe, uma mãe que deixa o padrasto abusar de sua própria filha e ainda me liga para me ameaçar e defender ele, você pode ser tudo menos uma mãe."
Antes que ela podesse responder alguma coisa eu desliguei, não queria ficar me estressando e se desgastando naquela discussão afinal eu tinha que trabalhar. Já era horário de almoço quando recebi uma ligação da delegacia da mulher e atendi preocupada:
-" Boa tarde aconteceu algo?" A pessoa do outro lado da linha respondeu:
-" Acabamos de sermos informados que o advogado de seu padrasto vai pedir liberdade provisória." Eu perguntei ainda mais preocupada:
-" Se caso ele consiga essa medida provisória, ele não vai poder chegar perto dela né?" A pessoa do outro lado da linha respondeu:
-" Não, mas vocês podem pedir uma medida protetiva contra ele." Eu falei prontamente:
-" Vamos fazer isso." A outra pessoa falou com pesar na voz:
-" Tem outra coisa que queria falar também." Eu falei:
-" Pode falar." Só então a pessoa continuou falando:
-" Sua mãe quer testemunhar a favor dele." Eu perguntei bastante irritada:
-" Por que ela não está presa também? Ela sabia de tudo e não fez nada." A pessoa do outro lado da linha então respondeu:
-" Vai ser emitido um mandado de prisão para ela logo logo não se preocupe e ela querendo testemunhar a favor dele só piora a situação dela."
Me senti aliviada em escutar isso, não queria ver minha mãe sofrendo tal coisa mas ela estava procurando e merecendo. A pessoa do outro lado da linha continuou me dando algumas informações, e logo nos despedimos e fui continuar a fazer minhas tarefas da residência. O dia havia começado tão bem, bem até demais, eu tinha que ter previsto que iria me estressar em seguida. Por sorte eu estava fazendo algo que eu amava que é cuidar dos animais e acabou me distraindo, e tirando todo meu estresse.
Assim que larguei fui para casa Carla estava em seu quarto, quis ver como ela estava, e ela estava como eu imaginei, arrasada. Sentei ao seu lado e tentei a reconforta:
-" Não se preocupe vai ficar tudo bem." Ela me respondeu em um baixo quase não dando para escutar:
-" E se ele conseguir a liberdade provisória." Eu falei confiante:
-" Ele não vai conseguir e se caso conseguir pedimos uma medida protetiva tá bom." Ela assentiu e depois de um tempo voltou a falar:
-" Será que ele tem chance de ser inocentado?" Dava para ver seu medo e preocupação estampados em seu rosto, e eu logo a respondi:
-" Espero que não."
Confesso que até eu estava com medo dele conseguir se safa dessa, daqui um mês seja o julgamento dele e ainda essa semana o juiz decidirá se ele ganha ou não liberdade provisória. Fiquei ali em seu quarto até ela conseguir pegar no sono e em seguida fui para meu quarto tomar um banho e relaxar, hoje o dia foi tenso e estressante. Após pegar o celular vi que tinha algumas ligações do mesmo número que minha mãe havia me ligado logo cedo, resolvi bloquear para que ela não me ligasse novamente. Estava deitada olhando para o teto distraída em meios aos pensamentos quando meu celular tocou, demorei um tempo até perceber e quando atendi nem parei para olhar o indicador de chamada para ver quem era, estava sem entusiasmo ou emoção quando falei:
-" Alô, quem fala?" A voz grossa e famíliar no outro lado da linha me respondeu:
-" Você não tem meu número salvo?" Eu suspirei e falei:
-" Não parei para ver o indicador de chamada ." Ele pareceu perceber que eu não estava muito bem e falou preocupado:
-" Aconteceu alguma coisa?" Eu falei desabafando:
-" Tô tão cansada, e ainda tem o meu padrasto pedindo liberdade provisória e o medo dele ser inocentado, sinto que não vou conseguir ser forte dessa vez."
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Ana Regina Fernandes Raposo
NOSSA COMPLICADO PRA CARAMBA. ESPERO QUE CONSIGA SAIR BEM
2023-12-04
3
Michelly De Jesus
Pedro vc poder ajudar elas????
2023-11-23
0
Amélia Rabelo
Pedro ajuda elas
2023-10-03
1