⚠️Conteúdo sensível, pode causa gatinhos⚠️
Falei em quanto me virava e ia até Carla ver como ela estava. Minha mãe ficou lá sem falar nada e sem expressão, nós pareciamos ser tão insignificante para ela. Segurando Carla e levando ela para longe deles eu a sentei em um banco enquanto Luan me ajudava, ela estava paralisada chorando e se tremendo, meu irmão então foi pegar uma água para ela enquanto eu a ajudava, algumas pessoas ao nosso redor ficaram nos olhando enquanto minha mãe e seu marido sumiram, não os via em nenhum lugar, após beber água e se acalmar eu comecei a perguntar a minha irmã:
-" Por que você ficou assim quando ele se aproximou, ele te fez alguma coisa?" Ela não queria falar e ficou apenas balançando a cabeça em sinal de negação sem parar, eu e Luan a abraçamos e perguntamos:
-" Quer ir para casa e conversamos lá?" Ela então concordou e enquanto Luan chamava um Uber eu peguei na mão de Carla e falei olhando em seu olhos:
-" Independente do que aconteceu eu estou aqui para te apoiar."
Ela assentiu e fomos para fora do shopping pegar o Uber que já tinha chegado para irmos para casa. Fomos o caminho todo calados e abraçados, eu só conseguia pensar no que poderia ter acontecido para ela ficasse nesse estado, minha irmã sempre foi tímida e reservada e quando ele veio morar comigo ela não me disse nada, apenas chorava muito, eu pensei que minha mãe a tinha expulsado também, desde que fui expulsa da casa da minha mãe eu nunca mais tive contato com ela, apenas com meus irmãos, e agora que estão todos morando comigo eu não tenho mais nenhum contato ou notícias sobre ela. Quando chegamos em casa fomos todos para seu quarto eu perguntei para Luan:
-" O que ele fez com ela, você sabe?" Ele me olhou e tentou puxar na memória, ele então falou:
-" Não, eu não sei o que pode ter acontecido." Ela estava deitada olhando para o nada quando eu falei com ela:
-" Você tem que se abrir comigo, você vai se sentir melhor e estamos aqui para você sempre." Ela me olhou e com os olhos marejados ela falou:
-" Eu tenho vergonha e medo." Eu a perguntei com firmeza:
-" Medo do que?" Ela me falou em tom baixo:
-" Que ninguém acredite em mim." Eu já podia imaginar o que estava por vim então disse a ela:
-" Pode falar, eu vou acreditar em você e a defenderei independente de qualquer coisa." Luan assentiu e falou:
-" Sim, somos sua família e estamos sempre aqui com você." Ela respirou fundo e deixou as lágrimas rolarem em quanto ela nos contava:
-" Quando você foi embora após um tempo ele começou a me olhar estranho, ele sempre falava que achava meu jeito tímido e calada bonitinho, um dia ele foi até meu quarto e ficou me tocando, eu contei para mamãe e ela disse que era minha culpa, depois disso ele começou ir sempre ao meu quarto e teve uma vez que ele me forçou a transar com ele e foi nesse dia que eu decidir fugir." Ela chorava tanto e nesse momento eu e Luan também estávamos chorando e ele perguntou:
-" Por que você nunca nos contou?" Ela respondeu em meio aos soluços:
-" Ele dizia que ninguém iria acreditar em mim e como mamãe disse que era minha culpa eu achei que todos pensariam igual." Eu a abracei tentando ser forte e disse:
-" Isso não é sua culpa e nós acreditamos em você, você foi a vítima nessa história, era apenas uma menina, ele vai pagar por isso." Ela falou com medo e desespero na voz:
-" Não, por favor." Eu falei já alterada querendo ir acertar as contas com ele e minha mãe:
-" Você não pode se falar, ele tem que pagar, quanto mais você se cala mais ele se acha no direito de fazer isso com outra pessoa, o que ele fez é crime e ele vai ter que pagar." Ela ficou pensando um pouco enquanto pensava, após um tempo ela me olhou um pouco receosa e disse:
-" Tá bom, vamos denuncia ló." Eu me senti aliviada e falei:
-" Amanhã vamos em uma delegacia da mulher e vamos contar tudo que aconteceu." Ela concordou mas como ela estava muito abalada eu e Luan decidimos deixar ela descansar, mas quando eu ia sair do quarto ela me chamou:
-" Bia, fica comigo por favor, não me deixa sozinha." Eu concordei e ela continuou nas dessa vez se dirigindo a Luan:
-" Você também maninho, preciso de vocês."
Ele concordou e após todos tomarem banho nos deitamos juntos e ficamos abraçados com a luz apagada, dava para escutar seus soluços de chorou antes dela dizer:
-" Obrigada por tá sempre cuidando da gente." Eu suspirei triste:
-" Desculpa por não estar lá para te proteger." Ela então disse:
-" Não teria como você saber."
Eu a abracei forte e ficamos todos assim até ela conseguir dormir, vi que Luan também tinha adormecido junto, enquanto a mim me torturei em pensamentos, como eu não imaginei que algo do tipo pudesse acontecer, por esse motivo ela era tão reservada e nunca apareceu namorando ou gostava de sair, ela deve ter se fechado, após muito tempo pensando e rolando na cama consegui dormir. Mesmo demorado para dormir fui a primeira a acordar, quando todos acordou fomos tomar café em silêncio, o clima está melancólico e eu só conseguia sentir raiva daquele imbecil desgraçado, quando todos terminamos de tomar café, eu perguntei:
-" Vamos para a delegacia das mulheres agora, você está pronta?" Ela fez um sinal de concordância com a cabeça e não falou mais nada, ela estava muito calada e assustada, eu então falei:
-" Você é forte vai passar por isso tá bom."
Ela tentou dar um sorriso mas sua tentativa foi falha, fomos para a delegacia da mulher e chegando lá prestamos a queixa, a delegada a escutou e a tranquilizou, também indicou que ela participasse de algumas reuniões de mulheres que passaram pelo mesmo que ela e que procurasse fazer terapia, iria ajudar.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Amélia Rabelo
tô falando que essa mulher não merece ser chamada de mãe
2023-10-02
4
Elis Alves
Mais que certa, a mulher só parir não quer dizer que possa ser chamada de mãe. Mãe é a que protege, ama, cuida, zela. Só embuchar e parir não pode classificar uma mulher como mãe.
2023-08-28
0
Elis Alves
Com certeza ela sabe, essa nojenta dessa parideira, deve saber dos abusos, vagabunda
2023-08-28
0