Capítulo 8

— Você tem duas escolhas, já sabe qual é a certa? — Riccardo fala com sua voz fria.

— Não pense que vai ficar assim Riccardo, voltarei para buscar a minha filha. — a mulher fala encarando ele.

— Sua filha? — ele pergunta a encarando.

— Só porque não é o meu material genético não significa que não seja minha filha.

— Você negou o seu filho só porque ele não veio como você queria.

— Aquela aberração não é meu filho, não pense que irei deixa ela ficar com minha filha, irei voltar a busca ela, temos um contrato.

— No contrato diz que você tem que levar as duas crianças e não apenas uma, se pensar em voltar e pegar apenas uma criança eu terei que te matar da forma mais cruel e dolorosa. — ele fala próximo a ela.

— Vamos embora, Margareth eu sabia que isso não ia dar certo. — o Roberto sai puxando sua esposa que gritava pelos corredores.

O casal sai deixando o Riccardo satisfeito com a atitude, os seguranças já estavam no local ele avisa que não era para deixar os bebês sozinho.

Riccardo vai até o quarto que Eva estava.

— Você não cansa de chorar? — Ele pergunta entrando pelo quarto.

— O que você quer? — ela fala limpando as lagrimas.

— Os bebês estão sendo vigiados, não precisa se preocupar com Margareth. — Ele fala sentando ao seu lado.

— Obrigada por isso. — ela fala com um sorriso fraco.

— Não pense que isso sairá de graça para você quero três danças sua quando voltar a trabalhar. — ele fala passando sua mão na coxa dela — já que você não quer ir para a cama comigo.

— Tudo bem, eu faço, mas Riccardo por favor não deixa aquela mulher chegar próximo aos meus filhos.

— Garota não seria mais fácil você deixar a menina com Margareth e o menino em um abrigo? — ele fala olhando para ela.

— Não, eles são meus e eu vou cuidar. — ela fala olhando em seus olhos.

— Burra, gostosa e com um coração mole, é sério isso?

— Vai se foder. — sua voz sai carregada de raiva.

— Na verdade, eu estou doido para te foder. — as mãos dele segurava firme no rosto de Eva.

Riccardo a encarava, o desejo que ele sentia por aquela garota era forte, incontrolável, ele a segura mais forte a aproxima seus lábios em um beijo quente, sua língua invade a boca de Eva e desfruta de toda a sensação que era possível sentir ao se afastar ela ainda estava com os olhos fechados e se sentindo vulnerável naquele momento onde ele se aproveitou e a beijou.

— Você é um babaca, não deveria fazer isso. — Ela fala ainda com seus olhos fechados.

— Abre os olhos querida — Ele fala acariciando seu rosto— você desperta um desejo grande em mim. Eva agora eu tenho que ir, não se preocupe com os bebês.

O homem fala passando sua mão no rosto da garota e se afasta.

Eva ao ficar sozinha fica pensando em como sua vida mudou em um piscar de olhos, o sonho em ser uma grande dançarina de ballet teria que ser deixado de lado, pois sua prioridade era seus filhos e Mathias que iria precisar muito dela.

Durante a gestação Eva não podia sair da casa de Margareth ela apenas saia para as suas consultas, mesmo assim ela mantida contato com Lara.

Eva manda mensagem para sua amiga falando que os bebês já tinham nascido, eles estavam na UTI, mas logo eles iria sair.

No outro dia, logo de manhã, Lara vai até o hospital ver como Eva estava.

— Posso entrar. — Lara fala após colocar apenas sua cabeça para dentro do quarto.

— Sim, eu estava com muita saudade de você. — Eva fala com seus olhos cheios de lagrimas.

— Eu também estava com saudades, mas entendi a preocupação da senhora em não querer que você fosse até nossa casa, às vezes lá é perigoso.

— Sim, mas Lara não sei o que fazer, Margareth só quer a menina, ela falou coisas horríveis sobre o menino. — Eva fala chorando.

— Me conta tudo por que está chorando? — sua amiga fala sentando em uma poltrona ao lado da cama.

— Na gestação foi tudo tranquilo mesmo ela não deixando eu sair de casa, pois ela tinha medo das ruas, ela acha que estamos nos Estados Unidos, ela me tratou muito bem, mas com o nascimento dos bebês ela surtou mostrou um lado que eu não tinha visto durante quase nove meses. — Eva falava e suas lagrimas fazia caminho pelo seu rosto — Ela só quer a menina Lara ela chamou menino de aberração, ela não quer levar ele só a menina, eu não deixei, pois se for para quebrar o contrato eu irei ficar com os dois bebês.

— Você tem certeza que vai ficar com as crianças? Como vai fazer para cuidar? E o ballet? Você fez tudo isso para conseguir dinheiro para estudar. — Lara fala encarando Eva.

— Eu sei, mas eles nasceram de mim, eu não posso deixar essas crianças já rua ou em um abrigo como eu passei parte da minha vida.

— Você sabe que a nossa casa está lá, vou te ajudar a cuidar dos bebês se é isso que você quer.

— Obrigada amiga, eu sabia que podia contar com você. — ela fala secando suas lágrimas.

— Mas o que o menino tem que essa bruxa não quis ficar com ele?

— Ele tem uma má formação nos lábios, mas a pediatra me explicou um pouco da situação, ele pode fazer uma cirurgia quando tiver seis meses.

— Você sabe quanto custa essa cirurgia?

— Dez mil euros.

— Eva, como vai conseguir arrumar esse dinheiro? — Lara fala com seus olhos arregalados.

— Eu não sei direito, tenho uma economia, mas não vai dar para cobrir o valor total da cirurgia, vou ter que voltar dançar para dona Mercedes, tenho seis meses ainda para conseguir arrumar todo o dinheiro.

Lara olha para sua amiga e força um sorriso, Eva estreita seus olhos analisando elas se conheciam a tempo de saber o que a outra estava pensando antes mesmo de dizer.

— Não acredito que você está pensando nisso. — Eva fala olhando sua amiga séria.

— Você tem outra opção?

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