Capítulo 5

Os gritos de Riccardo são abafados quando a porta é fechada, a sala tinha isolamento acústico, seria impossível alguém escutar os gritos do homem.

Eva estava satisfeita, pois Riccardo era um babaca, ela não aceitava ser tratada como uma vadia apenas por estar trabalhando em um lugar como aquele.

Ela vai até o seu camarim, pega sua bolsa e vai para a casa, Riccardo ainda tentava se soltar, mas era impossível, pois as algemas eram bem resistente.

— Alguém me escuta, vadia, eu vô te matar, eu juro. — o homem gritava de ódio.

Quase duas horas depois e a casa noturna estava sendo fechada, uma camareira aparece para limpar a sala.

— Meu Deus! Desculpa senhor. — A mulher de meia-idade fala cobrindo o rosto.

— Me tira daqui agora. — ele fala, olhando sério para a senhora. — Cadê aquela vadia?

— De quem o senhor está falando?

— A desgraçada da Eva. — ele fala bravo.

— Ela já foi embora senhor faz algumas horas.

— Sabe onde a vadia mora? — ele fala casando a calça que ela tinha levado.

— Não, senhor ela fez isso com você? Cadê o restante da sua roupa?

— Não é da sua conta, agora sai daqui.

— Só falta essa sala para mim terminar de limpar.

— Não perguntei nada, eu mandei você sair. SAI — ele fala aos gritos.

A mulher sai assustada com os gritos de ódio do homem, Riccardo pega seu telefone e liga para seu secretário.

Ligação on*

— Me traga uma calça na casa noturna. — Riccardo fala sério.

— Senhor são quatro horas da manhã. — o secretário fala aí do dormindo.

— Eu perguntei a horas por acaso? Me traga a calça em vinte minutos ou está despedido.

— Sim senhor já chego aí.

Ligação off*

Riccardo estava com seu rosto queimando de raiva daquele garota ousada, ele jurava que iria encontrar ela e acabaria com a sua vida.

Era sexta-feira o dia da inseminação, Riccardo estava ansioso para encontrar com Eva e acertar as contas.

— Bom dia Riccardo. — Eva fala rindo.

— Sua vadia, o que você pensa que é para me deixar trancado naquela sala. — Ele fala segurando forte no braço da jovem.

— Me solta, está me machucado. — Ela fala olhando nos olhos dele.

— Eu vou te matar. — Riccardo ameaça ela.

O casal entra na sala fazendo ele se afasta da garota largando seu braço com marca da sua mão.

— Senhora Margareth essa é a jovem que eu falei para a senhora.

— Muito prazer me chama de Margo, você é linda — a senhora fala.

— Obrigada Margo.

Apoia se apresentar para o senhor Roberto, Eva é chamada para a sala.

— Eva Ricci — a enfermeira chama ela para a sala onde seria feito o procedimento.

A moça olha para o casal de senhores que estava ali, a mulher se levanta e a segue até a sala.

Eva se deita na maca e abre suas pernas, o material genético é injetado nela e ela aguarda ali por alguns minutos.

— Obrigada por fazer isso por mim e pelo meu marido. — Margo fala.

— Não precisa agradecer, vocês pagaram para isso.

— Mesmo assim, nem todo mundo iria fazer isso.

O silêncio toma conta do lugar, Eva não tinha certeza se era certo fazer isso, mais já tinha feito teria que gerar uma criança nas próximas 40 semanas.

Quando a médica liberar Eva, ela vai até o casal que insistentemente fez ela aceitar passar essas semanas na casa deles, mesmo a garota não aceitando ela vai.

— Eu preciso ir para minha casa pegar minhas coisas, depois podemos ir até onde irei ficar. — Eva fala um pouco nervosa.

— Não se preocupe, iremos comprar tudo novo para você, agora vamos para a casa. — o senhor fala sério.

Eles vão até uma enorme propriedade com uma linda casa, Eva estava admirada com tanto luxo que existia ali.

— A empregada irá mostrar a casa para a senhorita e depois seu quarto se sinta a vontade. — A senhora fala deixando uma funcionária com ela.

Depois de quase vinte minutos conhecendo, a casa, ela chega até seu quarto, vai tomar um banho e tenta descansar um pouco.

Os dias passam rápido, Eva não tinha muito o que fazer antes sua vida era corrida ela estudava e trabalhava para ganhar o dinheiro para a seleção, agora ela tem que apenas repousar para não acontecer nada com a criança.

Hoje elas iriam a primeira consulta após a inseminação para saber como está ao desenvolvimento do feto.

A médica faz um ultrassom e fica olhando para a tela do seu computador, ela olha para as duas mulheres que esperava por alguma informação.

— Deu tudo certo com a inseminação temos dois bebês crescendo dentro de você senhorita Eva.

A jovem fica sem saber o que fazer, ela olha para a senhora rápido que apenas sorri feliz por saber que seria mãe de duas crianças.

— Dois? Obrigada Eva realizou um sonho.

A senhora estava muito feliz e realizada por ser dois bebês.

Fazia um mês que Eva estava grávida, nesse mês ela se sentia com muito sono, ela tentava se ocupar com outras atividades, mas o corpo dela só queria dormir.

Os meses vão passando rápido, a senhora sempre ia em todas as consultas com a obstetra para saber como estava os bebês.

Em um exame eles descobriram que seria um menino e uma menina, Eva não queria criar sentimentos pelas crianças, pois sabia que seria muito doloroso ter que entregar as crianças.

Ela ia toda a semana conversar com psicólogo para não ter nem um tipo de crise ou depressão pós-parto quando as crianças não tiverem, mas em seus braços.

Eva estava sentada no gramado da propriedade, quando uma sombra cobre seu corpo.

— Para uma putinha até que ficou gostosa grávida. — Riccardo fala próximo a ela.

— Não enche o meu saco. — Ela fala olhando para o céu.

— Sei que ainda é virgem, se quiser eu posso te pagar 1,5 milhões para te comer, só não garanto que tomarei cuidados com essas crianças.

— O tempo pode passar, mas você ainda continua o mesmo babaca nojento que eu conheci.

— Escuta aqui, garota.

— Aaaaah! — Eva solta um grito.

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