Capítulo 7

— Vai dar tudo certo querida. — a senhora fala percebendo o nervosismo que Eva estava sentindo.

— Espero que sim. — Eva responde tentando se manter calma.

A ansiedade era grande, os minutos que se esperava pela chegada dos bebês parecia interminável até que se ouve o primeiro chorinho.

O primeiro a nascer é Ava uma menina que apesar do pequeno tamanho parecia ser muito forte, seu choro é escutado logo que a menina é retirado do ventre de Eva.

— Aqui está a Ava. — A médica pediatra fala mostrando a pequena bebê para as duas mulheres.

Não tinha se passado muito tempo o segundo bebê nasce Mathias, ele era menor que sua irmã dava para ver o quanto ele ia precisar de cuidado.

— Esse é o Mathias. — A médica pediatra fala mostrando o pequeno bebê.

— o que é esse monstrinho? Eu não vou pagar por essa criança deformada.— Margareth gritava nervosa na pequena sala.

— Calma senhora. — A médica fala.

Margareth sai do centro cirúrgico muito nervosa, Eva ainda não sabia o que estava acontecendo direito.

A médica mostrou o pequeno Mathias para ela e seu coração apertou, ela não sabia direito o que estava sentindo, mas ela teve uma sensação que não se dava para explicar ao ver o pequeno bebê.

Margareth ao sair do centro cirúrgico vai até seu marido muito nervosa, seu sonho de ser mãe para ela tinha acabado.

— O menino veio com defeito, eu não vou ficar com uma criança toda deformada. — A mulher fala nervosa.

Riccardo que ainda estava ali e Roberto não entende nada do que a mulher estava falando, era muitas palavras sem sentido.

— Calma, querida, o que você está falando não estou entendendo. — Roberto fala segurando na mão de sua esposa.

— A menina veio perfeita, agora o menino tem um defeito e eu não vou aceitar ele e não vou pagar o combinado.

Riccardo estava apenas escutando o que a senhora falava, mas quando ela disse que não ia pagar o homem entra na conversa.

— Esse não foi o combinado, você vai ter que pagar e ficar com os dois bebês. — Ele fala sério.

— Não irei pagar e não quero uma criança com defeito.

— Como eu disse, não foi o combinado. — ele fala e sua voz sai mais agressiva que antes.

— Eu já disse que não me importo com combinado nem um, você não consegue arrumar uma mulher que fizesse o serviço direito. — A senhora gritava.

— Cala a sua boca ou terei que arrancar essa sua língua fora. — O homem fala a observando.

— Fica quieta querida, vamos ficar com apenas a menina. — o homem fala puxando a sua esposa para seus braços.

Enquanto Margareth estava nervosa com toda a situação, Eva estava ainda sem entender nada do que foi dito na sala.

Horas depois que Eva foi levada para o quarto, ela tenta conversar com a médica sobre o menino e tentava entender como tudo isso poderia atrapalhar o desenvolvimento do bebê

— Doutora, o que é isso nos lábios dele?

— Lábio leporino, é uma má formação congênita, mas fica tranquila, podemos fazer uma cirurgia para resolver em alguns meses.

Eva sentia uma dor em seu peito, não sabia que as coisas, não iria ser tão simples como parecia ser.

A garota estava no quarto quando ele é invadido pelo casal e Riccardo.

— Sua inútil, eu irei ficar só com a menina e vou te processar. — A senhora fala aos gritos.

— Eu não tive culpa de nada, fiz tudo certinho. — Eva fala nervosa.

— Eu não quero saber, não irei ficar com uma aberração.

— Tem cura, o bebê tem apenas que fazer uma cirurgia. — Eva falava nervosa.

— Já está resolvido, irei transferir o dinheiro para você e vou levar a menina embora. — Margareth fala e antes que ela sai do quarto, Eva decide.

— Ou você leva os dois bebês, ou não irá levar nem um. — A garota fala decidida.

— Isso que vamos ver. — A senhora fala saindo.

O choro de Eva era certo, as lágrimas molhavam todo o seu rosto, Riccardo fica parado olhando para Eva que chorava desesperada.

— Seu filho da puta, olha no que você me meteu. — Eva fala secando suas lágrimas.

— Eu não tive culpa de nada, apenas te fiz uma proposta, se tivesse aceitado a minha de passar uma noite deliciosa de muito prazer não teria passado por tudo isso.

— Por favor Riccardo, você precisa me ajudar, não deixa que ela leve as crianças

— Mas você não tem dinheiro para cuidar de dois bebês. — Ele fala com sua postura seria.

— Não importa como eu vou fazer, mas não deixa ela levar os bebês, por favor. — Ela fala com os olhos lacrimejando.

Riccardo a olha sério, ele não queria ajudar, mas algo faz ele ter pena dela.

— Não irei deixar ela levar a criança, mas não pense que irei fazer mais que isso.

— Tudo bem, eu só não quero perder eles.— ela fala e suas lagrimas vão aos poucos se secando.

— Mas o combinado era eles irem embora com ela, você sabe disso. — Ele fala sério.

— Sim, eu sei, mas você viu como ela falou do menino, como ela pode falar isso, ela amou ele por nove meses, agora o trata como uma aberração.

— Eu vou pedir para que meus homens vem até aqui, isso será tudo que irei fazer, não se esqueça.

— Obrigada, isso já me deixa um pouco mais tranquila, logo eu volto a trabalhar como dançarina e tento me manter.

Riccardo sai do quarto e liga para o chefe da segurança ordenando que venham para o hospital rápido.

Margareth e Roberto estavam olhando a menina e planejando futuros para ela, mesmo Eva dizendo que eles não iriam mas poder levar.

— A garota já deixou claro que vocês não irão levar os bebês. — Riccardo fala se aproximando.

— Riccardo que você pensa que é para tentar me impedir? — Margareth pergunta.

— Eu só a porra do chefe, não matei meu pai para que alguém ainda queira me desrespeita aqui no meu território e ainda se manter vivo. — ele fala pegando sua arma.

— Fica quieta Margareth, Riccardo nós fazemos negócios a anos, não vamos deixar que isso possa nos atrapalhar.

— Você tem duas escolhas, já sabe qual deve fazer?

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