Casando Com Um Mafioso: Obrigação Ou Paixão

capítulo 16

Fernanda se dirige ao seu quarto, toma um banho e se arruma. Depois, desce as escadas, vai até a mesa e prepara um café da manhã. Henrique já havia saído e o vovô Vitor também não estava mais por ali. Ela estava radiante ao comer, e Ester logo notou.

— Hoje você está especialmente sorridente, senhora!

— Sim, Ester, estou nas nuvens! Hoje vou dar uma voltinha e cantar um pouco.

Ester sorri enquanto vê Fernanda se afastar, dançando.

Fernanda vai para o seu quarto e se instala na varanda, tocando e cantando, até que o vovô Vitor entra e se aproxima.

— Você canta muito bem, menina!

— Ah, que susto! Fico feliz que tenha gostado. Como já mencionei, minha mãe me ensinou.

— Lamento por tudo que você está passando e pelo que ocorreu com o Meireles. Ele é desprezível.

— Não se preocupe, senhor Vitor. O Henrique chegou na hora certa e nada aconteceu.

— Que bom. Mas fiquei sabendo que você dormiu no quarto do meu neto.

— Foi só isso, realmente fiquei assustada. Ele foi gentil e deixou eu ficar lá, fique tranquilo, sou pura.

Vitor sorriu e saiu do quarto. Fernanda refletia sobre sua vida. Apesar de tantas experiências, ela só tinha 17 anos e sonhava em conhecer alguém especial e viver seu primeiro amor. Entretanto, tudo mudou quando foi forçada a se casar com Henrique Lopes. O que deveria ser apenas uma busca por vingança se tornava confuso, pois Henrique era encantador e a maneira como ele a tratou na noite anterior a fez querer ainda mais. Seus sentimentos estavam embaralhados, mas, no fundo, ela sabia que queria aproveitar aquele Henrique atencioso.

(...)

Quando percebe que já são 11h, Fernanda corre para o banho e se arruma. Ela escolhe um vestido azul com decote em V e mangas caídas nos ombros, que ia até a coxa e tinha um caimento leve e solto. Seus cabelos foram trançados, deixando alguns fios soltos que destacavam seu rosto, e ela calçou uma sandália de salto baixo. Estava linda.

Na empresa...

Henrique já havia planeado como se vingar de Juliane.

— Bom dia, Larissa. Ligue para a senhora Juliane e diga que quero almoçar com ela no restaurante do Valentim.

— Ok, senhor. Mais alguma coisa?

— Peça para o Lucas subir na minha sala.

— Certo!

Henrique sorria ao imaginar a expressão de Juliane, achando que ele queria algo a mais com ela. Juliane também tinha seus planos, pois estava a fim de Henrique e queria passar uma noite com ele, como já tinha tentado várias vezes sem sucesso. Ela se esforçou para ficar irresistível, sem saber o que ele realmente estava preparando.

Quando a secretária contatou Juliane sobre o almoço com Henrique, ela ficou radiante. Correu para o salão a fim de se arrumar, pensando em impressioná-lo.

Lucas entrou na sala de Henrique, que estava reclinado na cadeira com os olhos fechados, sorrindo.

— Eu sabia que você ia se apaixonar.

Henrique se levantou e ajeitou o paletó.

— Já te disse que não me apaixono, pare com essas bobagens.

— Relaxa, irmão, não precisa mentir para mim.

— Chega de conversa fiada. Preciso que você faça algo para mim.

— É só dizer que faço.

— O Meireles aproveitou quando deixei a Fernanda sozinha e chegou se esfregando nela. Eu peguei ele no flagra.

— Por isso você sumiu da festa. Fiquei te procurando. Seu tio e seu primo ficaram me perturbando com conversa fiada.

— O que eles queriam?

— O de sempre: que eu ficasse do lado deles.

— Então, espero que você pense bem nas suas respostas. Senão, já sabe o que farei se descobrir que me traiu.

Henrique falava sério para Lucas.

— Está louco, irmão? Nunca faria isso com você. Eu deixei eles lá falando sozinhos. Mas, fala logo o que você quer que eu faça com aquele velho. Eu te avisei que ele não vai deixar sua loirinha em paz.