Dezessete

Agora eu entendia o motivo das garotas pegarem tanto no pé do Jake depois do término.

Eu pude ter um gostinho do que elas tiveram e...

Puta merda!

Jake sabia o que fazer e quando fazer e eu ainda podia sentir aquelas ondas intensas de prazer pulsando em meu interior.

Foi intenso.

Foi maravilhoso.

Eu não poderia ter escolhido uma pessoa melhor para ter a minha primeira vez.

Ele se preocupou apenas comigo o tempo todo e eu não conseguia parar de relembrar cada momento que vivemos nos últimos minutos, ou horas...

Eu tinha perdido a noção do tempo e espaço desde o momento em que os lábios dele tocaram os meus.

Aquele beijo...

Ouvi o barulho da torneira vindo do banheiro e olhei ao redor, procurando alguma coisa com que pudesse me cobrir.

Não sabia o que fazer, se deveria pegar as minhas roupas e me vestir, ou se deveria ficar e pedir por um pouco mais.

Eu queria que ele tivesse permanecido ao meu lado na cama para aproveitar um pouco mais do calor do seu corpo antes de voltar para a nossa realidade.

Realidade em que Jake e eu éramos apenas amigos e não dois amantes que acabaram de fazer o que poderia ser classificado como o melhor sexo do mundo.

Claro, porque eu tinha certeza de que jamais poderia ir para a cama com outro homem sem me lembrar daquele momento com o Jake.

Você está bem? ele perguntou, me pegando de surpresa enquanto ainda estava nua.

Fiquei tão perdida em meus pensamentos que me esqueci completamente que estava procurando por algo para me cobrir e ficar assim, exposta, na sua frente era um pouco...

Constrangedor, agora que não estávamos na cama.

Sim, eu... gaguejei, nervosa, encontrando a sua camisa na beirada da cama e a peguei rapidamente, vestindo-a em seguida. _Só estava procurando por alguma coisa para me cobrir...

Jake se aproximou da cama, usando apenas uma cueca boxer, e eu não pude deixar de olhar para sua virilha.

Por um momento, quando ele finalmente ficou completamente nu na minha frente, enquanto colocava o preservativo, eu senti medo.

Afinal, aquela coisa toda jamais poderia caber dentro de mim!

Mas Jake tinha sido tão cuidadoso que a dor tinha se tornado mínima no final das contas.

Venha, vamos tomar um banho. ele chamou, estendendo a mão para me ajudar a sair da cama.

Banho?

Juntos?

_Jake, eu...

Não seja boba, Callie. ele disse, revirando os olhos como se pudesse ler os meus pensamentos. _Nós acabamos de... você sabe.

Jake franziu o cenho, como se não soubesse como chamar o nosso interlúdio

Acho que ele estava tão constrangido quanto eu, pensei.

Sem dizer mais nada, me levantei da cama um pouco rápido demais, sentindo um leve desconforto entre minhas coxas, e o acompanhei até o banheiro.

Observei Jake ligar o chuveiro e esperar que a água esquentasse o suficiente antes de se voltar para mim.

Pigarreei, constrangida.

Um pouco tarde demais para isso, eu pensei, mas não podia evitar agora que toda aquela adrenalina tinha passado.

Jake, eu... posso tomar banho sozinha... eu disse, fazendo com que ele me encarasse com o cenho franzido antes de se virar para sair do banheiro.

Ok. ele disse, concordando. _As toalhas ficam nessa gaveta e pode me chamar se precisar de mim.

_Obrigada... _agradeci e esperei que ele saísse antes de tirar a camisa.

Amarrei meus cabelos em um coque mal feito apenas para não deixar que molhassem e me enfiei embaixo do jato de água morna, deixando a água cair sobre o meu corpo e aliviar um pouco do meu nervosismo.

Estava feito.

Jake atendeu o meu pedido e agora eu já não era mais virgem.

Mas algo dentro de mim, temia que a partir de agora, a nossa a amizade mudasse completamente.

Não, isso não podia acontecer! Pensei, me ensaboando.

Eu não deixaria que isso acontecesse, porque não conseguia ver um futuro sem o Jake em minha vida.

Terminei o meu banho rapidamente e peguei uma toalha da gaveta do armário do banheiro, me secando antes de me enrolar nela e abrir o box do banheiro, deparando-me com as minhas roupas dobradas sobre o balcão da pia.

Ótimo, pensei, assim não seria ainda mais constrangedor sair do seu banheiro apenas de toalhas.

Ao sair do banheiro, peguei Jake trocando o lençol da cama, mas não rápido o suficiente para me impedir de ver a mancha vermelha no tecido e o olhar aflito dele enquanto olhava para ela antes de enrolar o lençol e tirá-lo da cama.

Er... eu pigarreei, chamando sua atenção para que ele notasse a minha presença no quarto novamente. _Eu acho que é melhor eu ir para a casa...

Jake terminou de ajeitar a cama rapidamente, antes de se voltar para mim.

Me dê só um minuto que eu vou levá-la até em casa, Callie. ele pediu.

_Não precisa, eu...

Não vou deixar você caminhar sozinha na rua uma hora dessas, Callie. ele insistiu, sem deixar espaço para discussões.

Tudo bem. eu disse apenas, cruzando os braços sobre os meus seios enquanto ele tirava algumas peças de roupas do armário e caminhava até o banheiro para se trocar.

Era como se nós dois fossemos dois estranhos agora, e eu suspirei, pensando se tinha feito a coisa certa.

Bem, já era tarde demais para mudar de ideia e agora, só cabia a mim, fazer de tudo para que as coisas não ficassem estranhas entre nós.

Minutos depois, Jake e eu parávamos em frete a porta da minha casa e eu abri minha bolsa para retirar as chaves.

Callie, eu... Jake murmurou, como se quisesse dizer alguma coisa antes de desistir e suspirar profundamente.

Sim? eu insisti, mas ele apenas olhou para um ponto qualquer ao meu lado, evitando me olha nos olhos.

Não é nada. ele disse. _ Nos vemos na segunda.

Assenti, com um pequeno sorriso.

Um pouco forçado na verdade, mas ele não perceberia isso no escuro.

Nós morávamos praticamente ao lado um do outro, então provavelmente a gente se veria no dia seguinte, mas talvez ele quisesse manter um pouco de distância agora para deixar as coisas menos estranhas entre nós.

Assenti, me sentindo um pouco decepcionada, mas Jake tinha razão.

Eu faria qualquer coisa para manter a nossa amizade.

Nos vemos na segunda. eu confirmei, inserindo a chave na fechadura e abrindo a porta silenciosamente para não acordar os meus pais. _Boa noite, Jake...

Boa noite, Callie... ele respondeu baixinho antes de se virar com os ombros baixos e descer os poucos degraus da frente da casa.

Fechei um pouco a porta, enquanto observava a figura caminhando com as mãos nos bolsos da calça, de volta para sua casa, antes de fechá-la de vez e me recostar na madeira fria.

_Porra, Callie... O que é que você fez?

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