Dezesseis

Eu acho que nunca me despi tão rápido quanto fiz naquele momento, me livrando dos sapatos e das calças, ficando apenas de cuecas antes de ajudá-la a se livrar das sandálias também.

Senti o olhar de Callie fixo em minha virilha e tive que morder o lábio para não perder o controle do meu próprio corpo e acabar me liberando ali mesmo.

Voltei para junto dela, adorando a sensação de nossas peles nuas coladas e beijei seus lábios com suavidade, tocando cada pedacinho do seu corpo e ouvindo os suspiros de prazer que ela dava a cada vez que nos afastávamos para respirar.

Os pequenos fios de cabelo em sua testa estavam úmidos e a timidez estava diminuindo cada vez mais enquanto ela me tocava.

No momento seguinte eu terminava de despir a nós dois, jogando para o lado as últimas peças de roupa que havia em nossos corpos e me impedir de ter o que eu queria.

O que eu precisava.

Me inclinei até a cômoda, tirando de dentro da gaveta um preservativo e pude sentir, enquanto o colocava, o nervosismo tomar conta dela novamente.

_Eu não sei se...

_Fique tranquila. _ eu pedi, voltando para junto dela e beijando seu rosto suavemente. Minha mão deslizou por seu ventre até alcançar o vale entre suas coxas e ouvi Callie gemer enquanto se arqueava ao encontro de minha mão quando a acariciei intimamente. _ Você está pronta, Callie...

Ela estava úmida e meus dedos deslizaram facilmente por suas dobras, arrancando-lhe mais um gemido rouco quando manipulei seu clítoris.

_Jake... _ ela murmurou, respirando com dificuldade enquanto semicerrava os olhos e mordia o lábio, completamente entregue as sensações que eu lhe proporcionava.

Eu queria lhe dar prazer antes de provocar dor, mesmo que essa passasse rapidamente.

E então eu lhe daria prazer de novo, e de novo, até que ambos estivéssemos satisfeitos.

Porque o que estava acontecendo entre nós aquela noite, não se repetiria.

Era o nosso combinado.

Na manhã seguinte voltaríamos a ser amigos, como sempre fomos, e esqueceríamos o que tinha acontecido entre nós.

Senti Callie estremecer em meus braços e apertar minha mão entre suas coxas quando atingiu o orgasmo, cobrindo a própria boca para não gritar.

Estava na hora... eu pensei, me ajeitando entre suas coxas e me posicionando em sua entrada quente e completamente úmida agora.

E sem dizer mais nada, eu a penetrei lentamente, fazendo o possível para não perder o controle e m enfiar em seu calor de uma única vez.

A todo momento meus olhos estavam fixos em seu rosto, observando cada expressão para ter certeza que estava tudo bem.

Por um breve momento, enquanto rompia a pequena barreira, vi Callie morder o lábio e franzir o cenho de dor.

_Você está bem? _ perguntei alguns segundos depois, esperando que ela se acostumasse comigo antes de me mover lentamente.

Callie assentiu, seus lábios inchados e rosto corado.

_Eu estou bem, Jake. _ ela garantiu.

Assenti, satisfeito por finalmente poder me mover como eu queria e me permiti ir mais fundo, arrancando-lhe um gemido de prazer quando comecei a me movimentar, entrando e saindo de seu ninho quente.

_Callie... _ eu gemi, escondendo o meu rosto entre seu pescoço e ombro enquanto me movia.

E como se para me torturar ainda mais, Callie envolveu as coxas em volta do meu quadril, me permitindo ir ainda mais fundo.

Tomei seu mamilo em minha boca novamente enquanto a penetrava, arranhando o pequeno monte com meus dentes suavemente e arrancando-lhe mais e mais gemidos de prazer.

Callie agarrou meus cabelos entres seus dedos, me fazendo erguer o rosto para ela novamente.

Por alguns segundos nossos olhares se encontraram e eu me perdi nos dela enquanto sentia que estava cada vez mais perto de alcançar o ápice do prazer.

Então, Callie tomou a iniciativa e beijou minha boca como se nunca tivesse desejado tanto algo em sua vida.

E foi naquele momento, enquanto ela se arqueava em minha direção e me apertava dentro dela enquanto alcançava o prazer novamente, que eu me deixei levar e me permiti alcançar o prazer junto com ela.

E sabe quando a gente tem aquela sensação de que  finalmente está em casa?

Pois é.

Foi nesse momento que descobri o quanto eu estava ferrado.

Porque eu nunca tinha me sentido tão bem nos braços de uma garota, quanto me sentia naquele momento, nos braços da Callie, enquanto permanecíamos abraçados, com nossas respirações ainda ofegantes e nossos corpos suados.

_Ual! _ ela murmurou depois de alguns segundos.

Mantive meu rosto escondido na curva de seu pescoço para que ela não fosse capaz de ler minha expressão naquele momento, porque ela podia me decifrar como mais ninguém.

E quando senti que era seguro falar, eu respondi, fazendo minhas as suas palavras:

_É sim... Ual.

Era a única coisa que eu me sentia capaz de dizer naquele momento, quando nossos corpos ainda estavam conectados intimamente.

Depois de alguns segundos me retirei lentamente, ignorando o desejo que voltava a crescer em meu corpo ao ouvir o seu gemido rouco.

_Eu já volto. _ eu avisei, antes de sair da cama e seguir para o banheiro a fim de me livrar do preservativo.

E a fim de ter um momento a sós comigo mesmo enquanto me xingava de várias maneiras possíveis por ter sido tão tolo.

Eu estava ferrado, pensei, agarrando ambos os lados da pia enquanto me encarava no espelho.

Eu estava completamente ferrado!

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