Quinze

Jake

Beijar a Callie era...

Era como se eu nunca tivesse realmente beijado antes.

Seus lábios são tão suaves e doces e, somente aquele breve beijo foi o suficiente para acordar o carinha lá em baixo.

Foi quase instantâneo.

E durante todo o tempo em que estávamos vindo para a minha casa, fiquei me preocupado em não conseguir fazer aquilo, porque Callie era a minha melhor amiga.

Agora vejo o quanto estava enganado.

Puxei seu corpo para mais perto do meu, sentindo o quanto ela era macia e cheirosa.

E senti o exato momento em que ela estremeceu em meus braços quando mordisquei o lóbulo de sua orelha.

Sorri, satisfeito, percebendo que ela estava sentindo a mesma coisa que eu sentia naquele momento.

Deixei minhas mãos vaguearem por suas costas, sentindo o zíper do vestido sem alças, e me peguei deslizando o pequeno objeto, curioso em ver o que havia por baixo daquele vestido.

Quando me afastei o suficiente para observá-la,  pude perceber o quanto eu estava perdido.

Porque a garota a minha frente não se parecia em nada com a minha amiga Callie.

Não, a minha amiga Callie vivia de cabelos amarrados, não usava maquiagem e nem mesmo saias.

A não ser quando ensaiava com as líderes de torcida, e me distraindo, atraindo os meus olhos para onde elas ensaiavam apenas para observá-la.

Mas a garota a minha frente havia deixado os cabelos soltos, caindo em ondas onduladas e castanhas por seus ombros nus.

A garota a minha frente usava um vestido vermelho que me manteve enfeitiçado durante todo o tempo desde que a peguei em sua casa para levá-la para a festa, e mesmo quando me mantive afastado para deixá-la se divertir um pouco com as amigas.

E devo admitir que, na verdade, eu estava vigiando para impedir que um garoto idiota se metesse com ela.

E quando Adam chegou e tomou sua atenção para ele, minha vontade foi de tirá-la de lá e levá-la para bem longe, mas eu sabia que não poderia fazê-lo.

Porque para todos naquela festa, éramos apenas amigos, e eu não podia agir como um namorado enciumado.

E agora, ela estava ali, na minha frente, com os lábios inchados dos meus beijos.

Seu rosto estava corado e seus olhos estavam semicerrados, provando que ela estava sentindo o mesmo que eu.

Justo! Pensei, satisfeito.

Porque eu nunca imaginei que poderia sentir um desejo tão intenso quanto o que tomou conta de mim quando o vestido dela deslizou por sua cintura, revelando o sutiã sem alças vermelho.

O vestido desceu apenas até o seu quadril e coube a mim, imaginar a parte de baixo daquele conjunto.

Tentando manter o controle, me afastei um pouco para tirar a minha própria camisa, sentindo o olhar de Callie passeando por meu corpo antes de suas mãos pousarem em meu peito novamente.

Dessa vez, fui eu quem estremeceu quando senti sua palma morna contra minha pele e isso só serviu para piorar ainda mais a minha situação abaixo do umbigo.

Deixando um gemido escapar do fundo da minha garganta, colei nossos corpos novamente e tomei sua boca em um beijo faminto, provando cada pedacinho enquanto sentia o calor de seu corpo seminu contra o meu.

Callie havia me escolhido por confiar em mim e por eu ter experiência com garotas, dado o meu histórico sexual.

Mas naquele momento, eu me senti como aquele garoto de três anos atrás, tentando disfarçar o nervosismo ao fazer sexo pela primeira vez.

Porque com Callie era diferente...

Era como se eu ainda fosse inexperiente e estivesse descobrindo só agora o que era sentir desejo de verdade.

Caminhei até a cama, levando-a comigo sem interromper o nosso beijo, e no instante seguinte eu estava deitado parcialmente sobre o seu corpo pequeno e curvilíneo, enquanto ela se deixava levar pelo momento, deslizando as mãos por meu corpo e deixando uma trilha quente por onde passavam.

_Callie... _ eu gemi contra seus lábios.

Se fosse qualquer outra garota em minha cama naquele momento, eu me livraria rapidamente das minhas roupas e já estaria entre suas pernas.

Mas era a Callie, e eu precisava ir com calma para não machucá-la e assustá-la.

Queria que aquele momento fosse muito especial e inesquecível para ela, pois eu sabia que jamais me esqueceria dele.

E era com isso que eu estava preocupado.

_Última chance... _ eu avisei, abandonando seus lábios novamente e descendo uma trilha de beijos por seu pescoço, alcançando o vale entre seus seios ainda cobertos pelo sutiã rendado.

Callie estremeceu e arqueou o tronco em minha direção, como se estivesse implorando por mais.

Céus, por que ela tinha que ser tão sensual?

Callie abriu os olhos novamente e seu olhar encontrou o meu enquanto eu me deliciava com cada pedacinho de sua pele, inebriado com o seu perfume.

Mas se ela dissesse naquele momento que havia mudado de ideia, eu me afastaria, mesmo que fazer isso fosse muito doloroso para mim.

_Eu não vou mudar de ideia, Jake. _ ela disse baixinho, mas decidida. _Então, apenas cale a boca e me beije!

Eu poderia rir naquele momento, de sua ordem e sua tentativa de parecer corajosa. Mas eu não sentia graça nenhuma daquele momento.

Não, quando suas palavras serviram como lenha na minha fogueira, aumentando ainda mais o meu desejo por ela, como se eu já não estivesse a ponto de explodir.

Me ajeitei sobre ela novamente e tomei sua boca em um beijo repleto de desejo, engolindo seu pequeno gemido quando pressionei meu quadril contra seu ventre, permitindo que ela sentisse o que estava fazendo comigo.

Não tinha mais volta, pensei, levando minha mão até suas costas e soltando habilmente o fecho do sutiã que ela usava e libertando seus seios fartos para o meu deleite.

_Você é tão linda... _ murmurei, acariciando um seio com suavidade enquanto ela se arqueava sob o meu corpo.

Callie respirava de forma acelerada, seus cabelos estavam espalhados pelo meu travesseiro e eu juro que jamais poderia olhar para ele sem me lembrar daquele momento.

Tomei um mamilo rijo em minha boca, sentindo suas unhas cravarem em minhas costas quando suguei o pequeno monte entre meus lábios.

_Jake... _ ela gemeu meu nome e eu abandonei aquele seio para dar atenção ao outro, da mesma forma como havia feito.

_Não tenha pressa... _ eu pedi, rouco, deslizando minha mão por seu quadril até suas coxas, afastando o vestido e erguendo-o para que eu tivesse livre acesso ao seu corpo.

Sua pele era suave contra a minha palma e se arrepiava a medida que minha mão ia subindo até alcançar o seu traseiro.

Mas ainda não era o suficiente para mim.

Eu precisava sentir o seu corpo contra o meu, sem a barreira das roupas.

Me ergui sobre os joelhos no colchão, deslizando seu vestido por suas pernas e prendendo o fôlego ao ver o que eu tanto ansiava.

_Porra, Callie! _ eu gemi, observando seu corpo agora coberto apenas pela parte de baixo de sua lingerie vermelha.

Eu estava mais do que apenas perdido.

Eu estava...

_Eu também quero ver você, Jake. _ ela murmurou, me encarando fixamente.

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