Capitulo 07 Resistindo a mudanças

Capitulo 07

Resistindo a mudanças.

Amanda.

Volto para o meu quarto tomo um banho rápido. Não posso esquecer de colocar no relatório que Pedro se mexeu.

Vou para cozinha e Maria já está a todo vapor.

-- Bom dia Maria!

-- Bom dia querida quer tomar café primeiro ou vai dar café para o Pedro?

-- Eu vou dar o café dele primeiro.

Maria sorri me diz o que fez.

-- Piquei mamão para ele só falta colocar a aveia e o mel, vou fazer ovos só um por que ele vai reclamar, e duas fatias de pão com requeijão cremoso. E o café puro ele não vai abrir mão.

-- Pra começar está bem. Vou pedir para Miguel comprar mais garrafas dessa. Pedro gostou e precisa de tomar água.

Maria pergunta.

-- Quer que eu faça o tal suco agora? De laranja com ameixa.

-- Você acha que ele toma? Não seria melhor depois do banho?

-- É verdade.

Preparo água fresca na garrafa. Coloco aveia e mel no mamão.

-- Maria eu vou indo você leva o café e o ovo para não esfriar?

-- Levo pode ir, Miguel aquele vagabundo ainda não acordou.

Diz Maria reclamando.

Entro no quarto. E vejo Pedro já de olho na bandeja.

Ele fica olhando pra minha cara. Trato de explicar logo.

-- Pedro você vai me deixar cuidar da sua alimentação?

-- Mas você acha que isso ai mata a minha fome. Já olhou o meu tamanho.

Faço cara de que ele não precisa me dizer isso. Já que o viro para todo lado.

-- Pedro não é só isso é que não trouxe o ovo e o café para não esfriar. Ah você consegue tomar um pouco dessa água?

-- Porque preciso?

-- Para o seu intestino funcionar. Não adianta comer fibra e não tomar água.

-- Consigo.

-- Tenta pelo menos ¼ da garrafa. Depois você toma mais.

Eu o sento na cama, não muito pois ele está sem a cinta e o colete. Vou dando a ele o mamão e ele come tudo e rápido. Maria traz o restante das coisas.

-- Bom dia Pedro.

Ela diz.

-- Bom dia Maria. Cadê o Kurt e o Nero faz tempo que não os vejo.

Eu pergunto.

-- São seus gatos?

-- São, o Nero é todo preto e o Kurt é preto e branco tem as patinhas branca e a ponta do rabo e forma um meio coração na testa.

-- Ah Pedro, Miguel prendeu eles no outro lado da casa. Eu digo que você vai achar ruim, mas você sabe ele só faz o que quer.

-- Pois diga a ele para deixar os meus gatos livres. É uma ordem.

-- Quando ele acordar eu digo.

Diz Maria entregando Miguel.

Pedro come ele pediu para que eu fizesse um sanduíche com o ovo e o pão. Ia comendo e bebericando o café. No começo senti ele com pressa depois foi relaxando. Apesar de estar irritado. Então resolvo perguntar...

-- Você quer mais alguma coisa que eu não trouxe.

-- Eu queria bolo, café da manhã sem bolo não tem graça.

Ele diz como menino de sete anos.

-- Eu vou ver se tem.

-- Amanda agora não cabe.

-- Depois do banho você come um pedaço de bolo, junto com o suco de laranja com ameixa.

-- O que laranja com ameixa, que mistura é essa.

Você vê o que a gente estuda cinco anos é para isso tentar convencer os outros a se cuidarem. Oh céus.

-- Pedro é para o seu intestino funcionar. É isso ou vou ter que fazer uma lavagem intestinal em você. Só estou tentando te ajudar. Não demora a sua barriga vai começar a doer.

-- Já dói.

Ele confessa.

-- Sério? Sente algum desconforto no reto?

Ele fica vermelho não quer me responder.

-- Pedro. Isso pra mim é normal precisamos resolver isso. Você vai me dizer ou vamos ter que chamar o médico para te examinar?

-- Incomoda, mas não sai.

-- Vou providenciar supositório.

Ele arregala os olhos.

-- Vamos fazer isso antes do seu banho. Certo.

-- A que ponto eu cheguei. Uma mulher vai me enfiar um supositório no cool.

Eu não consigo segurar um sorriso.

-- Espera, eu não sou uma mulher eu sou a sua enfermeira. Você sabia que a enfermeira cuida, faz sarar eu só saio daqui quando você estiver andando.

-- Desculpa. Obrigado! É que é complicado.

-- Eu entendo, eu vou atrás de uma farmácia. Mas antes você precisa fazer xixi.

Enquanto coloco o papagaio nele.

-- Amanda você já tomou café?

-- Ah é não tomei.

-- Então vai tomar depois você vai a farmácia. Mas cadê Miguel ele poderia ir.

-- Ele ainda dorme.

-- Vai tomar café que eu não vou mijar com você aqui.

-- Tá bom eu vou. Ah Pedro mas ainda tenho que fazer meu ovo demora.

-- Não tem problema. Me deixa um pouco sozinho.

-- Ah desculpa.

Saio do quarto, não percebi que ele queria ficar sozinho ontem ele estava tranquilo. Mas você brigou com ele sua grossa estúpida, o que queria. Eu só queria que ele entendesse. Merda.

Entro na cozinha. Maria já ia indo preparar ovo pra mim.

-- É pra mim Maria? Se for eu não quero.

-- Não? Ela pergunta assustada.

-- Perdi a fome.

-- Ele não aceitou bem as mudanças né?

Apenas concordo com ela, não vou explicar os detalhes do supositório.

-- Maria onde tem uma farmácia aqui perto?

Pergunto enquanto tomo café preto.

Ela me explica.

-- Você tira o papagaio do Pedro pra mim preciso ir a farmácia.

-- Tiro só isso?

-- É, eu já volto é coisa rápida.

-- Pega esse cartão e põe no seu carro, Miguel mandou fazer pra você assim não vão te barrar na portaria.

-- Obrigada.

Vou até o meu quarto e pego minha bolsa e carteira. Vou comprar com o meu dinheiro depois ele me da outro. Na verdade quero sair um pouco na rua, pensar porque fiquei chateada quando ele me pediu espaço.

Eu vou mostrar o meu plano de trabalho e cuidados se ele não quiser. Posso muito bem só obedecer a vida é dele.

Amanda pensa outra coisa faz favor. Aproveita e olha os seguranças, um maior que o outro. Lá vem um de moto olha o tamanho das pernas. Gente do céu.

Ele para ao meu lado com a moto.

-- Se perdendo de novo moça?

-- Não eu só quero sair na rua que tem a farmácia. Preciso ir a farmácia.

-- Então está se perdendo mesmo. Porque é na outra saída, pela que você entrou ontem.

-- Ah e não foi essa não que eu entrei é?

-- Não ele diz.

Com a viseira do capacete levantada vejo suor em seu rosto.

-- Obrigada eu sou só um pouquinho distraída.

-- Por nada disponha.

Muita areia para o meu caminhãozinho zero quilômetro. Rio dos meus próprios pensamentos.

Na rua não tem seguranças nem mansões para me distrair então sigo como Maria disse e a rua deserta vira uma avenida e lá tem a tal farmácia.

Compro o que tenho que comprar e volto para o trabalho. Acho que já entendi porque Pedro não evacua, porque tem vergonha.

Mas quem pode julga-lo não é, realmente não deve ser fácil.

*

* Nota da autora.

*Oi meninas tudo bem? Para que esse livro possa virar áudio book, vou escrever sem colocar o nome dos personagens na frente da fala. Mas sempre que não ficar claro quem está falando vou sinalizar quem é. É a maneira correta de se escrever. Me digam se estão entendendo ou se está confuso para que eu vá melhorando e arrume o capítulo. Beijos.

Meninas me sigam no Instagram @autorasheylabito.

E comentem muito a cada capítulo por favor. Bksss

Sheyla Bito.

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