Capítulo 12 Eu não posso acreditar

Capítulo 12

Eu não posso acreditar.

Amanda

Após a conversa que Pedro teve com Miguel eles ficaram muito estranhos. Pedro mal me olha e Miguel sumiu.

Durante o banho Pedro ficou mais quieto do que de costume e quase não almoçou.

Meu Deus será que vão me dispensar. Mas eu não fiz nada, nossa... descobriram que eu espiei Pedro ontem a noite.

As câmeras como eu não pensei nisso. Estou ferrada.

Ando pra lá e pra cá no meu quarto até que ouço Pedro me chamar pela babá.

-- Amanda faz favor. Vem aqui preciso conversar com você.

Meu coração pula algumas batidas e depois acelera demais.

Calma Amanda é só dizer a verdade. ‘ Sou virgem e fiquei curiosa, me desculpe prometo não fazer mais isso’.

Pronto com a minha fala pronta, vou atende-lo.

Entro no quarto e Miguel está aos pés da cama de Pedro com uma das mãos no queixo.

-- Oi? O que aconteceu.

-- Saia Miguel, depois eu peço para Amanda te chamar.

Eu não estou mais conseguindo segurar a minha ansiedade, quase me entrego, mas lembro de Vanessa me dizendo para nunca me entregar e esperar a pessoa falar.

-- O que foi Pedro você está me assustando.

-- Amanda você consegue se sentar aqui na cama comigo.

Eu olho confusa.

-- Por favor. E prometa me ouvir e não correr, não deixe as coisas mais difíceis.

Com certeza franzi a sobrancelha.

-- Amanda eu preciso da sua ajuda.

-- Ah é isso, pode falar do que precisa você sabe até bato em homens com o dobro do meu tamanho.

-- Sim você é especial Amanda. Por isso prometo não te forçar a nada.

-- Eu te ajudo, pode dizer.

-- Preciso que se case comigo.

Pedro fica longe e parece que eu estou sonhando sonho ruim.

-- Ah Pedro não sabia que você gosta dessas brincadeiras.

-- Amanda sabe o Roberto que invadiu a minha casa, ele quer a minha empresa e se eu não me casar ele vai conseguir.

-- Pedro, como sabe que eu não vou roubar a sua empresa.

-- Você é honesta. Você vai me ajudar?

-- Pedro sabe o que é?

-- Não, mas pode me dizer.

-- É que eu sempre sonhei em me casar por amor sabe, não assim. E você não gosta de mim.

-- É um casamento só no civil e depois que estiver recuperado podemos nos divorciar. Ficaria tudo igual eu só preciso que você me represente em algumas reuniões e finja estar apaixonada.

-- Eu preciso pensar.

-- Amanda eu te ajudaria também. Mas eu preciso que você não fique com ninguém nesse tempo, isso acabaria com a minha reputação.

-- Me ajudaria em que?

-- Com o seu apartamento, que está quase dando apreensão pelo banco e os agiotas já estão te caçando no lugar da sua falecida mãe.

O que agiotas?

Eu não consigo conter as lágrimas. Pedro está me ameaçando ou propondo uma troca?

-- Eu poderia chamar o Miguel para te explicar isso, mas ele é grosso e direto demais.

-- Amanda Miguel já pagou tudo você não corre mais risco. Mas seu apartamento está no nome da minha empresa os planos dele é te devolver no nosso divórcio.

É uma ameaça.

-- Mas Amanda se você não quiser tudo bem. Eu deixo você continuar morando lá e você me paga aos poucos, continua tudo como está.

-- E porque você faria isso?

-- Isso eu também não sei Amanda. Ou prefiro não investigar o que sinto direito.

-- Mas e você vai continuar vendo outras pessoas?

-- Te incomoda?

-- Sim.

-- Então não vejo. Espera como sabe disso.

-- Eu não sou boba Pedro.

-- Amanda você é virgem?

-- Porque?

-- Porque se não for poderíamos consumar esse casamento né. Agora se estiver se guardando para um cara que você ame e te e ame. Aí não quero me meter.

-- Então não se meta.

Ele sorri.

-- Você me respondeu bobinha.

-- Isso que vocês fizeram foi muito errado sabia.

-- Eu sei, mas para de chorar eu não posso nem secar as suas lágrimas.

-- Nem que pudesse eu não deixaria. Vocês tinham que ter me falado antes de pagar tudo. Agora se eu não me casar com você fico sem casa e sem emprego.

-- Eu já te disse que não.

-- Mas eu não confio.

-- Então vai se casar comigo.

-- Vou.

-- Então vai chamar Miguel.

-- Não vou, só depois que eu parar de chorar. Ninguém vai me ver chorando ou lamentando nada.

-- Eu vi.

-- Aproveite bem porque é só hoje.

-- Então eu vou deixar você com raiva pra você parar de chorar tá.

-- Para eu não passar vergonha ontem, precisei imaginar você.

-- Vergonha na onde.

Me faço de besta pra ver se ainda consigo escapar disso.

-- Você já disse que viu Amanda. Eu tive que imaginar que era você o tempo todo. Não está sendo nenhum sacrifício me casar com você.

-- Você está me deixando com vergonha Pedro.

-- É tão ruim assim se casar comigo.

-- É que eu nunca me imaginei em um casamento de fachada. E tenho medo se já tinha risco de eu me apaixonar imagina agora.

-- Você é sempre tão sincera.

-- Eu não tenho mais o que esconder e nem preciso.

-- Está mais calma?

-- O que é fingir estar apaixonada?

-- Você nunca se apaixonou?

-- Não. Então você vai ter que assistir alguns filmes e se comportar como as moças do filme.

-- Vai ter que beijar?

-- Sim, mas só um selinho.

-- Ah.

-- E você está bem pra cuidar de mim hoje?

-- Sim. Pode deixar não vou envenenar o meu noivo, agora quanto o Miguel não posso afirmar.

Pedro ri alto.

-- Ele deveria ter medo. Eu sou enfermeira sei matar e fazer parecer morte natural.

-- Amanda, eu vi você devolver a aranha para o jardim. Você não mata ninguém.

-- Vai achando.

-- Então vamos ser amigos? Já que um está ajudando o outro?

-- Ah Pedro não é bem assim. Você me pressionou sim.

-- Ainda assim te deixei livre para escolher.

-- Tá bom. Vamos ser amigos.

-- Então deita aqui comigo como se fosse a minha namorada.

-- Para que? Ninguém está vendo a gente.

-- Pra gente já ir treinando Amanda. Pra ficar mais natural quando alguém nos ver juntos.

-- Ah sim. Vou pegar almofadas.

-- Me vira de frente pra você.

Eu faço isso e o puxo mais para o canto para eu caber.

-- Parece até que você está gostando de se casar Pedro.

-- Amanda você já se olhou no espelho?

-- Credo Pedro também não precisa me ofender.

Ele ri.

-- Você é linda Amanda qualquer homem gostaria de ter você como mulher.

-- Para de falar essas coisas você pode me confundir.

-- Tá bom parei.

-- A gente não vai poder se casar. Você não pode assinar.

-- E pra que servem as digitais.

-- É mesmo.

Por fim depois do susto e da raiva, estou deitada com Pedro como se fossemos noivos de verdade. Não me resta outra coisa a fazer e Pedro não é de se jogar fora, talvez eu aceitasse nem que não tivesse apartamento no meio. Ai eu estou confusa.

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Nota da autora

Meninas eu liberei, pois sou ansiosa e quero saber o que estão achando desses dois.

Sheyla Bito

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