Capítulo 04 Conhecendo o paciente.

Capítulo 04

Conhecendo o paciente.

Amanda

Poxa ele é grande mesmo e bonito que chega a ser um pecado.

-- Pedro eu vou explicar o que eu vou fazer agora com você.

Pedro: Hum pode dizer.

-- Vou lavar a sua cabeça. E diga como gosta. Você precisa sentir que tomou banho do jeito que gosta.

Pedro: Gosto que esfrega forte com a unha. Mas você vai estar de luvas eu sei.

-- Talvez eu quebre o seu galho.

Ele sorriu.

Pego as toalhas usadas no banheiro e forro a cama para evitar molhar muito o chão pego uma jarra com a água morna e o shampoo e vou realizar o procedimento. Deixo uma mão sem a luva. Fecho a porta que eu preciso, do paciente vivo e sem pneumonia.

Molho a minha mão com a luva e lavo o rosto dele. Ele fecha os olhos, esfrego bem a barba.

Pedro: Mais forte.

Faço com a mão sem luva e ele sorri.

Pensei que essa violência era só para os cabelos, mas também serve para barba.

Pedro: Ah obrigado Amanda agora assim uma barba limpa.

-- Por nada.

Lavo os cabelos e orelhas ele suspira e geme.

Pedro: Desculpa, mas sabe a quanto tempo ninguém esfrega a minha cabeça direito.

-- Faz tempo né?

Pedro: Sim, as pessoas dão banho só pra dizer que deu.

-- Eu sei por cima né. Mas hoje você vai sentir que lavou até a alma.

Ele ri alto.

Termino de lavar a cabeça dele e começo a lavar o corpo e fazer toda a higiene.

-- Pedro depois quando você estiver sentado faço a sua higiene bucal.

Pedro: Está bem.

Quando fui fazer a higiene íntima dele entendi o susto da enfermeira se está assim em descanso. Não quero nem pensar. Mas o bichinho se comportou, não sei se agradeço ou se fico ofendida. Nessa altura eu já tinha calçado a luva nas duas mãos.

Pedro quase não falou nada.

-- Tudo bem Pedro?

Pedro: Tudo e você?

-- Tudo bem é que você está muito quieto.

Pedro: Estou deixando você trabalhar. Não precisa por a fralda de dia. Eu controlo e peço.

-- Ah está bem. Então não precisa por a noite, é só me chamar.

Pedro: Prefiro não incomodar.

-- Não é incomodo você está pagando e muito bem.

Em uma cômoda pego cueca, bermuda e camiseta e pergunto se pode ser a que eu escolhi.

Pedro: Vai vestir a cueca também?

-- Homem tem que usar cuecas não é?

Pedro: É que ninguém veste cueca em mim.

-- Ah é festa agora só por que não vai se levantar. Vai ficar com o piriquito solto. É melhor prender.

Ele riu.

Pedro: É verdade prende então.

Visto a cueca e a bermuda e depois a camiseta ele está tenso. Então fica mais rígido.

-- Pedro relaxa. Você tá rígido.

Pedro: Mas eu nem consigo comandar isso.

-- Você que pensa é involuntário. Feche os olhos. Eu quero que imagine alguém pode ser eu que fica mais real, imagine que alguém está vestindo a camiseta em você. Eu passei pela sua cabeça depois peguei seu braço direito e passei e depois o esquerdo e passei. E depois desenrolei até a cintura. Prontinho.

Pedro: Deu certo.

-- Viu como seu braço me obedeceu. Na verdade obedeceu a sua mente.

Agora eu vou vestir o colete tá.

Pedro: É primeiro a sinta.

-- Ah é mesmo que cabeça a minha.

Eu faço o procedimento, usando a técnica de imaginar. Assim o mantenho consciente da tarefa que estamos fazendo.

Depois que ele está com a sinta e o colete.

-- Pedro você já se sentou alguma vez depois do acidente?

Pedro: Não.

-- Eu vou elevar aos poucos. Quero que feche os olhos e me diga se sentir algo.

O levanto só um pouco. A cama é moderna só aperto botão. Ele fica pálido e nem levantei muito.

-- E então como se sente?

Pedro: É estranho. Dá uma pressão na cabeça.

-- Na verdade é o contrário, diminui a pressão. Mas tudo bem. Posso levantar mais? Pra eu escovar o seus dentes.

Pedro: Pode.

Ele olha tudo.

Pedro: Credo esse quarto está péssimo

-- Porque não ficou no seu?

Pedro: Ainda da tempo né.

-- Essa casa é térrea.

Escovo os dentes dele.

Pedro: Forte.

Ele diz quando eu paro pra ele cuspir.

-- Nossa você é violento né.

Pedro: Você não viu nada.

-- Olha os modos.

Pedro: Eu não disse nada você que pensou.

-- Hum e o que eu pensei?

Pedro: Não vou dizer porque eu sei que você não quer que eu diga.

-- Pronto Pedro novinho em folha. E o que você come?

Pedro: Comer deitado é cansativo, mas agora da pra comer melhor.

-- É dá sim.

Pedro: Amanda, vai tomar uma água descansar um pouco. E faz um favor pra mim.

-- O que?

Pedro: Diz pro Miguel que eu quero falar com ele e com a Maria.

-- Está bem. Só vou ver se você tem medicação agora.

Pedro: Não tem agora é só depois do almoço.

Eu olhei e não tinha mesmo.

Saio do quarto e vou procurar Miguel. O encontro na cozinha com Maria.

-- Oi o Pedro quer falar com vocês.

Maria: Vixe o que eu fiz?

Miguel: Amanda pode por seu carro na garagem. Entra pela esquerda da casa a garagem fica a direita.

-- E meu quarto onde é?

Maria: A direita do que o Pedro está.

-- Ah sim então vou pegar as minhas coisas.

Miguel: Vamos lá Maria.

Pedro

Espero aqueles dois tratantes como uma estátua na cama.

Maria entra já fazendo as suas graças.

Maria: Olha só quem te viu quem te vê hein. Sentado e cheiroso.

-- Qual era o nosso combinado?

Maria: Como eu ia adivinhar você não mandou me chamar.

-- Você tinha que ficar de olho né. O que você queria que eu fizesse. “ chama a Maria pra eu não ficar sozinho com você”.

Miguel: Mas teve problema?

-- Não. Mas poderia ter tido.

Miguel: Como ela vestiu camiseta em você?

-- Igual veste em criança dá o bracinho. Só que eu não dou.

Maria: Menino mau.

-- Engraçadinha, não to bom com você não.

Miguel: Desculpa Pedro.

-- Manda tirar a minha cama do meu quarto. E me leva pra lá. Esse quarto deixa qualquer um mais doente.

Miguel: Está bem.

-- Estou com fome. O que tem de bom.

Maria: Tem bolo de laranja, tem frutas. Suco.

-- Eu quero bolo de laranja com café puro.

Maria: Sem açúcar?

-- Sim.

Maria: Você gostou da moça?

Ela pergunta chegando pertinho de mim sussurrando como se fosse um segredo.

-- Gostei. Sussurro também.

Maria: Vou buscar as coisas.

-- Porque a gente tá sussurrando?

Maria ri.

Maria: Por que nós somos cheios de graça.

Miguel: Você quer que chame a Amanda ou eu posso dar o bolo pra você.

-- Você quem sabe. Você comprou as coisas que ela pediu?

Miguel: Ainda não.

-- E você está esperando o que?

Miguel: O meu patrão mandar afinal ela não manda em mim.

-- Pode comprar Miguel o que ela mandar você compra.

Miguel me disse que são 09:30 h quando ele me deu o bolo com café. Fico sentado e me sinto relaxado que banho bom. Acabo pegando no sono.

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Nota da autora

Desculpe a demora meninas.

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@autorasheylabito

Comentem muito. Beijos.

Bom fim de semana!🌷🌷

Sheyla Bito.

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