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Tamara tentou novamente levantar-se, mas a dor era insuportável. Algo rastejou nos arbustos próximos a ela, e puxou as orelhas para ouvir melhor por causa do barulho e caos

em torno do museu.

Um baixo resmungo ressoou atrás dela. O ruído soava como algo que viria de um cão selvagem. Ela virou a cabeça devagar na direção do som. Seu olhar encontrou um par de olhos de esmeralda brilhantes. Um grito preso na garganta quando percebeu que os olhos

pertenciam a um lobo enorme. Seu coração parou.

 O lobo resmungou e virou-se para um grunhido. Agora ela estava certa que o diabo existia. Estava tentando escapar para um futuro melhor, e sua própria vida estava ameaçada novamente. Não foi até uma lágrima cair entre os lábios, que ela percebeu que estava chorando.

 "Bom... lobinho." Tamara fugiu de volta em suas mãos e joelhos longe do lobo.

O lobo inclinou seu nariz e olhou para ela. Deu um passo à frente, farejando o ar ao seu redor. A cabeça e os ombros eram enormes e o rosto largo. Ele tinha que ser do sexo masculino. Ela não era estranha para os lobos e tinha encontrado-os muitas vezes no deserto

da Virgínia. Mas o que um estava fazendo fora e aproximadamente na cidade?

Sua cabeça virou-se na direção de vozes masculinas. Policiais. Brad tinha e os outros

delatado-a? Ela abaixou-se mais baixo quando chegaram mais perto.

O lobo deve ter sentido o pânico, porque ele voltou com orelhas, animou-se e cheirou

o ar por trás dele.

 "Não há outro alguém por aqui." Disse o policial. "Ele pulou da janela aberta lá em cima."

 Tamara apertou os lábios, e manteve os olhos sobre o lobo. Por alguma razão, o lobo não fez nada para chamar a atenção para a sua localização. Certamente a tampa seria soprada

se rosnasse mais uma vez.

De repente o lobo avançou lentamente, e inclinou a cabeça com o nariz quase tocando o chão. Ela reconheceu isso como um gesto de submissão. Era como se ele entendesse sua

situação, e compadeceu-se dela.

 Tamara estendeu lentamente com a mão, até que ela entrou em contato com a cara do

lobo. A pele foi surpreendentemente suave. Ele virou o rosto em sua palma e fungou alto.

 "Eu fiz algo muito ruim, lobinho."

 Com dedos trêmulos, ela estendeu a mão para o lado a golpear sua barriga. Talvez ela bateu a cabeça na calçada na queda. Talvez até morreu e foi para o céu, como resultado da queda. Por que mais ela seria autorizada a ficar dentro de milímetros da respiração de um

lobo selvagem e não ser atacada?

O lobo levantou a cabeça para fazer contato visual com ela e chegou mais perto. Ele cutucou em seu antebraço e se mudou para que eles estivessem lado a lado. Foi quando ela

vislumbrou seu tamanho. Ele tinha que ter sido o maior lobo que já tinha visto.

“Espere um pouco.”

Tamara saltou para trás. O que...? Será que o lobo só falou com ela? Porra, ela deve

realmente estar alucinando.

Sua vida foi de qualquer jeito. Se ela estivesse morta e comida por um lobo enorme, ninguém jamais iria saber. Será que ela queria passar o resto de sua vida em uma cela ao lado

de Brad Thatcher ou ser a próxima refeição deste lobo?

Ela furou o braço em torno de seu pescoço e arrastou-se acima. Antes que ela pudesse dizer o fôlego seguinte, o lobo saltou no ar e sobre a cerca. A transição aconteceu tão rápido

que tudo foi em um borrão.

Quando ele desembarcou do outro lado, correu pela floresta levando-a para longe das

sirenes estridentes. Levando-a longe da prisão que merecia por invadir aquele museu. Levando-a para longe da vida que tanto odiava. Parecia que ela andava por horas na

parte de trás do lobo, no momento em que parou ao lado de um córrego.

Ela deslizou das costas e caminhou até o riacho e tomou um gole. Todo o tempo, ele

manteve os olhos sobre ela.

"Obrigada, lobinho."

A testa do lobo frisou e a estudou, enquanto lambia a água.

Tamara olhou ao redor da floresta, não vendo nada, além das árvores e amora na escuridão. O lobo a tinha levado longe, e tudo o que ela ouvia eram corujas e criaturas em torno deles. Uma brisa gelada correu e ela estremeceu, esfregando as mãos sobre os

braços. Ergueu o punho e olhou para o relógio. O trem que ela deveria pegar já tinha saído.

Ela suspirou. O que faria agora?

O lobo se afastou do fluxo e se virou. Depois de tomar um longo olhar nela, começou em outra direção.

Ele a estava deixando. Cravando as unhas na terra, ela tentou levantar-se em seus pés. Um forte choque disparou até a volta de sua perna. Suas coxas, ela dobrou. Desta vez, mordeu o lábio e podia jurar que tirou sangue. Quando olhou para cima novamente, o lobo já

havia se mudado vários metros de distância dela.

Finalmente Tamara conseguiu trazer-se para uma posição vertical. Ela deu vários passos antes da ponta de sua bota tropeçar em algo duro no chão. Mais uma vez ela perdeu o equilíbrio e parecia que o mundo virou de cabeça para baixo. Suas costas bateram no chão da

floresta, em um baque e sua visão ficou turva.

Quando ela abriu os olhos de novo, o olhar de esmeralda do lobo estava lá novamente. Seus lábios se espalharam em um sorriso. Braços a cobriram. Desta vez, ela sentiu a pele e os músculos, e não a pele macia do lobo. Era um rosto de homem e cabelo escuro que varreu a testa. Mas os olhos eram os mesmos.

 O que...?

 Tamara franziu a testa, o olhar embaçado varrendo o rosto do homem. "Lobinho?"

Era tudo o que conseguiu antes da exaustão defini-la. Tudo o que ela queria fazer era descansar. Suas pálpebras pesadas fechando com a dor e confusão rodando ao longo de sua cabeça.

Trevas a afirmaram...

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