Cap 18 Guilherme

Perdi totalmente a cabeça quando ouvi Melina insistir nessa história de divórcio, ela é minha, provei para ela que é minha, mas ela ainda pensa em me deixar..., ela não pode me deixar, temos um acordo, ela e o pai assinaram, legalmente sou seu tutor, é como se ela fosse incapaz de agir por conta própria, o documento é legal.

Claro que tem as suas brechas, se ela entrar com um processo anulando e provar que é sã e capaz de tomar as suas decisões..., ela trabalha, é independente financeiramente, seria um processo difícil, mas ela conseguiria anular. Mas, ainda tenho o pai dela em minhas mãos, mesmo ele sendo idoso e morando em outro estado, posso entregar as provas que tenho contra ele e mandar caça-lo.

Fiquei tomado pela ira, que a puxo com tudo, jogando-a na cama e tento forçar uma relação sexual, só pra provar que posso fazer o que quiser com ela, mas sei que isso não me dá o direito de abusar dela, perdi a cabeça completamente... Quando ouço ela gritar para parar..., a palavra estupr4d0r..., o que tô fazendo, passei dos limites com ela, vi pavor em seus olhos..., eu quase cometi um crime com a minha própria mulher..., que tipo de homem me tornei...

Prometi que nunca a machucaria, me afastei dela para não falar besteiras, não machuca-la nem com palavras, ainda tenho mágoa do que aconteceu, mas isso..., fui um maldito imbecil com ela.

Praticamente a expulsei de casa, não podia olhar para ela, não depois do que fiz, estou envergonhado, eu não tinha esse direito, mesmo ela me pertencendo..., nunca mais perderei a cabeça dessa forma..., não queria que nossa relação chegasse a esse ponto.

Fico jogado no chão do quarto por horas me censurando, condenando minha atitude idiota..., me sinto cansado, acabado e agora..., nem sei onde está Melina, como ela está. Se quer tenho coragem de ligar para ela e tentar me desculpar. Sei que agora ela me odeia mais ainda.

Só me resta esperar, levanto com dificuldade, visto uma calça e um terno amassado, quero ter coragem de procura-la..., mas o que faço é seguir ao pequeno bar que tenho na sala, pego umas três garrafas de Whisky e começo a beber, quero esquecer tudo isso.

Uma bebida forte irá me ajudar, pego o celular..., olho para a tela de contatos, que irônia : Marina e Melina, os nomes quase se parecem e estão tão próximos..., não tenho coragem de ligar para nenhuma delas..., duas mulheres incríveis... E agora, não tenho nenhuma.

Bebo olhando para seus nomes..., quando me sinto totalmente fora de mim, pego as chaves do carro e saio como um louco, dirigindo, quase provoco um acidente, desvio o carro e bato em um muro..., religo o carro, com certeza fez um belo amassado na lataria, nem sei como ainda insisto em dirigir.

Chego no apartamento de Marina, com uma garrafa na mão, uma roupa mal vestida que peguei antes de sair de casa e bato com força e com insistência.

Ela abre a porta e eu, apenas me jogo aos seus pés, não tenho mais forças para ficar de pé.

Marina:_ GUILHERME..., O QUE ACONTECEU?

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