Já se passaram três meses desde o início das aulas, a conversa que queria ter com meu marido ainda não aconteceu, me sinto uma covarde. Acabou que fui empurrando mais pra frente, não tive mais nenhum sinal de que ele tenha alguém ao menos se tiver, está escondendo, acho que nesse meio tempo ele transou comigo duas vezes, da pra contar no dedo e chamo de transar mesmo, porque aquilo não foi fazer amor.
Se quer consegui ter um orgasmo na segunda vez, ainda por cima fiquei com um sentimento de ter sido usada e descartada, no final, acabei chorando no banho, antes ele tivesse dado uma desculpa qualquer.
Penso que na primeira só tive um orgasmo, porque estava subindo pelas paredes, ainda mais com os olhares de Rafael durante as aulas, isso tem me deixado..., quente. Ele as vezes, fica no final da aula tirando algumas dúvidas, e tem se mostrado interessado de mais, o que tem despertado a minha atenção.
Já tem quase dois meses da última relação que tive com meu marido e acho que agora vamos bater o recorde, já que ele viajou novamente e passará 10 dias fora de casa. Já estamos na metade da data prevista para sua volta e nenhuma ligação para saber como estou ou mesmo para dizer se ele está bem. Disse apenas, antes de ir, que é um caso importante em outro estado e precisará se preparar junto aos clientes para a sua defesa.
Esses dias tem sido solitários, não fosse meu trabalho, acho que já teria enlouquecido, mas já estou chegando no meu limite, assim que ele voltar pedirei o divórcio. Fico olhando para o prato de sopa a minha frente, mas estou sem fome, já são quase 22h, acho que a essa hora ele não pode dizer que está ocupado, busco o número de Guilherme no celular, ao menos está chamando, ele deve está acordado, geralmente desliga o celular quando vai dormir.
O telefone chama e cai na caixa de mensagens, tento mais uma vez, ele chama mais umas três vezes..., confesso que preferia que tivesse caído novamente..., ouço uma voz feminina do outro lado da linha. Meu corpo começa a tremer involuntariamente, meus olhos se enchem de lágrimas, mas seguro o choro e me atrevo a perguntar.
Melina:_ O do-doutor Guilherme?
Mulher:_ Pode ligar outra hora?, ele está dormindo, não pode atender agora.
Olho pra tela do celular para confirmar se liguei para o número certo, provavelmente ela não sabe que sou a esposa dele, ou ela finge muito bem. Não consigo segurar o impulso e falo de uma vez.
Melina:_ Acorde ele e diga... que é a esposa dele...
A pessoa simplesmente desliga a chamada..., fico uns segundos sem reação, tento ligar novamente e agora o telefone dele está desligado, arremesso meu celular na parede, e choro..., no fundo eu sabia, ficava fingindo para mim mesmo que não, mas eu sempre soube, as vezes achamos que fingindo que ta tudo bem as coisas vão se resolver e não é bem assim..., elas só pioram.
Me jogo na cama e choro, acho que a noite quase toda e acabo adormecendo, agradeço aos céus que amanhã é um sábado e não terei que trabalhar, sou vencida pelo cansaço.
Passo o dia jogada na cama, parece que tomei uma surra, mas no final da tarde decido que ta na hora de levantar, chega de chorar e de sofrer por um amor que nitidamente não exite mais a muito tempo, e ontem os últimos resquícios do que existia evaporou-se.
Me olho no espelho, quero guardar essa imagem de mulher destruída, pra me fazer lembrar que nunca mais quero ver meu reflexo assim.
Sigo para o banheiro e tomo um banho demorado, me perfumo, ponho uma roupa que me faça sentir bonita, pego as chaves do meu carro, cartões, dinheiro e vou ao shopping, comprar um celular novo, infelizmente preciso e depois, não sei, fazer compras, cinema, não vou ficar trancada dentro de casa sofrendo. Vou ao menos sofrer tentando me distrair.
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Nilza Maria
Ela não tem uma amiga , mãe, não tem ninguém para sair, bater pernas
2025-03-28
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Amélia Rabelo
eita ele levou a secretaria dele oh deve ser outra pessoa
2024-10-21
4
Angela antunes
Poxa a Marina é safada e vulgar. que pena. Descarada. Melina toma vergonha e vai a luta.
2024-09-26
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