Capítulo 20- O que eu fiz?- Lua

Acordei sentindo cada canto do meu corpo dolorido, será que eu havia sonhado? No sonho eu estava completa, não tinha medo, não havia sombras, não havia cobranças, todo o sangue que eu sequei do corpo da minha mãe foi esquecido. Eu havia encontrado a minha redenção. Abre os olhos e me deparei em quarto diferente e as lembranças foram me voltando passo-a-passo, o que eu havia feito?

-O que eu fiz?-falei alto observando meu corpo nu na cama do homem, que jurei odiar.

-Sucumbiu ao pecado não foi senhora? eu te avisei que você não iria resistir aquele homem, quem resiste? -Sofia estava sentado na poltrona próxima a cama me olhando de maneira inexpressiva.

-O que faz aqui?

-Ontem você quase morreu eu lhe salvei, você não se recorda?- disse me acusando.

-Pensa que eu atentei contra minha própria vida? está enganada eu….-gaguejei.

-Não estou te julgando, só estou constatando, precisa trabalhar seus medos, afinal pelo que pude perceber pelas marcas constantes no seu corpo és a Senhora Sóprano, se tornou a esposa de um home importante. Não me trate como inimiga, porque ocupei ou ocupo a cama do seu marido, nós somos da máfia e você sabe como as coisas funcionam.- Diz duvidosa.

-Você, tão pouco é minha amiga. Não pode entender o que eu vivi. Quanto a cama do meu do meu marido e se ainda tens vontade fique livre para alternar com suas outras amigas.- falei me sufocando.

-Seu marido não tem interesse em mim no momento, eu não minto senhora, quando ele quiser me terá, portanto mantenha sua cama ocupada, ou eu a manterei. Não é uma ameaça sou apenas uma mulher que gosta do seu homem. Mais sei o meu lugar. Posso lhe ajudar com essas manchas vermelhas no pescoço?- fala zombando do meu constrangimento.

-Me atormenta, o que eu fiz pra você?- digo quase saindo do controle.

-Eu nunca quis ser uma Senhora, nunca quis o seu lugar, mais Vincenzo é Unico, ele não precisa falar qualquer palavra para se fazer compreender, ontem eu tentei mais uma vez estar com ele e confesso que até achei que essa obsessão que ele tem por você fosse passageira. Ele me tocou, ele me beijou como se não fosse eu, e só foi te ver, ou imaginar você em perigo que tudo caiu por terra, então sim… eu quero entender o que você tem, por que os homens a querem tanto, és linda, sem duvida, mas é algo além disso, não te odeio senhora talvez seja a melhor versão de nós, belas mulheres do mundo da Máfia. De todos modo eu não te desejo mal.- Novamente a ausência de expressão.

Eu levantei da cama e fui ao banheiro, envergonhada, não ficava nua na frente de ninguém, mais a mulher me seguiu com os olhos. Eu liguei a ducha e a mulher entrou no banheiro e ficou a me olhar perdida. Dei as costas envergonhada.

-Sofia poderia sair eu não me sinto avontade na presença de estranhos.

-A cama estava suja de sangue imagina que estás dolorida vou providenciar analgésicos. As toalhas que forrei foram retiradas pelo Dom, sabe porque não é.

-Não é necessário que estou acostumada a sentir dor. Sim, eu sei o que lençóis e toalhas manchadas de sangue significam Sofia. Eu consumei meu casamento, tens mais alguma dúvida.- me viro pra ela, com já uma postura séria para que entenda o que está cavando em mim.

Escuto a porta abrir e vejo meu marido olhando para mim e Sofia.

-Sofia o que faz aqui?

-Ontem a senhora estava desmaiada eu vim para ver como estava?

-Sai Sofia, eu cuido da minha esposa, você tem dúvidas, venha até mim!- diz severo e protetor.

Ela saiu do quarto, porém seu olhar para mim parece algo estranho, Sofia é uma incógnita, é uma mulher linda, inteligente e diz amar meu marido, mas não me odeia, o que ela procura?

Meu marido espera à porta fechar e me olha no banho. Ele olha cada parte em mim e sinto a umidade em minhas pernas, eu preciso parar.

-Dom o que fazes aqui?- digo querendo fugir daquele olhar me queimando.

-Eu vim vê- la , preciso de motivos e para estar com a minha esposa? - Diz me olhando como se fosse me devorar.

-Eu preciso terminar meu banho precisamos conversar, tudo que aconteceu...- mal concluo e o homem entre na ducha, ainda de roupas.

-Diga esposa o que quer conversar?Não espera! Vamos jogar... Primeiro vou te fazer gozar.-eu me sinto rendida por seu cheiro.

Ele me põe contra o azulejo do banheiro, me olhando como um predador e suas mãos tomam vida ele vai massageando meus seios, eu estou delirando, eu não consigo resistir a ele, eu queria dizer que foi um erro mas seria um erro não permitir que ele tivesse acesso total a mim, eu me rendo a sensações.

-Não, não será assim tão fácil…. eu não vou te comer…. você está dolorida! Eu vou aproveitar cada curva do seu corpo e quando você estiver bem, eu vou socar meu pau em você, tantas vezes que suas pernas ficaram bambas! Senti isso bambina …. sente a minha mão na sua buceta. Que delícia….. você está mais molhada, eu vou lamber o seu corpo inteiro eu vou me derramar aqui, abre … abre às pressas pro seu homem, seu único homem! você é minha e eu vou te comer entendeu…. eu vou te fazer perder o chão, assim como você tem feito comigo, eu não sou um homem bom Luna, longe disso, sou tão egoísta que vou corrompe sua inocência…. vou comer sua boca, sua buceta, sua bunda tão forte que você não terá forças para conversar comigo ou lutar contra isso que temos, eu preciso de você …. Eu vim aqui para entender algumas coisas, mais antes, eu quero que você se sinta à vontade, quero gozar olhando você consumida pelo desejo. Entendeu pequena, eu te domino aqui …. Você é o caralho da mulher mais gostosa do mundo e é minha. Abri mais ….vai deixa eu sentir você.- eu fazia o que ele pedia.

Ele esfrega sua ereção em mim e me vira de costas e aperta minha bunda com a sua pélvis eu me derreto ele está todo molhado água quente desce por nossos corpos , ele tira a roupa, então ele se ajoelha e me chupa, me chupa com tanto força que eu estou perdendo os sentidos, minhas pernas estão bambas e fico fraca ele me segura e me permite voltar ao eixo. Ele derrama o sabonete por todo meu corpo e vai massageando e como se fosse algo precioso antes de acabar, ele se toca gemendo diante dos meus olhos e eu fico paralisada a cada investida de suas mãos ele me olha e sinto seus olhos me queimando, até que ele se derrama gritando meu nome, então terminamos o banho. Isso é loucura, como posso está imersa por esse homem.

Ele me seca e me vesti com uma camiseta sua que fica enorme em mim, então me leva a cama e me serve o café da manhã que Sofia havia me trago. Se troca enquanto como o que intimidada pela sensação que vivi a pouco.

-Lua precisamos conversar sobre o que ocorreu ontem! - toma distância e segue dizendo:

-Eu estive com Max e ele me relatou que sugeriu a você que não adentrasse tão fundo mar e você de forma contrária foi se afundando cada vez mais. Você é minha obrigação, minha responsabilidade, eu não permita que se coloque em risco!- eu fiquei furiosa, o que eles estava dizendo eu lhe alertei que estava com medo do homem.

-Você não tem nenhuma responsabilidade comigo, você não manda em mim. - falei baixo.

-Por que estamos discutindo isso, você é uma menina inconsequente, me diga o que fazia naquele mar? queria se matar? Fugir do nosso casamento? quantos anos você tem Lua? para fugir assim de seus problemas? Primeiro desmaios e agora isso. Você tem um dever e és minha. compreendeu- fala perdendo a calma e segurando meu braço.

-Eu e mais três mulheres somos suas, não é marido, afinal ontem enquanto eu me afogava com água do mar, você se afogava no corpo de Sofia ou estou enganada?- levanto ficando de frente pra ele -Porque eu não iria querer fugir desse inferno que você me colocou, já não bastava ser cassada pelo homem que matou a minha mãe, agora sou obrigada a viver numa casa com homem que dividi a cama com quatro mulheres, é isso aí….isso que vai me sujeitar!- falo irritada como nunca fiquei.

-Estás irritada? sim eu sou seu dono e dono de quantas mulheres eu quiser, eu sou a porra do Dom e você deveria se colocar no lugar, então cale a boca e me escute Lua, nunca mais irá atentar contra sua própria vida. Eu vou te trancar nesse quarto, nesta casa, nesta ilha não me desafie, você não vai ganhar.- fala passando a mão em meu rosto.

-Você acha que poderá me trancar aqui, está enganado, muito enganado, realmente você pode ter quantas mulheres quiser só uma que você não terá e essa serei eu, nosso casamento já foi consumado, você inclusive mandou guardar o lençol branco da cama, não pense que não observei, então agora vai esfregar na cara dos Lagunas e dos Fontenele que já consumou esse casamento, sai daqui me deixa em paz eu te odeio!- me afasto de seu toque

-Você é terrível garota, como pude achar que seria diferente a me casar com uma ninfeta, sim você é mimada, não entende tudo o que acontece a sua volta, acha mesmo que pode desafiar o homem que te obrigou a se casar? Me escute eu ainda tenho três dias aqui, e você estará os três dias em minha cama, não me irrite, eu já disse quais as consequências sofrerá se continuar a agir como se não fosse minha.

-E vai fazer o que ? matar minha irmã ou melhor sua irmã? torturar meu primo? vamos eu já lidei com tanta merda que seria apenas mais uma delas ? você não é diferente do monstro que matou a minha mãe!- solto irritada.

- Culpas alguém pela morte da sua mãe além de você?- falou com desdém

Nesse momento toda confiança fugiu de mim, eu me senti vulnerável e frágil fui me afastando dele e baixando a cabeça, as sobras vinham em minha memória.

-Olha eu me exaltei ok! Não deveria ter tocado neste assunto.- ele caminha em minha direção.

Eu recuo, nesse momento não haverá dívidas que nada que me diga irá tampar o buraco que foi aberto.

-Eu só quero ficar só.- falo sem esperança.

-Merda, você me leva ao limite. -ele sai batendo a porta.

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