Ficamos em silêncio durante o caminho, Gael estava percebendo o meu nervosismo, ele olhava para mim de segundos em segundos.
— Lara pode se acalmar, não precisa ficar assim, se o que a sua tia disse for mentira, podemos seguir em frente — ele fala.
— Não é tão fácil para mim quanto parece ser para você — eu falo em resposta.
— Acredite, não é fácil para mim também, mas lá eu vou explicar melhor para você — ele fala.
Nós dois ficamos em silêncio, eu respirava fundo e repetia para mim mesma que era a coisa certa a se fazer.
Chegamos em frente a uma enorme mansão, saímos do carro e eu seguro a mão do Gael antes de entrarmos na mansão.
— Eu estou muito nervosa — falo pela milésima vez, e dessa vez ele segura minha mão e abre a porta.
— Relaxa, eu vou ficar do seu lado o tempo todo — ele fala e nós entramos.
Eu e ele andamos em direção a um enorme corredor, entramos em uma porta que dava em uma enorme biblioteca, que era de tirar o fôlego de qualquer pessoa.
— Me espera aqui, eu já volto — Ele fala.
— Você disse que não me deixaria sozinha — falo.
— É só por um segundo, você não vai ver ninguém sem mim, eu já volto — ele fala.
Eu balanço a cabeça em concordância, e ele sai dali me deixando sozinha. Eu fico olhando toda a biblioteca eu olho alguns livros que pareciam ser interessantes.
Eu estava distraída olhando um livro que havia chamado muito a minha atenção, ouço a porta se abrindo lentamente e o passo de algumas pessoas, pelo jeito Gael não havia voltado sozinho. Eu fecho os olhos para tomar coragem, eu precisava fazer isso para saber a minha verdadeira história, saber a verdade da minha vida.
— Lara, esses são os meus pais — Gael fala.
Quando me viro para olhar para o Gael e seus pais, a sua mãe estava com um sorriso estampado no rosto, mas quando me olha ela fica seria e pálida, parecia estar olhando um fantasma na frente dela.
Eles ficam em silêncio e vão até uma mesa que tinha ali, eu também vou até a mesa e me sento, Gael se senta ao meu lado, eles ainda me olhavam como se eu fosse um fantasma. Gael segura a minha mão por de baixo da mesa e me olha nos olhos.
— Conta pra eles o que você me contou — Ele fala.
Eu aperto a mão dele e conto tudo para os pai dele, conto detalhadamente, eles escutam quietos e quando eu termino a mãe do Gael se levanta e sai de lá rapidamente, o pai dele segue ela, ambos saem de lá sem dizer uma palavra sequer. Gael se levanta e pega um álbum de fotografias e coloca na minha frente.
— Vou te mostrar a minha vó quando tinha mais ou menos a sua idade — ele fala abrindo o álbum.
Ele começa a passar algumas fotos da família dele, quando para em uma, eu olho para foto boquiaberta, agora eu seu por que parecia que eles estavam olhando para um fantasma.
Eu parecia a encarnação da avó do Gael, éramos idênticas, a única diferença era o nosso cabelo, apenas por questão de tamanho.
— Ela é — eu tento criar palavras para descrever, mas não sai nada, então o Gael completa.
— Idêntica a você — ele fala me olhando — Eu vou vê se minha mãe está bem e já volto.
Quando ele sai de lá e eu fico olhando a foto, nós éramos idênticas, eu me assustei com tanta semelhança que tínhamos em comum, era uma coisa surreal, se eu não estivesse olhando para foto, nunca acreditaria.
Eu pego meu celular e tiro uma foto da fotografia, continuo olhando algumas fotos dela, a cada foto eu ficava ainda mais impressionada, parecia que eu estava olhando para mim mesma naquele álbum.
Eu fico pensando em como nós realmente somos idênticas. Gael entra na biblioteca e se senta ao meu lado novamente, ele então começa a falar.
— A minha mãe não está se sentindo muito bem, foi muito emoção para ela de uma vez só, era para mim tê-la preparado antes, e o meu pai perguntou se você aceita ir fazer um exame DNA agora, sai em algumas horas. Você nem precisa ir na clínica, só coletar sua saliva e já está bom, você quer? — ele pergunta.
— Tá bom — respondo.
Saímos da biblioteca e já havia uma Dra na sala nos esperando, o que achei um pouco estranho, ela coletou a minha saliva com um cotonete e depois Gael e eu saímos de lá.
— Eu te mando o resultado assim que sair, pode ser? — Ele me pergunta.
— Tá bom — respondo.
— Vou levá-la para casa — ele fala.
Fomos para o carro dele e entramos, durante todo o percurso nos fomos em silêncio, estava um clima esquisito demais entre nós dois. Quando chegamos, ele para na entrada do prédio e olha para mim.
— Você está bem? — ele me pergunta.
— Tudo bem — Eu respondo.
Eu saio do carro, me despeço dele, pego minha bolsa e vou para o me um apartamento. Assim que chego vou direto para o banho, depois faço um almoço rápido para mim.
Eu estava apreensiva, eu pego um livro para ler e não ver a hora passando lentamente, precisava me distrair.
Vitória chega mais cedo do trabalho e vem direto falar comigo, já era quatro e meia da tarde, ela toma um banho e volta para sala.
Eu mostro a foto que tirei do álbum para ela, Vitória fica tão chocada quanto eu olhando para a foto, ela fica olhando da foto pra mim e de mim pra foto.
Antes que ela pudesse falar alguma coisa sequer, eu começo a contar para ela tudo o que aconteceu naquela mansão, Vitória estava desacreditada disso tudo e custou para ela acreditar no que eu estava falando.
— Vocês são idênticas, parecem a mesma pessoa — Vitória fala muito chocada.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Maria Aparecida Oliveira
acho que se perdeu a história com Lara e Lorenzo
2024-09-04
2
Edvanir Alves
autora sua história é muito boa perfeita 👄🌹👏👏👏
2024-08-01
3
Maria Saldanha
história belíssima resumida mas muito bem explicada
2024-07-04
2