Capítulo 08

*Dois anos e seis meses depois *

Muita coisa mudou nesses dois anos e meio, mas dentro de mim, me tornei mais madura, responsável, sou mãe de um menino maravilhoso, mas muito gênioso o pouco que tem de mim talvez seja a inteligência.

Meu pequeno Don é a alegria da casa, a escolha do nome foi um sonho, assim como eu sonhei na noite depois que conheci o genitor de dominic que estava grávida e não acreditei, sonhei que o seu nome deveria ser Dominic . Então assim fiz confesso que amei o nome logo de primeira.

Meus amigos continuam sendo meus amigos irmãos e agora tios babões, me desdobro muito para não deixá-lo ficar muito mimado, no meu trabalho Joshua e eu ainda estamos no mesmo hospital central agora eu só trabalho durante o dia, o que é um alívio para mim.

No começo foi difícil deixá-lo na creche do hospital porque eu queria tá o tempo todo olhando ele, então foi mais difícil ainda deixá-lo em casa com uma desconhecida, a sorte foi que a vizinha do mesmo andar das meninas, sim Ane e Lyn ainda moram juntas e eu ainda moro com o Josh, a vizinha do andar delas se mudou e a senhora que cuidava desde o nascimento da filha dela de quatro anos ia ficar sem emprego então ela veio trabalhar comigo.

Essa mulher é um verdadeiro anjo na minha vida. Don não gosta muito desde novinho de pessoas desconhecidas mas com ela ele se desmanchou rapidamente, desde que aprendeu a falar chama ela de vó.

Saio dos meus devaneios quando Don boceja e começa a coçar os olhinhos azuis iguais aos de seu genitor.

– Mamãe eu tô com xoninho – ele diz todo sujo de bolo, estávamos comemorando seu aniversário de dois anos, só nós uma festinha bem intimista mesmo.

– Mamãe já vai cuidar de você amor– digo e termino de comer meu pedaço de bolo, se tem uma coisa que amamos é o que apelidamos de kit festa da Ane ela faz bolo de aniversário, salgadinhos e brigadeiros uma maravilha, é de lamber os dedos.

– pode deixar que eu dou o banho dele Ângelina – Sarah diz e eu já a interrompo.

– negativo DONA Sarah hoje é sua folga obrigada por vir. – Eu digo e abraço.

– Eu não faltaria nunca no aniversário desse príncipe. – ela diz olhando pra ele com amor. Para uma mãe quando nosso filho é bem tratado e bem cuidado é o paraíso, essa pessoa imediatamente ganha um espaço em nosso coração.

– Deixa que eu levo a Sarah para casa– Josh se manifesta depois de se encher de bolo – Te amo meu príncipe o príncipe mais lindo do titio.

Josh se aceitou bi, ele diz que a vida agora tem cores. O pai e ele continuam sem se falar muito. Josh é um tio maravilhoso para Don não poderia querer outro.

Ele diz beijando Don que rir meio sonolento o que faz ficar fofo.

– imagina josh, vai aproveitar a sua folga – Sarah diz

– ele tá fazendo isso só para fugir de lavar a louça dona Sarah – Lyn diz juntando os pratos.

– É um cretino mesmo – Ane diz alto da cozinha ela tá colocando bolo e docinhos em um pote pra dona Sarah levar para o marido que não pode vim porque está com o pé machucado e dona Sarah veio rapidamente, e outro para elas levarem para o apartamento delas, adoram maratonar série e ficam comendo enquanto viram a noite assistindo.

– tio você é um queletino? – Don pergunta e nós começamos a rir.

– Não amor, abraca a dona Sarah que você já está indo banhar para dormir– Josh diz rindo e o enche de beijo.

– Dorme bastante que amanhã nós vamos passear muito amor da titia – Lyn diz jogando beijos para o Don.

– E comer muita besteira escondidos – Ane finge sussurrar para ele que rir e coloca o dedo na boca pedindo segredo, eu reviro os olhos.– te amo gostosão.

Ela aperta ele e o enche de beijos também, todos os quatro são assim, as únicas pessoa que ele deixou se aproximar até agora.

A pediatra falou que seria uma boa opção ele entrar para a creche, então Decidimos colocar ele em uma creche para ter um contato com outras crianças no período da manhã.

Quando contei isso a dona Sarah ela murchou mas ficou feliz pelo Don, eu entendi que ela achava que perderia o emprego eu rir e disse que continuaria pagando o mesmo valor só para cuidar dele pela parte da tarde, ela óbvio adorou a ideia, não quer se aposentar agora.

– Tia ane voxê pode fager mais bolho amanhã? – ele pergunta aproveitando que está sendo paparicado

– não se preocupe lindo, amanhã terá bolo – ela diz e começa a aperta–lo novamente – você já é cheiroso agora com gosto de bolo está uma delícia

Ela começa a fingir que está mordendo ele, não demora ele está vermelho de tanto rir

– pala titia

– tô com ciúmes do meu gatão – Lyn faz drama e ele se joga nos braços dela a sujando toda de doce, mas eles não se importam.

— eu também amo voxê tia pote voxe me dá soveti estondido – nós rimos porque ele não sabe guardar segredo

– Esse é o nosso segredo amor– ela finge surrarar e eu balanço a cabeça negando

– Vamos porquinho, está na hora de dormir– Eu o pego no colo – é você volte rápido a louça é sua meu lindo

Ele bufa, sorrio e pisco para ele, temos uma diarista agora, mas ela só vem três vezes na semana.

– tá vendo como os homens são tratados nessa casa Don? Não cresça nunca príncipe – Josh diz fazendo drama.

Levei Don até meu quarto, dei banho nele, escovei os dentinhos e o levei até o seu quarto vesti um pijaminha fofo, fomos para a cozinha preparei seu mingal e voltamos para o quarto

– Mamãe, xabe otê eu pedi de anibersálio – Don diz depois de tomar sua mamada e os olhinhos já está pesados de sono

– não amor, o que você pediu?– continuo fazendo carinho em seus cabelos loiros que também acho que puxaram ao pai

– ti o meu papai volte– ele diz fechando os olhinhos, eu respiro fundo, ele pergunta de vez enquanto pelo pai, pergunta por que não pode ter um pai legal igual o tio Josh. Por mais que ele tenha todo amor do mundo que eu poderia dar, que os meus amigos poderiam dar a criança ainda sente falta do pai, e não é nem culpa dela.

Don está crescendo, quanto maior mais vai querer explicações, eu não tenho raiva do genitor do Don que eu não sei nem o nome, o álcool antes de matar ele humilha a pessoa.

Eu não conheci ninguém que me atraísse, cheguei a marcar encontro com dois ou três caras, o meu erro é marcar um encontro normal primeiro, sempre escolho um restaurante longe de casa. Mas assim que eu falo que sou mãe eles ficam meio reticentes, será que acham que eu quero alguém que me banque e sustente o meu filho? É isso que eu imagino quando eles saem praticamente correndo.

Entre encontros ou homens banais vou escolher sempre meu filho, no trabalho não o levo mais porque ficam a todo momento perguntando e o pai, e o pai nossa ele é a cara do pai. Faz tanto tempo que eu não o levo que as pessoas de lá provavelmente já teriam esquecido que eu tenho filho, se não fosse por eu ter declinado todos os convites masculinos que recebi de lá.

Onde se ganha o pão não se come a carne, minha tia enquanto viva dizia essa frase repetidas vezes e eu concordo.

Você está namorando um colega de trabalho termina o relacionamento de um modo ruím e tem que ficar vendo ele ser feliz com a outra que foi amante dele, ou ele te perturbando por você sair com outro. Enfim não queria esse tipo de problema para mim.

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