5. Tudo aquilo foi real?

Lucy

De manhã, acordei ao lado do Marck, e meu Deus que dor de cabeça. Apesar da ressaca eu me lembrava daquele beijo, e daquela pegada e gente, que beijo e que pegada, agora eu entendo o porque as garotas não desgrudam dele, se o beijo e aquele pequeno pega já me deixou assim, sem chão, imagina o resto.

Meu mundo começou a desabar quando comecei a pensar no que minha mãe diria, afinal eu e Marck éramos irmãos, eu não sabia o que pensar, eu havia bebido muito na noite anterior e por isso fiz o que fiz, mas agora não adianta usar a bebida para justificar nada. Mas também, foi apenas um beijo, não significou nada, pensei para mim mesma, para ver se me convencia. Marck começou a se mexer e eu fingi estar dormindo.

Marck

Acordei ao lado da Lucy, droga, tudo aquilo foi real? Eu não acredito que na hora ela desistiu. Mas pensando bem, foi melhor assim, não podia rolar nada entre nós, porque aff, nós somos irmãos, mas que culpa tenho eu se meu corpo se arrepia inteiro só com a lembrança dela em cima de mim, e por um segundo minha vontade foi de acorda-la com beijos e fazer amor com ela agora mesmo, mas eu não posso, já fiz até de mais. Que droga ela é minha irmã, não é como qualquer outra mina que eu só pego por aí.

Levantei rápido, me vesti e sai do quarto. Lá fora vi que não havia ninguém acordado então peguei minhas coisas e fui embora. Mesmo sabendo que é errado, eu a desejava e não seria fácil esquecer o que aconteceu naquele quarto, mas eu precisava, então resolvi me afastar para colocar a cabeça no lugar. Pedi um carro de aplicativo e no caminho mandei uma mensagem pra Lucy dizendo que tinha ido pra casa, uma mensagem curta sem muita explicação, afinal acho que ela sabe exatamente o porque eu fui embora.

Lucy

Quando Marck saiu do quarto, pude perceber só pela sua respiração que ele estava tão eufórico quando eu, levantei e fui pro banheiro tomar um banho pra esfriar a cabeça, afinal ia ser difícil ir pra casa com ele sozinhos no carro. Quando sai do banho vi uma mensagem em meu celular, ele já havia ido embora. Bom parece que significou tanto pra ele que ele teve que fugir, e isso me assusta um pouco. Porque a verdade é que ele é lindo mas não pode acontecer nada, e o que aconteceu nem podia ter acontecido. Sai do quarto e fui pra cozinha, e ninguém estava por lá. Então resolvi ir pra casa, deixei um bilhete avisando que estava indo, até porque já era 11 horas e também todos ficariam perguntando o porquê do Marck ter ido embora sem mim, e eu sinceramente não tava afim de inventar mentiras pra ninguém.

Chegando em casa não vi o Marck, acredito que ele estava no quarto dele, bom mas isso não importa, vou terminar de arrumar nossas coisas porque amanhã nos mudamos e tudo tem que estar ajeitado, já que mamãe adiantou um pouco nossa mudança. Aff, estava meio sem cabeça pra isso mas quem sabe ajude a pensar um pouco.

Enquanto arrumava tudo, a noite passada ficava vindo a minha mente e meu corpo pulsava de desejo, eu não sabia o que fazer, e quando estava prestes a ir até o quarto dele, pensei melhor, e deitei na cama e comecei a me tocar, de início comecei leve, e depois fui aumentando a intensidade, soltei leves gemidos por entre as cobertas, derrepente sem ao menos perceber comecei a gemer seu nome. Droga, fazia muito tempo que eu não fazia isso assim, mas nunca havia feito isso pensando nele. Geralmente eu não sentia tanto tesão, mas quando comecei a pensar nele meu corpo foi de 0 a 100 em segundos. A verdade é q Marck dispertou um fogo dentro de mim que estava difícil controlar, me m**turbei até chegar ao meu apse duas vezes, e só assim consegui relaxar. Apesar de ainda estar com certo desejo, isso fez com que eu conseguisse me manter sã, porque a minha vontade era ir pro quarto dele e agarra-lo e tran**r, tran**r muito.

Quando desci para jantar Marck estava na cozinha fazendo o jantar e ele não tocou no assunto, então eu também fingi que nada havia acontecido, apesar de estar um clima estanho, estávamos tentando agir normalmente. Após o jantar subi e terminei de arrumar tudo e fui dormir.

.XXX.

No dia seguinte o caminhão da mudança chegou bem cedo, então já fomos carregando tudo e nos despedindo daquela casa, e quando estávamos saindo Marck veio e me abraçou, acredito que tenha sido instintivo mas foi um abraço muito bom, um abraço de tristeza de deixar aquele lugar, mas ao mesmo tempo um abraço de carinho. Foi a casa que ficamos por mais tempo em anos, então nos apegamos a ela, geralmente morávamos em apartamentos minúsculos. Ficamos uns minutos abraçados quando Marck me soltou e saiu, então tranquei tudo e sai também, indo direto para o carro, onde mamãe nos esperava. Mas para a minha surpresa, Lucas estava do lado do carro me esperando, Marck emburrou na hora e entrou no carro, batendo a porta com força, e eu puxei Lucas pelo braço para longe do carro.

Lucy: Conta tudooooo, como foi?

Lucas: Ahh princesa, eu não sei explicar, e ainda não sei se sou gay ou bi, eu só sei que tô vivendo um sonho, graças a você, obrigado ( falou me dando um abraço que eu retribui). Eu sei que vai ser difícil e que nenhum de nós quer se assumir assim, como gay ou bi, mas mesmo as escondidas tudo tem sido ótimo.

Mamãe buzinou para que fossemos logo já que o caminhão da mudança já havia saído.

Lucy: Tenho que ir, mas me manda mensagem e me conta tudo, vou amar saber, e tô muito feliz por você meu princeso ( dei um beijo na bochecha dele). E não esquece de ir nos visitar em, te espero lá.

Lucas: O Marck que vai curtir muito eu na casa de vocês. ( Falou com tom de sarcasmo ).

Lucy: Problema só dele amor, tô nem aí, agora me dá um abraço ( puxei ele pra um abraço forte ) se cuida tá, e pra tudo que tu precisar lembre-se, eu tô longe mas eu tô sempre do seu lado, é só me ligar ou me mandar mensagem, te amo.

Lucas: Também te amo doidinha, tu foi a melhor amizade que eu poderia ter, tchau, e se cuida também.

E assim eu voltei pro carro, e o Marck ainda de cara emburrada, apenas me encarou e não falou nada.

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