capítulo 8

Celina já havia chegado e tomado seu posto, ela agora cuidaria da Ayumi e faria sua segurança. Celina é uma excelente assassina, sabe artes marciais e atira divinamente, ela foi criada desde pequena pela organização em Nova York, que agora é minha.

Seu pai era um traficante e sua mãe uma viciada que não dava a mínima para a garota, como seu pai não havia voltado para entregar o dinheiro das drogas, os homens da classe menor da organização foram atrás dele, encontraram ele e a mulher mortos no pequeno apartamento no subúrbio, e Celina estava lá encolhida na sala, o que ainda havia na geladeira ela comeu, eles já estavam mortos a pelo menos três dias e Celina só tinha cinco anos na época.

Depois disso, levaram ela e a organização criou e treinou Celina para ser uma arma letal. Por isso a escolhi, sabia que Celina entendia de enfermagem e também protegeria Ayumi de qualquer coisa. No segundo dia que Ayumi estava aqui, Celina a levou para beira da piscina, assim que cheguei, vi que ela estava lá e resolvi nadar.

Subi e vesti minhas roupas de banho e fui para onde elas estavam, Celina me reverenciou e eu disse para ficar à vontade. Eu estava somente com uma calça jeans e sem camisa, fui até Ayumi e disse ser uma pena ela não poder me acompanhar, tirei a calça e pulei na piscina.

Realmente a água estava ótima, nadei um pouco, depois saí, e vesti um roupão de banho. Dei mais algumas instruções a Celina e tomei um banho, eu já havia me acostumado com a presença dela na casa, sempre que chegava, procurava por ela.

A noite sempre ia ver ela no quarto, observava ela enquanto dormia e mesmo com os hematomas ainda evidentes, ela era linda, e essa noite não foi diferente, fui até seu quarto e a observava enquanto dormia, em um certo momento ela parecia estar tendo um pesadelo, segurei sua mão e a outra passei em seu cabelo.

Ela se acalmou um pouco mais, esperei mais algum tempo ali, vi que havia se acalmado, dei um beijo em sua testa e depois sai de seu quarto.

A demora na resposta do Yamamoto estava me deixando intrigado, dei ordens ao meu pessoal para saber o que havia acontecido.

No dia seguinte, enquanto resolvia as coisas da organização, recebi o relatório sobre o caso da Ayumi, eles deram ordens expressas para não dizerem nada sobre o desaparecimento dela, e ainda estavam planejando entrar com um processo para administrar os bens dela, alegando incapacidade mental.

Ele tinha todos os relatórios que precisava, os médicos já haviam elaborado o diagnóstico, e ele tinha todos em suas mãos. Ele não estava dando a mínima para o que aconteceria com ela depois, claro, depois que conseguisse e ela morresse, ele provavelmente alegaria que ela foi sequestrada e morta por algum criminoso querendo dinheiro.

Eu estava com muita raiva naquele momento, Ayumi não ajudaria em nada para atrair seu pai, teria que continuar atrapalhando seus negócios, até achar uma oportunidade para matar ele. Eu poderia simplesmente contratar um bom atirador para fazer o serviço, só que esse gosto eu tinha que ter, ver seu último fio de vida se esvaindo através da minha lâmina.

Só voltei a tarde para casa, tive reuniões exaustivas por videoconferência com a empresa em Nova York e ainda tive que acertar contas com um ladrãozinho que achou que podia me passar a perna.

Celina dava banho em Ayumi na banheira, eu entrei no banheiro e fiz um sinal para que Celina saísse, tirei minha camisa e me abaixei perto da banheira. Peguei seu braço e comecei a fazer o que Celina estava fazendo.

Primeiro fiquei em silêncio e depois comecei a falar.

— Sua família é esperta, sabe, eu mandei um aviso anônimo que tinha você em meu poder, seu pai nem ao menos se deu o trabalho de saber o que eu queria em troca de te libertar.

Soltei seu braço e segurei seu calcanhar, o levantei um pouco para fora da água e continuei a passar a esponja por sua perna.

— Eu tinha planos para o seu pai caso ele aceitasse negociar, mas vou ter que seguir outro plano agora, sem falar que ele entrará com um processo para administrar seus bens, já que você é incapaz mentalmente e não é casada, é uma pena, não é? Se eu soubesse o que fazer para trazer sua mente de volta, saiba que eu faria.

Soltei sua perna e me movi para perto de seu rosto, passei a mão molhada por sua pele macia, era exatamente como me lembrava da primeira vez.

— Mesmo que você não tenha servido como isca, saiba que não planejo devolver você, não quero que volte para aquela família, se algum dia você recuperar a lucidez e quiser voltar, aí será escolha sua, caso contrário, essa será sua casa agora.

Tirei a mão de seu rosto e me levantei, enxuguei meu braço e vesti minha camisa novamente saindo dali, em circunstâncias normais eu ficaria extremamente excitado com ela daquele jeito naquela banheira, eu a tomaria ali mesmo, mas não queria ela desse jeito, queria que me olhasse como me olhou da primeira vez.

Eu saí e Celina voltou, ela pediu para usar o estande de tiros que tinha ali depois que Ayumi dormisse, dei permissão, sei bem que para alguém ativo como Celina era, se sentiria entediada sem nenhuma ação. Voltei para a rua novamente, tinha mais coisas a fazer e só iria voltar tarde hoje.

A noite já havia chegado e voltei para casa, fui ao escritório como sempre faço todas as noites, sempre bebo algo forte antes de ir dormir, essa vida não é fácil e precisava esfriar a cabeça. Entrei e nem liguei a luz, somente acendi um abajur que ficava próximo à poltrona e me sentei.

Depois de dois goles senti o cano de uma arma encostar em minha cabeça, não ouvi nem senti ninguém se aproximando, pensei em pegar a arma que tinha debaixo de uma mesinha próxima, a do meu coldre não daria certo, quando tentei fazer o movimento, ouvi a voz de uma mulher.

— Nem pense nisso, a arma que estava aí eu já retirei.

— Eu estava surpreso ao ouvir aquela voz, levei o copo a boca novamente e percebi que ela agora se movimentava para ficar na minha frente.

Ela estava muito sexy naquela camisa, tinha que admitir que ela mexia comigo.

— Ora, ora, veja só quem acordou, ou melhor, quem parou de fingir, não é, Ayumi?

Ela se sentou na cadeira e me encarou, senti falta do seu olhar, mas esse olhar ainda não havia visto em seu rosto.

— Precisamos ter uma boa conversa, Hayato.

Mais populares

Comments

Maria Pinheiro

Maria Pinheiro

Espero que ela tenha ouvido tudo que ele falou e tenha entendido que rle está do lado dela .

2024-10-17

0

Fatima Gonçalves

Fatima Gonçalves

também não

2024-04-09

3

Edileusa Dias

Edileusa Dias

Não acredito que ela tava fingindo não

2023-10-07

2

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!