Um ser só

......Derek on....

“L – Salvo pelo gongo, nossa conversa ainda não acabou.”

Quero a cabeça desse lobo imbecil, mas paro de xingar e abro a porta.

É Zilda um pouco pálida e sem humor.

...(Zilda)...

Derek - Entra, senta um pouco, você não perece bem, como foi com ela? Aconteceu algo?

Zilda – Eles fritaram o útero dela meu menino, para que não pudesse gerar novas bruxas.

Nesse momento eu e Lian esquecemos nossa briga, não consigo discernir quem esta mais abalado, ele me segura e eu o seguro para que ambos não percam o controle.

Me atrevo a perguntar algo que não quero realmente saber a resposta.

Derek – Me explica isso? Ele fez o que exatamente?

Zilda – Vou ser sincera Alfa e só estou falando pois ela não me pediu segredo.

Zilda – Conheço bem os sucumbus e conheço bem as bruxas, sei como trabalham, em algum momento da juventude dela eles fritaram o seu útero com mata-lobos.

Derek – E por que ela não curou? Ela está curando agora e não ficou com nenhum órgão comprometido.

Zilda – O pó que ela usou quando veio é inibidor do veneno, ele permite que a regeneração dos órgãos aconteça, o útero dela teve que curar sozinho então ele não regenerou só cicatrizou como pode.

Zilda – A menina tenta ser forte, quando perguntei fez pouco caso, mas ela não está bem.

Zilda – Vou deixar muitas ervas e remédios prontos para o senhor dar a ela, principalmente para a cabeça, ninguém passa por isso sem ficar com grandes sequelas.

Derek – Obrigado Zilda, me de detalhes de tudo o que ela precisa e eu mesmo vou cuidar disso.

E assim ela me passou tudo.

Zilda – Tem certeza que não quer que eu fique? Os remédios podem dar pesadelos, trazer lembranças ruins.

Derek – Eu quero cuidar dela, é algo que preciso fazer.

Zilda – Tudo bem, qualquer coisa é só chamar alfa.

Zilda – Boa noite.

Derek – Boa noite.

Acompanhei ela até a porta e preparei uma sopa para Mabel, fui até seu quarto, bati na porta, quando ela autorizou entrei e entreguei o jantar para ela junto de alguns remédios.

Mabel – Obrigada.

Me sento na poltrona próxima a cama e espero ela comer.

Mabel – Zilda já foi?

Derek – Sim.

Ela concorda com a cabeça e come.

Mabel – Está maravilhoso, o seu tempero é diferente, senti falta, obrigada.

Derek – Achei que não ia perceber depois de tantos anos, que bom que ainda te agrada.

Mabel da um sorriso fraco e volta a comer, então falo.

Derek – Zilda não sabe por que está custando tanto para cicatrizar, ela disse que com sua mãe a cura era como a nossa, vai demora mais ou menos um mês para que você fique totalmente boa, isso se você tiver bons modos.

Mabel – já entendi doutor.

Mabel – Por que me quis aqui e não com o resto da família?

Derek – Você é minha responsabilidade e sendo sincero, não te quero longe de mim.

Mabel – Só isso?

Derek – Porque mais faria isso?

Mabel - Por não confiar em mim.

Derek – Não confio em você Mabel, mas não é por isso que te quero aqui.

Derek – Você mente e mente muito bem, mas não é um risco para alcateia.

Derek – Se você me der motivos para voltar a confiar em você, nem mesmo assim vou te deixar ir, por que no fundo nós dois sabemos que logo você vai nos abandonar novamente e eu não quero isso.

Mabel – Não quero abandonar ninguém, não é assim que as coisas funcionam Derek.

Derek – Então me diz que não pretende ir, me diz com todas as letras Mabel que pretende ficar aqui..... ficar comigo.

O silencio respondeu por ela.

Derek – Como pensei.

Derek – Vou te cuidar e não vou sair do seu lado até que esteja realmente bem, depois disso você faz o que quiser.

Ela termina de comer, eu pego tudo e saio do quarto, chego na cozinha e atiro tudo na pia, quebro toda a louça.

Derek – Merdä.

Vou para meu quarto deixo a porta de acesso para o quarto de Mabel aberta caso ela precise de algo.

Deito na cama e fico pensando em tudo.

Mabel – Derek?

Derek – Sim.

Mabel – Sinto muito.

Derek – Eu também.

Depois de uns minutos, apuro minha audição e percebo a respiração dela lenta.

Dormiu.

Levanto e vou até seu quarto, fico olhando para ela dormir durante horas, quando começa a amanhecer vou deitar e acabo dormindo.

......Mabel on....

Que droga, esse homem me desvenda como ninguém.

Ele sabe que estou escondendo muitas coisas e ele sabe que vou embora, droga, drogaaaaa.

Estou acabada com isso, peço desculpas, mas sei que não faz diferença alguma, o sono logo me venceu.

Sinto que estou sendo observada, não abro os olhos pois o cheiro amadeirado do Derek é único.

Acabo descansando mais sabendo que ele está aqui.

Acordo de manhã com um grande café na cama da Isis e da Mia.

Mabel – Bom Dia!

Mia e Isis – Bom diaaaaaaa!

Ficamos a manha toda, juntas, fofocamos muito, estou nos céus pela Isis e o Rael, ela é o tipo de mulher que sempre sonhei para meu irmão.

Isis – Estamos indo com calma, na verdade o Rael é meio lento.

Mabel – Deixa eu ver, ele está te respeitando de mais né?

Isis – SIMMMMM de mais a nível épico, tenho a impressão que vou casar com ele sem nunca ter dado se quer um amassos.

Mia – Ué, toma a iniciativa menina.

Isis – falou a que está caidinha pelo Michel e não faz nada.

Mia – Nem me fala, o menino também precisa de um empurrão, mas vocês já sabem meus motivos para ir com calma.

Mabel – Claro que sim, mas os dois se formaram da mesma faculdade há distância meninas, não deu para aprender nada.

E rimos muito.

Mabel – Olha o Rael vai demorar mais mesmo, sabe ele ainda te vê como irmã dos caras, por mais que seja louco por você ele vai segurar a onda até ter certeza que é o que você quer.

Isis – É eu até que entendo ele nisso, mas e aiiii você e o Derek desenvolveram algo?

Mia – Pelo amor de Deus me explica isso, vocês todos tem o mesmo sobrenome e se chamam de irmãos, tios e sobrinhos o tempo todo, estou muito confusa.

Mabel – Eu explico, o Morgsten vem de três primos que se apaixonaram por três mulheres que eram bruxas.

Mabel - Eles tiveram filhos e esses filhos tiveram filhos e assim vai até chegar na nossa geração, então somos parentes, mas de grau muito distante mesmo.

Mia – Ataaaa entendi.

Isis- Sim nossos pais e nossos avós eram um grude, nos criaram juntos desde sempre.

Mabel – É uma história muito antiga da nossa família, sinceramente eu não sei ela toda e me perco muito.

Isís – Quem sabe direitinho nossa história é o Derek.

Mabel – Verdade, todos os alfas têm que estudar isso, em falar nele onde ele está?

Mia – No escritório, ele estava vindo com o café quando a gente chegou.

Isis – Viu só como meu irmão é fofo, ele fez tudo isso para a Mabel.

Mia – Aquele cara é uma rocha sem sentimentos, isso sim.

E nós rimos.

Isis – Acho que a Mabel discorda de você Mia.

Mia – Eu o conheço muito pouco, não dá para comparar né, mas ele ficou bem mexido desde que chegamos aqui e ficava furioso toda vez que nós falávamos de você Mabel.

Isis – Normal, eles eram um só ser, até ela ir sem nem dar tchau.

Isis – Não estou julgando, não me entende mal, por favor, é que dá para entender o porquê ele ficou assim.

Mia – Então ele não era assim?

Mabel – Ele sempre foi assim com os outros, não comigo.

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