Queimo por ti

...Derek on....

Já chega.

Derek - Lucian e Michel vamos, segurem a Mabel, eu pego Erebus, vamos acabar com o pacto hoje.

Michel - Você vai acabar machucando ela se tocar nele.

Derek- Machucada não é morta, entre os dois prefiro a primeira opção.

Lucian - Você tem razão meu filho, vamos Michel, vou dar a minha vida se for preciso, hoje isso acaba.

De novo com essa de meu filho.

Michel – Certo, vamos salvar nossa garota.

Nossa?

Quando entro na sala com eles dois, todos os sucumbus que até agora estavam imóveis vendo toda a situação, nos atacam e entramos em combate.

Não preciso dizer que matamos todos em menos de um minuto, mas mais e mais começaram a entrar na sala e nossa luta parecia não ter fim.

Mabel esta em uma disputa acirrada com Erebus, ela ataca como uma verdadeira guerreira vingadora, não vou mentir ver isso me enche de orgulho, ela era tão frágil hoje está tão forte, se o fato dela também sentir os próprios golpes não existisse ela estaria ganhando com facilidade.

Ela já chegou aqui muito debilitada, foi visível, Erebus está com muita energia e não se cansa com tanta facilidade, ela o machuca muito, mas seus golpes a afetam mais do que afetam ele.

Não consigo chegar perto, percebo que todos os movimentos da Mabel são com intenção de matar, ela acerta um golpe mais forte que o outro, Erebus não é tão rápido, logo ela ira conseguir e ai será seu fim também.

Não posso deixar que chegue a isso.

‘’D- Lobo desgraçado, não é hora para tirar férias.’’

‘’L- A magia que estava aqui me inibiu de te dar forças, sinto muito ainda estou fraco.’’

“D- Droga Lian, descansa parceiro eu aguento.”

“L- Só mais alguns minutos, prometo que vou te ajudar.’’

“D- Não, esquece isso, preciso de você forte caso algo me aconteça, escuta preciso te dizer...”

“L- Eu sei, não fala nada, também estou disposto a morrer por ela, sempre estive e por isso não queria vir, vamos ficar bem Derek, faz o que precisar ser feito, estou do seu lado.”

“L- Michel precisa sair daqui, caso algo aconteça precisamos dele para cuidar de todos.

“D- Obrigado parceiro.’’

Derek - Michel, vai agora.

Michel – Você só pode estar maluco, não vou abandonar vocês.

E mais sucumbus entram é uma guerra sem fim, não posso arriscar.

Derek – Eu estou mandando droga, vai agora.

Michel – Mas alfa.

Derek – Agora Michel, espere onde combinamos por 3 horas se não chegarmos lá, você volta para casa e toma a frente da alcateia, escutou?

Michel – Mas irmão.....

Ele começa a chorar lutando contra nossos inimigos.

Derek – Vai.

Michel – Sim alfa.

E ele sai correndo.

Derek – Vai com ele Lucian, essa não é uma guerra que posso ganhar, Mabel vai encontrar vocês.

Tem cada vez mais sucumbus a nossa volta, estamos totalmente cercados.

Lucian – Eu não vou te deixar de novo meu filho, nunca mais, mesmo que você não me queira aqui.

Lucian – Se vamos morrer que seja assim como parceiros de batalha, mesmo que não me considere um pai.

Filho da mãe, quer me desconsertar no meio de uma guerra.

Apenas concordo com a cabeça, não tenho tempo para pensar nisso agora.

E seguimos lutando.

...Mabel on....

Mal consigo ficar em pé, o que me tranquiliza é que Erebus está mal, não tanto quando eu, mas estou conseguindo o afetar.

Tenho pelo menos 19 ossos quebrados sem contar outras fraturas.

Sei que já vim muito debilitada, ele tem toda a vantagem nessa parte, mas não é tão habilidoso quanto eu.

Ele está prestes a enfiar uma adaga na minha perna, sei que está envenenada com mata-lobo, se fosse em um lugar vital eu o deixaria acertar propositalmente, mas todos golpes dele são para me enfraquecer nunca para matar.

Se ele acertar a minha perna, ele também vai ficar muito ferido, mas o mata-lobo vai espalhar rapidamente no meu organismo e vai me afetar mais do que nele, já que mata-lobo é um veneno apenas para minha espécie.

Preciso das minhas pernas para lutar, calculo todos os prós e contras, não tem como fugir do golpe, ele tem que acertar em um lugar que seja fácil para eu amputar caso necessário, para seguir a luta.

Lembro que minhas luvas têm chapas de aço nas palmas, vão repelir parte do impacto do corte, então dou um tapa na lâmina que é suficiente para rasgar minha mão, mas não atravessar.

Não sinto nada, estou anestesiada de adrenalina.

Foi melhor que eu esperava, tiro as luvas do traje pois o metal agora está cravado na minha carne.

O ataco novamente, ele vem com a lâmina envenenada em direção ao meu coração, ótimo é um ponto vital se ele acertar também morrera, então me jogo em cima da adaga com todas minhas forças.

Caímos os dois de joelhos abraçados, vejo que todos sucumbus param, Lucian e Derek correm até nós.

Sinto a minha vida se esvaindo e o quente do meu sangue escorrendo.

Eu consegui, vamos morrer finalmente.

Erebus está rindo, então tento me afastar.

Ele esta com sua mão esquerda segurando a lâmina em meu peito, eu com a mão esquerda segurando minha faca cravada em seu estômago, não era onde atacaria inicialmente mas com minha mão hábil rasgada, não restou muitas alternativas.

É aí que percebo sua mão direita segurando a minha mão recém machucada.

Estamos apertando as mãos.

NÃO, NÃO, NÃO...

Ele me distraiu com o ataque vital enquanto procurava a minha mão cortada e uniu com a dele.

Olho para meu estômago procurando a ferida que acabei de causar nele e nada.

O PACTO.

Filho da mãe, ele quebrou o pacto.

Tudo escurece.

Buuuuuuuuuuum.

...Derek on....

Corro até eles, droga ele acertou a Mabel no coração e ela também o acertou, é o fim para os dois, não pode ser, não tem como acabar assim.

Ela olha para ele confusa, o desgraçado está sorrindo e então ela cai no chão, o vejo segurando firme em sua mão.

Pelos Deuses, não pode ser.

Lucian cai de joelho, se rendendo totalmente e chorando como criança com as mãos no rosto.

Eu congelo, só não acredito, não dá, não consigo.

Lucian se arrasta de joelhos até ela, deita ela em seu colo, fica fazendo carinho em sua cabeça e abraça o mais forte que consegue.

Lucian – Vai ficar tudo bem meu amorzinho, eu vou cuidar de você ratinha.

Sinto isso como um soco, lembro de quando ela nasceu, todos dilacerados com a morte de Luara que não aguentou o parto, não fazia nem semanas que eu tinha perdido minha mãe.

André não pegou os bebês, só queria ficar ao lado do corpo da mulher, trocar sua roupa, fazer carinho, pentear seus cabelos e dar seu último beijo, o beijo da despedida.

Naquele dia meu pai esqueceu o próprio luto, pois sabia exatamente o que André estava sentindo, eu e ele ficamos com os gêmeos até Beatriz chegar, lembro dele pegando Mabel pela primeira vez e usar essas palavras.

Vai ficar tudo bem meu amorzinho, eu vou cuidar de você ratinha.

Então eu olho atentamente para ela, pálida e sem vida, minha menininha frágil, foi ela quem fez eu viver após a maior perda que tive na vida, minha mãe.

Na verdade, os gêmeos eram nossa luz, ela e Rael eram tudo, a luz e esperança que faltava, eles ficaram com a responsabilidade de manterem todos vivos.

Era uma época difícil, eles uniram todos.

Foi no dia que os dois nasceram que Lucian decidiu viver, mesmo que longe de todos nós.

Rael era um grude na Beatriz principalmente quando Isis nasceu, Mabel no Lucian e quando ele se foi ela tinha meses e era tudo o que eu tinha.

Ela me fez sentir vivo, ela me fez querer estar vivo, ela me fez queimar e agora ela está morta.

Trago meu domínio com todas as forças.

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