Muito para Processar

...Derek on....

‘’L- Estou surpreso, acho que é a primeira vez em 10 anos que você pronuncia tantas palavras em uma única conversa.

‘’D- Cala boca, que eu saiba ironia não faz parte do meu subconsciente’’

‘’L- hahaha não me faça rir, sou seu consciente também idiota.’’

‘’D- Que seja’’

Todos estão recolhendo o jantar e eu estou sentado tomando um bom vinho.

‘’L- Então está mesmo decidido?’’

‘’D- Por que pergunta se sabe a resposta?’’

‘’L- É só uma tentativa falha de fazer você repensar.’’

‘’D- então meu subconsciente não concorda comigo?’’

'’L – Concorda, quem não gosta disso sou eu, afinal ainda tenho opinião própria.’’

Michel chega cheio de papéis, Real com seu notebook, os outros com caixas de informações que coletei e algumas que Lucian trouxe.

Ficamos horas trocando informações, eu tudo analiso cuidadosamente e sinceramente nada encaixa.

Lucian me olha esperando aprovação para me falar algo, eu o incentivo a falar em um sinal com a cabeça.

Lucian- Sei que vocês têm muitas dúvidas, sobre os motivos da Mabel e Alec, mas não cabe a mim ter essa conversa.

Lucian - Eu já tinha partido quando tudo aconteceu, sei só o que ela quis me contar e tenho certeza que não chega nem perto de toda a verdade.

Lucian - Vou falar o que vi não o que ouvi.

Lucian - Encontrei a Mabel com 13 anos em batalha, ela era a única loba e também mulher que estava lá.

Lucian - Eu estava caçando os mesmos sucumbus que Erebus na época, quando a vi decidi me aliar a Erebus na batalha para ter uma aproximação com ela.

Lucian - Queria entender o que ela fazia ali.

Lucian - Era a primeira vez que ela tinha entrado em combate, treinei ela durante a batalha mesmo, fiz tudo o que pude para deixá-la mais forte, pois sabia que Erebus não manteria uma aliança comigo por muito tempo.

Lucian - Em menos de um ano em campo, ela já era mais rápida e forte que eu, seus movimentos vão muito além que qualquer lycan ou sucumbus, creio que por ser híbrida.

Lucian - O raciocínio dela é impecável em batalha, sempre estava cinco a seis golpes há frente do inimigo, era impossível prever seus ataques, eu já tinha o apelido de Morte na época, pois todos sucumbus que caçava eu conseguia encontrar e matar.

Lucian - Então durante aquele ano ela ficou ao meu lado na batalha, via através de meus pontos cegos e era a melhor em camuflagem, os próprios sucumbus começaram a falar que ela parecia sombra por suas habilidades, por lutar sempre comigo a sombra da morte pegou e algumas pessoas nos associaram como pai e filha.

Lucian - Nós dois éramos implacáveis juntos e quando derrotamos todos os inimigos, matamos cada um dos sucumbus de Erebus também.

Lucian - Achei que ela viria comigo, Erebus certamente a mataria pela traição, mas ela quis voltar para o palácio, foi então que ela me contou.

Lucian - Ela e Erebus tem um pacto de sangue, não sei quais são todas as suas condições, mas ele, seu filho e seus sucumbus não podiam tocar ela, assim como ela não pode matar ele e Marcus.

Lucian - Ela é livre, sem encantamentos ou qualquer outra coisa, mas tenho certeza que tem algo em seu pacto que a mantém lá.

Rael – Entendo, mas por que Erebus a mandava para as batalhas já que tinham um pacto?

Lucian – Como eu disse, ele, Marcos e seus Sucumbus não podiam tocar ela, mas outros sucumbus inimigos podiam fazer o trabalho sujo, exatamente por isso ele quis mandar ela tão jovem e despreparada para luta, ele nunca imaginou que ela se tornaria seu trunfo.

Rael – Como assim, seu trunfo?

Lucian - Ela virou a melhor, a Sombra da morte era conhecida por todos, Erebus ganhou nome e poder, pois, metia medo em todos tendo ela do seu lado.

Lucian – Ela era enviada só nas piores missões, muitas vezes pedia minha ajuda.

Lucian – Ela sempre dizia que tínhamos que matar todos os lideres sucumbus até só sobrar Erebus, ela contava comigo para que eu matasse o máximo deles, extinguir a raça completamente e para Erebus ela sempre teve um plano, algo que somente ela sabe.

Lucian – Muitas vezes esse lugar esteve na mira de sucumbus, as vezes eu mesmo avisava a Mabel e ela largava tudo, até suas batalhas, mas nunca deixou que eles se aproximassem daqui, incluindo Erebus.

Lucian - Na verdade, nada vai tirar da minha cabeça que uma das condições dela estar lá é ele não vir para essas bandas, Erebus sempre quis essas terras, André sabe disso melhor que ninguém e quando ela foi com ele, nunca mais ouve um ataque grande aqui.

Rael – Faz todo sentido, mas esse pacto dificulta muito as coisas para nós, sem saber essas condições é impossível tirar ela de lá, ela pode acabar morrendo.

Lucian – Tem razão, por isso a única forma de trazer ela é o próprio Erebus a libertar do pacto.

Então eu falo.

Derek - Ou matamos ele.

E Mia fala apressadamente.

Mia – Não tem como, tentamos matar Erebus uma vez, quando ele é cortado por nós lobos, ela é quem sangra.

Mia – Nunca mais tentamos fugir ou mata-lo por isso, Mabel levava todas surras por nós, nos dava comida e água escondido sempre, ela ficava meses sem se alimentar para nos dar a sua comida, ela mentia e inventava orgias com 15 ou mais escravos quando voltava das guerras só para eles pudessem se fartar nos banquetes que Erebus oferecia a ela por cada luta ganha e o que sobrava ela levava escondido para os outros nas suas roupas, sempre que via alguma de nós machucada quase matava Marcus por ter nos tocado, mesmo sabendo que ficaria igualmente ferida, ela não parava até chegar no seu limite.

Mia - Tudo que eles sentem ela sente também, mas ao contrário não, desde que não seja feito pelas mãos deles.

Mia - Quando a Mabel foi para a primeira batalha, essa mesma que Lucian está falando, ainda não tínhamos sido capturados, em sua volta nós já estávamos lá e transformados, ela nem mesmo viu o Alec e todas as maldades que fizeram com ele para tirar o máximo de sangue possível.

Mia - Quando Erebus viu o que ela fez com seus sucumbus quase a matou de surra, no mesmo dia ele caio de cama, só se recuperou quando ela se recuperou também e daí em diante quem aplicava as surras nela eram as bruxas.