...Mabel on....
Eu não tenho ideia de como a alcateia está depois de todos esses anos, não sei se o meu pai ainda é o alfa, mas essa é a única esperança para eles.
Erebus tinha um lycan apenas e era o meu primo de criação Alec.
Alec veio comigo quando éramos pequenos, a intenção do Erebus inicialmente não era criar mais lycans e sim, usar os meus poderes para nos destruir.
Afinal a única espécie com maior número e força que os sucumbus é a nossa, sem contar que as nossas mordidas são fatais para eles, mas quando ele se aliou a essas duas bruxas e achou uma forma de nos prender com magia, começou a nos usar como soldados de guerra contra outros líderes sucumbus e legiões de bruxas.
Alec foi forçado a dar todo o seu sangue para mais de 300 humanos serem transformados em lycans e acabou morrendo no processo.
Com ajuda das bruxas, Erebus conseguiu fazer o ritual de transformação e dos 384 humanos, 226 conseguiram se transformar em lycans, infelizmente os outros não resistiram.
Eu tinha 12 anos quando me trouxeram para cá, desde então, sonho com o dia que vou poder libertar os meus irmãos e hoje eu vou conseguir, pelo Alec, eu juro que vou conseguir.
Entro no salão principal do palácio já sabendo o que fazer, felizmente sou muito boa em jogar com as palavras.
Respiro fundo e dou três passos.
Mabel – Ouvi relatos de um dos guardas, parece que Marcus está em um bordel humano na cidade vizinha.
Vai bruxa, preciso que caia no papo...
Bruxa – Aquele idiota vai arrumar um problema justo quando o Lorde não está.
Boooooa Mabel.
Mabel - Não tem com o que se preocupar, Lorde Erebus voltará logo e resolve isso em instantes.
A bruxa me olha com cara de espanto.
YEEEEAS, deixei ela apavorada.
Hora do golpe final.
Mabel - Bom, só será um problema se o Marcus beber muito e resolver deitar com uma das moças, talvez ele deite com todas.
Mabel - Sabe o que dizem sobre ele, não é? Talvez seja demais para uma humana aguentar.
Fim de jogo bruxa velha.
Bruxa - Vá atrás dele agora Mabel.
Mabel - Não posso, o Lorde Erebus me proibiu de sair na ausência dele, talvez seja porque ele já saiba que você sozinha não dá conta do Marcus.
Mabel - Bom, vou ligar para o Lorde, assim como ele ordenou em casos de emergência, tenho certeza que ele retornará imediatamente, com licença.
E finjo que vou sair.
Bruxa - Não ouse me desafiar cadelinha suja, eu ligo para o Lorde.
Bruxa - Afinal, eu estou no comando na falta dele e você fique de guarda com os outros, vou atrás do Marcus também.
Aaaaaa desgraçada, mas eu ainda meto a mão na sua cara um dia, bode velho.
Mabel - Mas é claro, boa sorte se-nho-ra.
E sai a bruxa bufando e batendo os pés.
Bom, essa foi fácil, agora próximo passo.
É só chamar o Marcus que obviamente está dormindo bêbado, falar para ele ir atrás da bruxa na direção oposta da que mandei ela ir.
...(Marcus)...
Falando em Marcus, não existem palavras que resumam o meu ódio e nojo por ele, desde que vim para o palácio a única coisa que manteve as suas garras fora de mim, foram as guerras pelas quais Erebus me enviava, o que não eram nada mais fáceis do que lidar com ele.
Ele é filho de sangue do Erebus, de quando ainda eram humanos, pois estes seres nojentos não procriam, felizmente.
Marcus é um abusador nojento da pior espécie, nunca conseguiu encostar em mim por medo, aprendi muito em batalha, mas isso nunca o impediu de fazer o que queria com as lycans escravas quando eu não estava por perto.
Ele adorava quando eu estava nas missões de Erebus ou nas guerras, assim ele podia fazer o que queria sem ninguém para o impedir.
Eu chorava durante horas nas missões e nos campos de batalha, sabendo o que ele estaria fazendo com minhas irmãs enquanto eu estava longe.
Odeio ele, quero ter o prazer de matá-lo.
Saio do meu devaneio, vou até o seu quarto, lá está ele dormindo, já é quase noite, ouvi um dos sucumbus falando para outro, que o infeliz virou a noite bebendo e açoitando um lycan escravo por ter pego uma laranja estragada que já tinha ido para o lixo.
Meus irmãos passam fome e ainda não podem comer lixo.
Se eu estivesse aqui....
Paro e respiro fundo.
Se eu estivesse aqui, não faria diferença alguma, eu tenho minhas mãos atadas.
Eu estou com tanto ódio, por mim o mataria aí mesmo, mas não posso estragar tudo, é a chance que eu tenho de soltar todos meus irmãos.
Chuto a cama.
Mabel - Acorda inútil nojento, a bruxa velha sumiu, os sucumbus estão surrando por aí que ela foi até a casa velha para pegar poções, deve estar tramando algo contra o Lorde e ele logo vai chegar.
Marcus - Mas que merdä rata, não fizeste nada?
Mabel - O Lorde me proibiu de sair, no mínimo para ficar de sua babá, agora levanta e dá um jeito nisso.
Ele levanta bufando todo torto, coloca uma roupa e sai me xingando para o além, quando ele cruza a porta, começo a pôr meu plano em prática.
Tenho uma hora, mandei os dois para lados opostos, Erebus vem em duas horas ou mais, é agora.
Coloco uma de minhas roupas de batalha e vou.
Eu pego um sucumbus de cada vez, não é à toa que me chamam de Sombra, nenhum deles me notou e já foi mais da metade.
Como eles ficam espalhados pelo palácio, consigo matar todos, sem muita preocupação.
Chego nas masmorras e abro todas celas, levo meus irmãos para os fundos do palácio, onde eu já tinha deixado uma saída pronta pela floresta.
Tudo já estava arquitetado a muito tempo, foram anos de trabalho, aqui tem roupas, suprimentos e dinheiro, tudo o que pude deixar pronto para esse dia eu fiz e agora é a hora difícil, tenho que baixar o véu do encantamento.
É nessa parte que as coisas ficam muito complicadas, o encantamento é como um escudo em volta do palácio e eu tenho que abrir uma fenda.
Assim que eu usar minha magia as duas bruxas sentirão, vão vir correndo me matar e junto com elas, Erebus.
Tenho que ganhar o máximo de tempo para meus irmãos passarem, não vou fraquejar.
E então eu começo...
Coloco minhas duas mãos no chão e imagino o escudo abrindo, uso a terra, o ar, a água do meu corpo e o fogo começa a sair das minhas mãos.
Sinto meu lado lobo que está adormecido se debater no meu interior, minha cabeça começa a latejar e comprimir.
Meus ossos parecem quebrar, mas não paro.
Eu tentei tantas e tantas vezes esse mesmo feitiço, só para esse momento, não vou desistir agora.
E o escudo começar a dissolver em um ponto, como um buraco.
Mabel – Rápido, corram todos, sigam as trilhas que deixei preparadas, vocês vão conseguir.
Ron é um dos lycans mais fortes e é totalmente leal a mim.
Então dei todas as instruções a ele e o deixei de responsável por todos.
Minha amiga Mia vai auxiliar e também mostrei todas as formas de como chegar na alcateia, ela é minha maior confidente, sabe quase tudo sobre mim e minha trajetória.
Ela entende o que devo fazer e vai me ajudar, por mais que isso acabe com ela.
Então Ron me olha, esperando eu passar pelo escudo.
Ron - Mabel todos já passaram, é sua vez.
Eu olho para Mia que já sabe o que fazer.
Mia – Ron segue com os outros, eu e a Mabel vamos colocar algumas armadilhas no perímetro para ganhar mais tempo.
Ron – Está bem.
Esperamos um tempo apenas nos olhando, não tem como eu passar, eu não aguentaria, preciso ganhar tempo e ela sabe disso, sempre soube....
A missão não era me salvar e sim salvar todos eles.
Mabel - Vai minha amiga, não vacila agora, preciso que seja forte e continue sem mim.
Chorando, Mia me olha uma última vez.
...Mia...
Mia - Aguenta firme amiga, por favor eu vou voltar, eu vou voltar com todos fortes o suficiente para te resgatar, eu prometo.
Eu concordo com a cabeça e ela vai.
Sinto que estou caindo...
...Tudo está escuro...
...E eu, apago.
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Atualizado até capítulo 161
Comments
Ana Regina Fernandes Raposo
A MORTE NO MÍNIMO, SERÁ QUE ELA E A PRINCIPAL, AI TEM CHANCE.
2025-01-26
0
Fátima Ramos
O que será que vão fazer com ela, qual será o castigo
2025-01-21
0
Lidiane Ferreira
que triste. ela ficando pelo bem de todos
2024-02-14
6