A Menina Rica E O Domador De Cavalos
Helena Mendes de Sá: Linda, humilde, boa de coração. Sua maior fraqueza: O pai, sempre o amou demais e nunca conseguiu dizer não para suas ordens.
A
Antônio Mendes de Sá, um dos homens mais ricos, poderosos e influentes do Brasil. Acostumado a todos obedecerem suas ordens. Rígido, frio e controlador. Sua maior fraqueza: a filha Helena, pensa que sabe o que é melhor pra ela,, toma as decisões da.vida dela sem consultá-la. Acha a filha inconsequente e irresponsáve
Clara a melhor amiga de Helena, alegre, divertida, espontânea. Será capaz de tudo pela felicidade da amiga.
Antônio estava preocupado com sua filha, ela já não era mais uma menina, aliás, já estava em idade de encontrar alguém para formar uma família, porém Helena parecia não estar preocupada com isso, acabara de terminar a especialização em clinica pediatria e acabara de voltar do exterior, chegava tarde em casa todas as noites, isso quanto ela chegava, o que estava causando muitos atritos com seu pai.
Mas também ela queria aproveitar todo o tempo perdido quando vivera fora do país, rever os amigos, dançar, beber, se divertir, pois antes não pudera por ter que se dedicar aos seus estudos, profissão esta que ela nunca fez questão de ter, o fez por exigência de seu pai.
A família de Helena era rica e poderosa, os Mendes de Sá. O pai de Helena, apesar de ser dono de uma grande fazenda de café em Minas Gerais, morava com a família na capital de São Paulo e tinha várias propriedades e negócio tanto em SP quanto em MG.
Antônio, por ser poderoso queria um futuro maravilhoso para sua filha, um futuro de luxo, ao lado de um homem bem sucedido, que de alguma forma pudesse formar aliança financeira com a família e lhe trazer benefício, e também pudesse dar a Helena uma vida luxuosa.
E ele já tinha escolhido quem seria essa pessoa, Gabriel Alcântara da Silva, filho do deputado Alcântara. Aliás, já havia feito todos os acertos para que ambos se casassem. Negociara a filha como se ela fosse um bem precioso, mas é claro, interessado nas vantagens financeiras voltadas para ele e para o aumento de seu império.
Esperou Helena chegar em casa depois da Clinica, porém mais uma vez ela não chegou....
Era fim de expediente e Clara, amiga de Helena liga para ela:
- Heli... Vamos sair para beber e conversar hoje? Estou precisando me distrair tive um dia estressante no trabalho!
Helena estava cansada, mas como negar algo para sua melhor amiga?
- Vamos sim Clarinha, e aonde iremos?
- Tem um barzinho novo que acabou de inaugurar, com ótimos drinks e dizem que muitos gatos! Disse Clara.
- Você não tem jeito mesmo né? Não dá ponto sem nó!
- Claro Heli, você conhece forma melhor de descontrair do que com os gatinhos!
- Tudo bem então, mas preciso passar em casa para um bom banho e trocar de roupa! Disse Helena.
- Não! Vamos direto para a minha casa, toma banho lá e iniciamos os trabalhos com um espumante que tenho gelado esperando por nós! Falou dando risada. Vamos? Vai ser divertido! Se você for pra casa, capaz do teu pai ficar te empatando e você nem sair, como sempre ele faz! Alias, você precisa mudar amiga. Não pode deixar seu pai decidir sua vida.
- É amiga, você tem razão, vou fazer isso...
E assim Helena foi direto para a casa de Clara, tomou banho, colocou uma de suas roupas, escolheu a menos provocante, o que era difícil de encontrar em meio às roupas de Clara.
As duas eram muito diferente, Helena era mais discreta, tinha uma beleza única. Tinha os cabelos castanhos, longos e levemente encaracolados, muito sedosos, e seu corpo era muito bonito, com seios grandes, mais que conviviam harmoniosamente com o resto do seu corpo, magra, com uma cintura fina e um belo bumbum e os olhos grandes cor de mel. Vestia-se sempre comportadamente, porém, não dispensava um decote a fim de mostrar o que Deus havia lhe dado.
Já Clarinha não era menos bonita, era loira, com belos olhos azuis, magra, com um corpo invejado por muitas, pele bronzeada, cabelos longos e lisos. Vestia-se sempre sexy e tinha uma autoconfiança como poucas pessoas, sabia que era bonita e usava isso na arte da sedução. Sempre que saia flertava com alguém.
No barzinho falavam sobre a vida de Helena fora do país e o quanto ela não aproveitou os tempos de juventude. Não que ela fosse velha, mas por ser uma mulher rica, sempre estudou nos melhores colégios e teve uma das melhores educações. Porém seu pai escolheu internatos com regras rígidas.
A diversão ficava somente quando vinha de férias, e somente depois que conheceu Clara. Ambas eram amigas de longa data, e Clarinha sempre trouxe vida para a vida rígida que Helena levava.
Nos tempos de faculdade tinha que estudar muito pois medicina exige muito da pessoa, e uma das qualidades de Helena que ela sempre gostou de fazer tudo bem feito quando se propunha a fazer alguma coisa, portanto não sobrava tempo para festas e baladas, e então a especialização fora do país. Quem determinou que Helena fosse médica foi seu pai, ela queria na verdade estudar veterinária, se especializar em cavalos. Amava os animais, e amava cavalos, a remetia a uma época de criança que vivera na fazenda em Minas Gerais, época mais feliz que ela podia se lembrar até então.
Enquanto conversavam, Clarinha não perdia tempo e flertava com dois rapazes na mesa ao lado. Não demorou muito para que eles viessem até elas.
- Ola, podemos fazer companhia para vocês? Respondeu o mais simpático.
- Claro, disse Clarinha toda animada, - Me chamo Clara e essa é minha amiga Helena!
- Eu sou o Gustavo e esse é o Gabriel.
Trocaram cumprimentos e sentaram-se todos na mesma mesa.
Gustavo era um homem bonito, moreno, forte olhos negros e penetrantes e cabelos castanhos. Era simpático, educado, alegre, divertido. Clarinha ficou encantada com ele.
Já Gabriel também era bonito, louro, olhos verdes, também forte, dava pra ver que era elegante e fino. Porém aos contrário de Gustavo, já no inicio da conversa percebia-se que era um homem soberbo, que se achava superior a todos, fazia comentários machistas. Tratava mal os garçons e ria e debochava das pessoas mais humildes.
Gustavo ficou incomodado com a atitude do amigo e pediu desculpa para as meninas, disse que era culpa do álcool.
- Não é culpa do álcool não. Aproveitem meninas, aproveitem porque logo, logo, o melhor partido de São Paulo vai estar comprometido. E essa felizarda vai ter vida de rainha, mas terá que andar na linha, será meu troféu e terá que condizer comigo. Deverá ser obediente a mim e como toda mulher descente fazer o que seu marido mandar. Dizia Gabriel.
As amigas começaram a criar ranço de tamanha arrogância e soberba, e principalmente da forma como ele via as mulheres. Como pessoas sem personalidade, que nasceram para viver em função dos maridos. Tinha pena dele, alguém que pensa assim com certeza não teve uma boa mãe, e fora criado à sombra de um pai com os mesmos pensamentos.
Helena sabia melhor do que ninguém o que é ser criada por um pai autoritário, que se sente o dono do mundo. Porém o caráter da pessoa tende a se destacar, apesar do pai que tinha sempre foi humilde e tratou bem todos, indiferente da classe social. Talvez por ter vivido o inicio da infância na fazenda e ser criada com liberdade por D. Rosa, sua Bá de coração.
Incomodado com a atitude de Gabriel, Gustavo decide que está na hora de ir embora. Despede-se de Clarinha, depois de trocaram contato e então vão embora.
As amigas decidem que é hora de ir também, vão para a casa de Clara, e Helena resolve ficar por lá. Ficam conversando até tarde, sobre os acontecimentos do dia, sobre a vida, o amor e a amizade. O comportamento de Gabriel fez Helena refletir.
Ela sabia que fora criada com mimos, vestia as melhores roupas, tinha os melhores perfumes e frequentou as melhores escolas. Sempre foi linda, sempre gostou de ser admirada pela sua grande beleza. Mas apesar de todos os mimos que tinha, sempre se sentiu aprisionada, como se vivesse em um mundo de falsidade, de pessoas que ficavam perto dela apenas pelo que ela tinha, e não por serem suas amigas verdadeiras e não por admirá-la pelo que era.
Neste ponto Clarinha fez uma objeção: - Espera aí, me tira fora dessa lista! Eu te amo amiga. Te amo pela pessoa maravilhosa que você é!
- Clarinha você é um ser iluminado, você só traz luz pra minha vida, e queria que todas as pessoas desse mundo pudessem ter uma amiga como você. É claro que você está de fora desta lista. Disse como os olhos cheios de lágrimas, sem saber se era efeito do álcool ou da amizade sincera que sentia pela amiga.
Então Helena continuou refletindo com Clara, tenho os melhores pretendentes que alguém poderia ter, homens belos e bem sucedidos, porém todos fúteis, todos andam ao meu lado como se estivessem exibindo um troféu para a sociedade.
Helena chegou a conclusão de que apesar de ser rica realmente era uma jovem infeliz, sentia como se jamais tivesse nascido para aquela vida, sentia como se seu destino estivesse longe de toda aquela riqueza, de toda aquela vida badalada. Foram diversas vezes que Helena desejara ter nascido pobre, não miserável, mas que pudesse ter uma vida modesta, tivesse um esposo que a amasse e filhos para alegrar a sua casa. Mas nem a profissão ela pode escolher sozinha, sempre teve que fazer as vontades do pai. Neste momento Helena percebe que é exatamente o tipo de mulher que Gabriel disse desejar. Que vive à sombra de um homem: seu pai.
Por algum motivo, nascera rica, seu pai era poderoso, e como todos os pais queria um futuro maravilhoso para sua filha, um futuro de luxo, ao lado de um homem bem sucedido, com um apartamento luxuoso em uma cobertura, na capital do estado.
Mas, Helena, sempre gostou da fazenda, tinha um saudosismo muito grande quando lembrava da sua infância lá, com Dona Rosa, que fazia suas comidas preferidas, e parecia que ainda lembrava do gosto que jamais encontrara algo que se assemelhasse com tamanho sabor. Ah, que saudades Helena tinha, saudades do cheiro do mato, das águas batendo nas pedras, dos banhos de rio, da cachoeira maravilhosa que tinha naquele lugar, dos passeios a cavalo, de comer manga direto do pé. Lembrava de cada detalhe de sua infância, de quando era deixada livre por lá, de quando podia se sujar e ninguém lhe chamava a atenção. Helena sempre ia para a fazenda com seu pai, pois a mãe nunca gostou de lá, então enquanto o pai tratava dos assuntos da fazenda deixava a pequena sob os cuidados de Dona Rosa, que com a ajuda da filha Maria, deixavam a criança viver como tal, viver como toda criança deveria ter a oportunidade de viver, de andar descalço pela grama, de se sujar no barro, de correr, brincar, e viver sem medo da maldade que hoje o mundo as cerca.
Porém quando a menina ganhou idade de ir para a escola, foi mandada para estudar em um colégio interno, e depois foi para a faculdade, onde cursou Medicina, e nunca mais voltou para a fazenda, guardando apenas em sua mente as lembranças de lá, lembranças da única época em que se sentira realmente feliz!
- E porque você não volta pra fazenda Helena? Já está na hora de você tomar as rédeas da sua vida. Seu pai não pode obrigar você a fazer o que ele quer! Não é assim que a vida funciona, estamos em meio ao século XXI!
Helena sabia que a amiga estava certa, mas ela amava o pai, apesar de todos os seus defeitos. Sabia que ele queria o melhor para ela sempre.
- Vamos dormir porque essa conversa ficou muito melancólica! Disse para a amiga.
Então as duas tomaram banho e foram para o quarto
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 62
Comments
Anne🌹
A estória parece ser muito boa.
2024-08-04
0
Joelma Anjos
começando a ler 12/03/24
2024-03-13
1
Franceily Pontes
hoje as 22:48 da noite na data 18/11/2023 começo a ler essa história que parece prometer grandes emoções 😉
2023-11-19
1