Amor Complicado

Amor Complicado

No olho do Furacão

Mais uma noite desperdiçada, mais três encontros totalmente fracassado em apenas um dia — Que novidade! —, mais uma noite totalmente sobre o controle da dona Elisa, e é claro, horas perdidas que eu poderia ter usado para dormir. Mas ao invés de está na minha cama, estou em algum lugar das ruas de Los Angeles, à mais das 23h tentando me lembrar onde estacionei minha moto e quase tomando a decisão de pegar um táxi — se essa rua totalmente deserta passasse algum. Esses encontros estava acabando totalmente comigo.

Que saco!

Teria que optar pelo plano B.

Enquanto caminhava pela calçada, peguei meu celular e liguei para a única pessoa que poderia está disponível naquele momento.

— Alô, Otávio?!

— No momento estou ocupado dormindo, então deixe seu recado e até amanhã.— A voz dele era de uma pessoa que tinha acabado de ser tirada de seu sonho.

Bem, eu não tinha outra opção. Odiava ficar perturbando as pessoas, principalmente a essa hora da noite. Mas fazer o quê? Não dizem que é para isso que servem os amigos, para ajudar quando se precisa.

— Otávio, pare de brincadeira. Preciso que você venha me buscar, estou perdido em algum lugar.

— Por que você não liga para a Mônica?! Sabe, eu não sou seu motorista.— ele parecia irritado e bocejava enquanto falava.— Em falar nisso, por que não liga para o motorista da sua mãe?!

Tinha motivos muito plausíveis e justificáveis para isso.

Se ligasse para Mônica essa hora, ela desligaria na minha cara ou prior, me mataria depois de me levar para meu apartamento.

Não queria sangue por todo meu apartamento.

Se ligasse para o motorista, ele contaria tudo para minha mãe. Então, ela passaria a noite me ligando por causa dos encontros e me mataria quando descobrisse como foram.

Eu não queria morrer.

Ou seja, essas duas opções estavam totalmente fora de questão. Já tinha problemas suficiente para lidar, que nem tinha sido eu as causar. Por isso só tinha sobrado esse loiro para vim me socorrer, eu sabia que era um saco sair da sua casa essa hora para vim me encontrar, mas não custava nada me fazer esse pequeno favor.

— Otávio dar para fazer isso só dessa vez? Juro que não vai te matar.

— Tudo bem, mas antes me fala como foi os seus encontros?.— ele já parecia está bem acordado.

Quando se tratava da minha vida amorosa todos estavam dispostos a conversar.

— Bem... foi... mais ou menos.

Mentira, foram completamente horríveis.

Encontro do café da manhã...

Minha mãe tinha marcado meu primeiro encontro a cegas do dia, em uma cafeteria as 8h. Como se eu tivesse com tanta vontade de levantar e sair com uma garota que nunca tinha visto na vida. Mas minha mãe me faria em pedacinhos se soubesse que eu não apareci, assim como fiz quando essa coisa de encontro às cegas começou, à 2 meses atrás. E depois de todo esse tempo sem nenhum resultado, não entendia como ela não tinha desistido ainda.

Quando cheguei a cafeteria meia hora atrasado, uma moça loira, baixa e de olhos pretos me olhava da cabeça aos pés com um sorriso, — com certeza minha candidata 1⁰ do dia, Vanessa. —, me aproximei e sentei do outro lado da mesa.

— Bom dia. Desculpe pelo atraso, mas tive um pequeno problema no caminho.— minha cama não queria me dizer adeus.

— Tudo bem, não se incomode com isso. Então me fala, o que você faz Victor?.— ela apoiou seu queixo nas suas mãos, me observando.

Ela sabia o que eu fazia. Que eu era presidente de uma empresa que trabalhava na elaboração de videogames de estratégia. Não apenas isso, mas ela também sabia muito bem quem era minha família e que tinha um grande futuro pela frente. Pelo menos era isso que saia nas revistas e sites de negócios.

Depois dessa pergunta sobre mim, a conversa se voltou totalmente para ela, ou seja, todas as suas qualidades e como ela seria uma ótima namorada para mim. E enquanto ela falava e falava, eu não parava de olhar para o relógio. Meu combinado com a dona Elisa era de ficar uma hora por encontro.

Então quando se passou exatamente isso.

— Bem, foi um encontro realmente ótimo, mas eu meio que já tenho que ir.— disse me levantando, mas ela segurou o meu braço, me impedindo.

— Esperar! Que tal marcamos um outro encontro? Aposto que você irá adorar.

— Desculpa, mas acho que essa não é uma boa ideia.

— Mas eu sou perfeita para você, olha só para mim.

E eu olhei... ela era realmente linda, nossa! Muito linda, isso não dava para negar. Mas não tinha nada em mim que queria repetir esse encontro, eu quase dormir quinze minutos depois do início da conversa. Foi tudo um saco.

Então me soltei de seus braços e lhe fiz prestar atenção em minhas palavras.

— Sinto muito, mas isso não vai dar certo, então até mais.

Nem esperei ela responder, apenas sair o mais rápido que pude. Nesses encontros eu aprendi uma coisa muito importante: Se a garota ou garoto continuar insistindo que vocês devem ficar juntos, saia o mais rápido possível e sem olhar para trás. E na maioria dos meus encontros, todas insistem em mim manter ao lado delas.

Encontro do almoço...

Eu acho que não tem nada para contar de diferente nesse encontro, aconteceu a mesma coisa de sempre. Fomos nos encontrar em um restaurante no centro e sentamos em uma mesa do lado da janela. A garota era morena, de olhos azuis e corpo bem definido — minha 2⁰ candidata do dia, Lívia —, muito linda, da cabeça aos pés. Todas as candidatas eram lindas. O que tornava as coisas muito chatas.

Sempre começamos com a mesma pergunta “o que você faz?” e depois pulávamos para a lista de porquês elas seriam maravilhosas para serem minhas namoradas. Eu sabia muito bem que minha mãe era responsável por isso. Ela mandava as garotas jogarem na minha cara todas as suas qualidades, para que eu de alguma forma aceitasse namora-las.

No fim, quando o tempo acabou, me levantei da mesa.

— Desculpa, mas está na hora de eu voltar a empresa.— E novamente meu braço foi segurando.

— Você não pode ir embora! Temos muito o que conversar e nosso encontro está indo muito bem.— o encontro estava indo totalmente o oposto de bem.

E era agora que eu falava minha deixar e saia correndo o mais rápido possível.

— Realmente me desculpe, mas não temos nada em comum. Então, é melhor terminarmos por aqui.

E quando ela percebeu, já tinha saído pelas portas de vidro do restaurante e já estava pegando minha moto.

Encontro do jantar...

Nem vou dizer como o encontro começou, porque não foi nada de incomum. Então vou pular para o fim, que foi a parte onde me dei mal.

Minha 3⁰ candidata do dia, era Olivia. Uma mulher de cabelos ruivos, com olhos castanhos e de corpo escultural, muito linda, como as outras. Como sempre esperei o tempo acabar, mas dessa vez não conseguir ser rápido o suficiente para ir embora em seguida, porque ela correu até a porta do restaurante e se colocou na frente, me impedindo de sair. E então a bagunça começou.

— Você se acha muito bom para qualquer garota não é?!!.— deu início a gritaria.

— Não é nada disso. Você é linda, mas não vamos dar certo. É apenas isso.— Eu tentava a calmar vendo que todos os clientes estavam olhando para nós.

— Olha aqui! Eu não perdi todo esse tempo aqui para nada, você não vai me fazer de idiota como as outras!!!

Onde estavam os seguranças desse restaurante nessas horas?

Acho que teria que me virar sozinho...

— Tudo bem. Olha, me espere um minuto que vou te levar para casa e no caminho a gente pode marcar outro encontro. Só me espere um minuto enquanto vou pagar a conta, tudo bem?

Sua expressão séria e descontrolada aos poucos começou a se esvair. Parece que tinha a deixado mais calma.

— Certo. Mas não vou sair daqui até que você volte.

— Está bem, só espere aqui.

Então aos poucos comecei a me distanciar dela e de sua loucura, indo pagar a contar como tinha dito. Mas tinha uma coisa que não sairia como eu tinha dito.

Eu não iria voltar.

Assim que paguei a conta, fui direto para o banheiro, sem que a maluca me visse. E para minha sorte e salvação tinha uma janela que dava para os fundos do restaurante. Era pequena, mas dava de pular. E foi exatamente o que fiz.

Dona Elisa, o que você me faz passar...

Após isso, fui direto para a rua. Mas tinha um outro problema, tinha estacionado minha moto um pouco longe do restaurante, por um motivo que não sabia, e para completar não conhecia esse bairro. Com certeza foi plano daquela ruiva.

Tempo atual...

E assim acabei perdido em uma rua totalmente deserta e desconhecida. Nem sabia se Otávio conseguiria me achar.

— Em outras palavras foi h0rrív3l, um desastre, algo que você nunca vai esquecer na vida.— Otávio não sabia o que tinha acontecido, mas ele me conhecia muito bem.

— Não poderia ter dito com palavras melhores.— E não poderia mesmo, foi meus piores encontros desde que eles começaram. — Mas então vai vim me encontrar de alguma forma?! Posso te dar o endereço do restaurante, aí você roda a área para ver se me encontra.

— Tudo bem... tudo bem. Me fala onde fica isso.

Eu ia passar o endereço, mas de repente um barulho a frente chamou minha atenção, e sem saber direito comecei a caminhar em direção a ele e quando dei por mim ouvir uma voz feminina saindo de dentro de um beco.

— Victor, estou esperando! Victor, você está aí...?!

— Espera um pouco...— sem deixá-lo dizer mais nada, abaixei meu celular e fui em direção ao beco.

Victor, não vai se meter em problemas, isso pode ser muito problemático... Então não se...

Tarde demais para escutar a minha voz interior e a razão. Lá estava eu, dentro do beco, encarando três homens do tamanho de um pote, que pareciam está atrás de uma mulher que estava nas sombras e que não conseguia a ver direito.

Muito bem, faça alguma coisa Victor.

— Deixem a garota em paz ou vou chamar a polícia!.— sério que foi o melhor que pude dizer?

No mesmo instante os três homens, vieram na minha direção à passos lentos, me fazendo recuar um pouco.

Por que você não escutou sua voz interior?!

Fechei os olhos, já esperando minha morte, e que encontrassem meu cadáver no dia seguinte. Mas depois de dois minutos esperando, nada veio, e tudo que escutei foi o som de algo caindo.

Então aos poucos abrir meus olhos, e assim me deparei com os três caras inconsciente no chão.

— Não precisa chorar, eles vão dormir por um bom tempo.— Era a mesma voz feminina que tinha ouvido a pouco.

Tirei meus olhos dos três homens e me concentrei na garota que vinha em minha direção, segurando um pedaço de ferro nas mãos — isso explicava o desmaio dos caras. Ainda não conseguia a ver perfeitamente, mas a forma de seu corpo era totalmente visível.

Aos poucos começou a se aproximar, até que ficasse a poucos passos de mim e que eu pudesse finalmente a visualizar melhor.

Cabelo loiro, corpo esbelto e olhos verdes, ela era maravi...

— Obrigada por os distraí bebê chorão.— disse antes que pudesse concluir a minha análise.

— De... de.. de nada.— droga eu estava gaguejando?

Ela me chamou de quer?

— Você...— Ela ia dizer mais alguma coisa, mas então ouviu passos vindo da calçada.— Pode me emprestar sua boca?!

Eu tinha ouvido direto?

— Como?!

Ela nem me respondeu, apenas pegou no coladinho da minha camisa branca e me jogou conta a parede mais próxima, me beijando em seguida sem hesitar. Enquanto ela me beijava seus olhos estava na calçada, observando pelo menos mais 5 homens passando, sem olha para nós.

Mas enquanto ela fazia isso, eu olhava para seus olhos verdes, que tinham me hipnotizado desde de que tinha me jogado nessa parede, assim como o beijo.

Logo que ela percebeu que não tinha mais ninguém, se afastou de mim, se dirigindo para fora do beco, me deixando totalmente desorientado. Mas antes de ir definitivamente, parou e se virou para mim.

— Obrigada por sua ajudar.— ela sorriu, fechando seus olhos simultaneamente.— e aproposito. Meu nome é Angela.

E então ela se foi... sem que eu pudesse abrir a boca em resposta.

Ela parecia gentil, mas ao mesmo tempo assustadora...

Fiquei encarando a rua por um longo tempo, pensando de onde aquela mulher tinha surgido. Tão bonita e fascinante... E...

Eu ia continua naquela paralisia por mais algum tempo, se não tivesse ouvindo um barulho vindo do meu celular. O peguei novamente do meu bolso, me lembrando de Otávio.

— O que houve Victor?! Ouvir uns barulhos...

— Acabei de passar por um furacão...— disse ainda olhando em direção à rua.

Acho que ainda estava meio zonzo e perturbado com o que tinha acontecido.

— O quer?! Você por acaso bebeu?!

Revirei meus olhos castanhos.

— Esquece, apenas preste atenção para que possa vim me buscar...

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Comments

Marisa Santos

Marisa Santos

vou parar de ler esse livro. o português é péssimo. não consigo continuar. lamentável.

2022-10-09

3

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