CAPÍTULO DEZESSEIS

Derick olha mais uma vez para cada um e começa a rir.

 — Não sabia que você é comediante, Benedict. - ele continua rindo. - Você é sempre visto ao lado de várias beldades, é invejado por todos os homens por causa disso, e se casou com a  Monica? Meu Deus! Vou morrer de tanto rir! - Derick sai da sala gargalhando.

 — Você esqueceu isso no carro. - Ben entrega a pasta de Monica.

 — Por que fez isso? Por que contou a ele?

 — Eu sabia que ele não iria acreditar, e eu tinha que fazer com que parasse de ficar te importunando.

 — Mas e se ele acreditasse, Ben? Ele poderia ir aos jornais, e…

 — Diriam que ele é louco. - ele a interrompe suavemente. - É como ele disse, sou visto com várias beldades, ninguém acreditaria nele. Pelo menos agora ele não vai te aborrecer com isso. Não tão cedo.

 — Quero ir para casa. - ela suspira pesadamente. - Não gosto mais do ambiente daqui.

 — Pegue suas coisas e diga isso ao Dylan. Se quiser vou com você, se não, te espero no carro.

 — Tenho que enfrentá-lo sozinha. Além do mais, quem errou foi ele.

 — Te espero no carro, então. Se você demorar demais, eu entro. Vou levar sua pasta de volta. - ele caminha até a porta, mas para e se vira de volta para ela. - Entre na sala dele sem bater. Vou esperar para assistir isso. - ele ri baixinho e a espera passar por ele.

Confiante, Monica chega à porta da sala de Dylan, respira fundo e entra sem ser anunciada e sem bater.

 — Mas o quê…? - ele começa com rispidez. - Ah! Monica! Que bom que chegou! Tenho uma proposta e alguns projetos para você.

Sua voz cordial chega aos ouvidos de Ben, que ri baixinho mais uma vez, balançando a cabeça, antes de seguir para o carro.

 — Não quero seus novos projetos, Dylan. Estou indo para casa, já não me sinto bem aqui.

 — Mas me parece que Ben vai escolher seus desenhos, Monica. Sua apresentação foi perfeita! Seu entusiasmo, sua eloquência… o brilho nos seus olhos!

Monica se certifica que Ben não está do lado de fora antes de responder.

 — Minha apresentação só foi perfeita porque eu estava pensando na pessoa que amo, Dylan. Meus olhos brilhavam por ele. Substituí seu nome por “joias”. - ela sorri com tristeza. - Aguento tudo o que ele me faz, não porque ele impõe, mas porque o amo e tenho esperança de que um dia ele será diferente comigo. - ela acaba desabafando.

 — Você tem alguém? - ele franze as sobrancelhas. - Nunca ouvi falar sobre isso.

 — E agora eu já falei demais. - ela suspira pesarosa. - Olha, eu não vou trocar de agência até que a nova coleção da Benedict Jewels seja anunciada, mas vou aparecer aqui o menos possível. Como disse, já não me sinto mais tão bem aqui. Agradeço por ter me contratado há um ano, quando eu não tinha nenhuma experiência e tinha apenas minha formação e um curso de aperfeiçoamento, além de um pai que se matou depois de entrar em falência. Nunca vou me esquecer disso. Mas agora eu preciso de um pouco de sossego e, depois, de um novo local de trabalho.

Ela sai sem esperar resposta, deixando Dylan boquiaberto. Roger, o diretor que anunciou que ela faria o design que competiria para ser a nova coleção, tenta falar com ela, mas ela o ignora e sai da agência, percebendo que ele vai para a sala de Dylan.

 — Tudo bem, querida. - ela ouve Ben ao telefone quando abre a porta do carro. - Mais tarde, está bem. - ele sorri e desliga. - O que Dylan falou? - ele pergunta girando a chave na ignição.

 — Elogiou minha apresentação e disse que tem mais projetos para mim, além de uma proposta. - ele olha para ela, antes de começar a movimentar o carro. - Eu recusei. Disse que vou esperar a escolha das joias, mas que não vou aparecer muito aqui.

 — Quer ir a algum lugar?

 — Como assim? - ela o olha espantada.

 — Primeiro: eu não devo satisfações a ninguém. Segundo: faço muitas reuniões de negócios em lugares públicos e inusitados, e todos sabem que você é uma das candidatas em potencial a assinar minha próxima coleção, pois falei isso para a imprensa. Terceiro: você está estressada com as coisas que aconteceram há pouco na Brown. Então eu repito: quer ir a algum lugar?

 — Me leve a algum lugar sossegado. - ela responde com a cabeça encostada no vidro da janela do carro, exibindo um olhar sonhador.

Ben a leva para um spa discreto perto de Ilford, onde nenhum repórter nunca o seguiu, e as pessoas que trabalham lá, também são discretas e totalmente confiáveis.

 — Boa tarde, senhor Smith. - uma mulher aparentando por volta dos quarenta e poucos anos o cumprimenta no balcão. - Mas que linda jovem o acompanha! - ela exibe um sorriso cordial para ambos.

 — Obrigado, Yohanna. - ele retribui o sorriso. - Dessa vez eu vou ficar.

 — Isso é novidade. - ela franze as sobrancelhas, abaixando a voz para que Monica não escute.

 — Sim. - ele não se preocupa que Monica escute. - É a primeira vez que vou acompanhar.

 — Então, como quer que comecemos?

 — Faça o ciclo completo de relaxamento.

 — Isso também é novidade. - agora ela não abaixa a voz, já que ele parece não ter segredos para sua acompanhante. Ben ri baixinho.

 — Então tenho mais uma novidade para você. Vou acompanhá-la na última etapa, e apenas observar nas primeiras. - ele pisca um olho para a atendente.

 — Waw! - Yohanna ri baixinho. - Vou chamar as massagistas e terapeutas.

Ela sai por um corredor à direita, atrás dela.

 — Você traz suas beldades aqui? - Monica pergunta assim que se vê sozinha com ele.

 — Muitas vezes. - ele responde sem rodeios.

 — Mas não as acompanha?

 — Não.

 — Por quê? - ela aproveita que ele não está se recusando a responder.

 — Vários motivos.

 — E por que vai me acompanhar?

 — Não quer que eu fique? - ele a olha nos olhos.

 — Eu não disse isso. - ela sorri levemente. - Apenas quero saber o motivo. - ele suspira.

 — Estou curioso sobre algumas coisas. - Ben omite que está procurando despertar o brilho intenso que viu em seus olhos.

Em quase quatro horas, Monica é massageada e passa por terapias de relaxamento e, em cada uma das etapas, Ben a observa de perto, vendo seus olhos brilharem bastante, mas ainda não chega ao brilho intenso que viu durante a sua apresentação.

A última sessão de Monica, é numa banheira enorme, onde caberiam quatro pessoas fácil e confortavelmente. Além de sais e essências, a água da banheira tem substâncias tanto relaxantes quanto afrodisíacas, e pétalas de rosas vermelhas.

Monica está na banheira, e os jatos de hidromassagem agitam a água e as pétalas de rosas contra a sua pele, a relaxando ainda mais. Ben surge em sua frente num roupão, e o leve ruído de seus passos, chama a atenção dela, que abre os olhos a tempo de apreciar cada movimento que ele faz para despi-lo. Mas o reflexo da água impede Ben de ver o brilho intenso em seus olhos. Ainda assim, ele entra na banheira, se senta ao seu lado e a puxa para se sentar entre suas pernas, apoiada em seu peito e começa a massagear seus seios.

Ela se entrega, deixando sua cabeça arquear contra o peito largo do marido, e o nome dele escapa de seus lábios num gemido de satisfação. Sem pensar, ela se vira de frente para ele, envolve seu pescoço com os braços e sua cintura com suas pernas e deixa que seu pau ereto entre nela suavemente. Ben geme apoiando sua bunda com as mãos e começa a fazer com que ela suba e desça nele suavemente.

 — Me faz gozar, Ben?

Ela sussurra antes de começar a beijá-lo. É a primeira vez em dois anos que ela faz esse pedido. Ben passa um braço em sua cintura, continuando a elevá-la e descê-la, e começa a estimular seu clítoris com a mão que ficou livre. Espasmos de um orgasmo múltiplo sacodem seu corpo e fazem suas paredes comprimi-lo dentro dela, o fazendo gozar também. Monica olha profundamente nos olhos dele.

 — Ben, eu…

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