CAPÍTULO CINCO

Monica se vira para ele, e o assiste perplexa, fechar a porta devagar.

 — O que está fazendo aqui, Ben? - ela pergunta baixinho, com o cenho franzido, tentando não pensar no pior.

 — Minha esposa me ligou… - ele começa a se aproximar dela devagar, com seu meio sorriso cafajeste nos lábios. - talvez ela tenha sentido minha falta… ou talvez eu não a tenha satisfeito o suficiente na noite passada.

Monica engole seco, enquanto ele chega perto, encurralando-a contra a mesa. Ele apoia as mãos no móvel, uma de cada lado do corpo dela. Ela engole seco mais uma vez.

 — O que vão dizer sobre você estar aqui? - sua voz é um sussurro. - Trancado comigo em minha sala… - mais uma vez, ela engole seco, apavorada. - o contrato, Ben.

 — Falei com seus chefes. Eles me disseram que você é a responsável pelos designs da coleção que vai disputar meu próximo lançamento. - sua boca está a centímetros da de Monica.

 — Eles podem nos ouvir… - é sua última tentativa.

 — Meus seguranças estão garantindo que eles não entrem na sala ao lado, nem cheguem perto da porta, então geme baixinho, está bem?

Ele a beija. No início suavemente, depois aprofunda o beijo. Monica começa a se entregar, se esquecendo da própria dor e passa os braços em torno do pescoço dele, mas começa a sentir as mãos de Ben puxando sua saia para cima. Seus olhos fechados se enchem de lágrimas, antecipando o que está por vir.

Ben se ajoelha em sua frente, abaixa um pouco sua calcinha, e começa a estimular seu clítoris com a língua, gentilmente. A sensação é tão boa, que Monica se esquece do que está por vir e, mais uma vez, de sua dor, suas mãos alcançam automaticamente a cabeça de Ben e seus dedos se enterram em seus cabelos macios. Ela geme baixinho alcançando seu orgasmo, sob o comando da habilidosa língua dele.

Quando seu corpo para de convulsionar, ela percebe que foi deitada em sua mesa. Observa Ben tirar três caixinhas do bolso do paletó e colocá-las ao seu lado em cima da mesa. Ele levanta parcialmente o seu corpo, coloca o conteúdo de uma das caixinhas em sua boca, e a faz beber, com um pouco da água da garrafa que ela mantém em cima da mesa. Depois a deita novamente, limpa sua lubrificação vaginal com o lenço que ele sempre carrega no bolso, aplica o conteúdo de outra caixinha, usando um aplicador, dentro de sua vagina e, por fim, aplica a pomada da terceira caixa.

 — Fique deitada por pelo menos trinta minutos. Falei com o médico que te medicou da outra vez que isso aconteceu, e ele disse que era para repetir o tratamento. - ele sorri, olhando nos olhos dela. - Tenho que cuidar do meu parque de diversões, não é?

 — Obrigada, Ben. - ela diz emocionada.

 — Era isso que você queria? Ou era para falar sobre o design? - ele estreita os olhos.

 — Não… eu não te incomodaria por telefone sobre o design.

 — Então era o tratamento? Queria ir ao médico? - ele acaricia seu rosto, exercendo sua espécie de hipnose nela.

 — Eu poderia esperar até mais tarde… - ela sussurra, sob o efeito que ele tem sobre ela.

 — Então o que era, Monica? - sua voz é suave, mas exige uma resposta.

 — Os remédios de minha mãe. - ela sussurra, enquanto suas bocas se aproximam mais uma vez.

 — Então sabe que a noite passada não vai servir para o design, não é? - ele se afasta alguns centímetros.

 — Você já tinha dito que não serviria.

 — Eu sempre posso mudar de ideia, Monica. Você sabe disso.

Ele a beija profundamente. Monica retribui feliz em saber que os remédios de sua mãe serão pagos por mais um mês, e isso é o que lhe importa agora.

 — Ben, posso perguntar por que você não renova automaticamente o pagamento dos remédios dela?

 — E perder você me pedindo por isso com tanto carinho? É claro que não. Esse é nosso vínculo mais forte, querida.

 — Você gosta de me ver me humilhando, não de me ver pedindo com carinho, Ben. - seu rosto expressa sua tristeza. - Suas celebridades não têm que se humilhar dessa forma, têm?

 — Não se compare a elas, Monica! - o rosto de Ben se torna ameaçador. - Estou cuidando de você, não estou? Não sabe sequer agradecer? - ele se afasta nervoso e começa andar de um lado para o outro. - Para que foi eu vim até aqui?

 — Ben, eu estou grata! Juro! - ela começa a se levantar.

 — Não se mexa, Monica. - ele se aproxima de uma vez, e coloca a mão em seu abdômen, para detê-la. Com a voz baixa e dominadora. - O remédio tem que fazer efeito. - sua voz se suaviza um pouco, e Monica encosta as costas de volta na mesa.

 — Me perdoe, Ben. Eu não devia ter falado delas, muito menos ter me comparado a elas. - seu olhar é triste.

 — Está perdoada… dessa vez. Não torne a fazer isso, entendeu? - sua voz é baixa e ameaçadora de novo.

 — Eu vou… - ela engole seco, tentando controlar seu choro. - tentar me… controlar… - um soluço baixo escapa de sua garganta.

 — Por favor, não chore.

Ele a ergue nos braços e se senta em uma das poltronas perto da mesa, com Monica em seu colo, passando suas pernas por cima do braço estofado. Os braços dela envolvem seu pescoço, enquanto sua cabeça repousa no tórax musculoso de Ben. Sua voz grave e suave, embala a canção Love Of My Life, do grupo Queen, que significa Amor Da Minha Vida.

 — Eu sou o amor da sua vida?

 — Que pergunta é essa, Monica? Estou cantando para te acalmar. - seus olhos se encontram. - Está se apaixonando por mim?

 — Por que está sempre me perguntando isso, de um tempo para cá?

 — Para saber o que está se passando com você. Você tem estado diferente.

 — Pode cantar mais um pouco para mim? Sua voz é muito bonita.

Ela muda de assunto sorrindo e Ben volta a cantar, olhando em seus olhos. Algum tempo depois, ele a beija carinhosamente e a coloca sentada em cima da mesa. Veste sua calcinha e a beija novamente.

 — Acredito que já esteja conseguindo andar.

 — Está muito melhor! - ela diz depois de ficar em pé e dar alguns passos. - Obrigada, Ben! - um sorriso largo surge em seus lábios enquanto agradece. - O que vai dizer? O motivo de ter ficado tanto tempo aqui comigo?

 — Estamos em reunião por causa do design da coleção de joias. - seu sorriso torto é estonteante. - E deveremos ter mais algumas. - agora seu sorriso é malicioso. - Entende o que eu quero dizer?

 — Que você vem me visitar mais vezes. - sua voz é um sussurro, assimilando o que ele tem em mente. - Em breve você vai me cobrar mais, pelas coisas que tem feito por mim.

 — Boa menina! - Ben segura seu queixo com suavidade e firmeza, e a beija, enquanto sua outra mão aperta a bunda de Monica. - Vou começar a te cobrar de várias formas. Já passou da hora de você aprender novas modalidades de sexo.

Ben passeia seus longos dedos por sua fenda Inter glútea enquanto a beija. Monica sabe exatamente o que ele quer dizer.

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