Orgulho E Atração

Orgulho E Atração

capítulo 1

Deitada na cama, Ávila pensa no que exatamente a levou aquele momento.

O tictac do relógio a cima dá sua cabeça marcava e alinhava os pensamentos.

A brisa fresca que vinha de uma única janela que estava aberta e ultrapassava os lençóis de linho e ceda que embalavam o seu corpo.

As pinturas no teto, anjos bebês com cachinhos loiros lhes cobrindo a cabeça, nuvens se desfazendo no ar. O pôr do sol dançando no céu em tons de laranja rosa e lilás, nunca lhe ocorreu que essas cores combinassem antes.

As velas, malditas velas. Só havia duas velas acesas, transformando o ar daquele quarto mais misterioso, e sutilmente romântico. As arrumadeiras provavelmente acharam adequado para uma noite de núpcias.

seu marido, há sim, seu marido.

Está atrasado por mais de uma hora, o que certamente é uma baita tentativa de evitar a companhia consciente de Katerina, o que, óbvio, é muito bem-vinda.

O que quer que ele esteja a fazer agora, que continue a fazer até amanhã.

Mas por um instante, Ávila sentiu a dor de ser rejeitada daquela forma, claro que ele claramente não consentiu com essa união, Ávila também não. Óbvio que ela preferiria escolher o seu cônjuge e não ser usada como moeda de troca, mas ela em nenhum momento se quer deu indício de aversão ou repulsa por ele, por mais que muitas das poucas vezes em que se encontraram sentisse uma vontade imensa de gritar e dar-lhe uma tapa no rosto.

Por fim, é melhor que ele a rejeite. Nenhum homem aceitaria ser rejeitado por uma mulher. Principalmente uma mulher como ela.

Ávila encolheu-se na cama, em posição fecal e embalou-se ainda mais nos lençóis, fechou os olhos e forçou-se a tentar dormir.

Por mais uns cinco minutos ela quase conseguiu, até ouvir ruídos vindos do lado de fora do quarto, provavelmente alguém vinha pelo corredor, com passos pesados e as botas fazendo um ruído irritante. Ela normalmente não tinha a audição tão aguçada, mas com todo aquele silêncio, era fácil ouvir até o ruído das formiguinhas.

A pessoa se aproximava cada vez mais dá porta, mais e mais. Até ficar de frente com a mesma. Pela brecha ela observou a sombra das botas. Era ele.

Num salto ela ficou sentada na cama e sentiu um calafrio percorrer o seu corpo, e por um instante ela procurou pelo quarto um lugar onde se esconder, logo Ávila, que sempre se sentir tão pequena, constatou ser grande demais para se esconder.

Ela ouviu ele por a mão na maçaneta e ficou a esperar ele destrancar a porta, mas não a destrancou. Simplesmente pousou a mão ali e não a moveu. A respiração de Ávila estava cada vez mais acelerada pela espera.

Até que se ouviu um clique dá maçaneta, mas a porta não se abriu de imediato. Ele abriu-a lentamente, ainda exitante. A essa altura Ávila já cuidara de sentar-se com postura, com as mãos postas no colo por cima dos lençóis. Recatada e serena, como uma dama, uma dama educada a vida inteira para ser.

Ele escancarou a porta e olhou-a de relance. Não durou mais de dois segundos até voltar o olhar para outro lugar passar pela porta virar-se para ela e fecha- lá novamente.

Seu casaco, o qual usou mais cedo no casamento, estava pendurado num braço. A encharpe que mais cedo estava adornada com um nó, agora está livre, simplesmente pendendo no seu pescoço, a camisa estava desabotoada e os cabelos bagunçados.

Ele certamente estava a beber todas em algum buraco de taberna.

Um ruído decoroso escapou da boca dele, Ávila esforçou-se bastante para se manter neutra. Mas depois dá risada macabra que ele deu foi impossível esconder completamente o medo que percorria o seu corpo.

- Não se preocupe... não irei desfrutar dos seus atributos esta noite...

Ela fala arrastado, provavelmente isso é fruto de uma mente perturbada pelo álcool.

- Do que o senhor está a falar?

Pergunta Ávila tentando não transparecer o medo na voz.

- Claro, claro, claro. Virgem.

Ele diz como se acabasse de lembrar deste fato.

Ávila se ver obrigada a contestar.

- tenho conhecimento das minhas obrigações para está noite senhor.

- como poderia não saber? É a esposa perfeita não é?

Há uma ironia incontestável no seu tom, mas como sempre, Ávila ficaria quieta, calada e segura.

Ele começa a se despir, joga o casaco na cómoda, retira a encharpe do pescoço e joga no chão. A camisa, que não estava totalmente desabotoada é a principal dificuldade dele agora.

- Huupf, droga de roupas, droga de botões.

Ele continua a tentar e fracassar o que para Ávila, lá no fundo, é algo prazeroso de se ver.

- Vamos, ajude-me a livrar-me dessa droga de camisa.

- ah! sim.

Ela levanta-se e caminha vagarosamente até ele. Quando chega perto o suficiente para sentir o cheiro forte de whisky, Ávila se sente incomoda. O homem a sua frente é tão auto que poderia facilmente tocar com as mãos no teto sem se esforçar muito.

- acredito que fica melhor se o senhor se sentar na cama.

Fala Ávila sugestiva, queria ganhar tempo. Nem que sejam só segundos, ela não está pronta para tocar no corpo de um homem, seu marido.

Ele senta-se e mesmo assim continua auto, com o rosto na altura dá metade do rosto de Ávila. O que claro, continua desconfortável.

Ela com leva as mãos até a camisa, tentando disfarçar a tremedeira insistente. Solta o primeiro botão e depois o segundo é o terceiro, até chegar a vez do quarto, que revelaria uma parte crítica do corpo dele. O umbigo.

Foi de uma vez e soltou o último botão dá casa, e a camisa de linho branco abriu-se por completo, os olhos inocentes de Ávila pousaram nos pelos pretos e ralos que desciam abaixo do umbigo e se escondiam nos cóis da calças. Ela subiu o olhar sutilmente e encarou aqueles gominhos na barriga dele, ela nunca os vira ou se quer imaginado no corpo de um homem. Mas parecia certo estar ali. seu peitoral também era avantajado e bem desenhados.

Ela subiu a vista mais uma vez e foi aí que percebeu que foi pega no ato. Ele estava a olhando nos olhos. Meu Deus! a quanto tempo ela olhava o corpo dele?

Ela afastou-se, um passo bem pequeno e exitante. E ele segurou o seu pulso com a mão direita.

Foi os dez minutos mais lentos dá vida de Ávila, ele olhou-a de cima a baixo, sim, ela estava com uma camisola que caberia facilmente três dela, mas seus seios estavam ávidos e implorando para serem flagrados. E ele flagrou-os. olhou-lhes por exatamente cinco segundos e depois subiu rapidamente a vista para meu rosto.

- você é apenas uma garota, pode ter o corpo de uma mulher, mas é só uma garota... E eu sou um homem.

Ávila se perguntou se havia entendido e a resposta foi não, ele julgou que ela estava se oferecendo? Bom... talvez seja o que pareceu, mas não é a verdade, pensou ela.

- deite-se e durma.

Ordenou ele e soltou o pulso dela devagar. Ela sem ter o que fazer ou onde se esconder, arrudeou a cama e deitou- se novamente.

amanhã será mais fácil, sussurrou para si mesma.

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Comments

Cleusa Uliano

Cleusa Uliano

Não tem fotos dos personagens

2023-07-17

1

edvania

edvania

aí vendo essa história, me deu vontade de ver um romance de época com uma pessoa pobre e pessoa rica com gravidez lutando no meio de uma sociedade incompreensível.

2023-03-01

0

medusa

medusa

esse é o objetivo, eu fico muito feliz em agradar vcs... sejam bem vindos♡

2022-11-26

1

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