Magikuu

Magikuu

O começo depois do fim

Aqui estou, olhando para o abismo. Será que serei feliz se pular daqui e acabar com o meu sofrimento?

Sei que não sou mais feliz e que as pessoas estão cansadas de me verem triste.

Parece que sou uma doença. Vou pular daqui... Será que vou conseguir fazer isso? Não sei, mas acho que sim, pois se não fizer isso, vou acabar ficando aqui para sempre, e não quero isso.

Olhei para trás, vi todas as pessoas que amei e que me deixaram, depois olhei para frente e vi o abismo.

Vi a escuridão e a liberdade. E que vou pular.

Em toda a minha vida, só queria ser feliz, mas há muito tempo, acho que perdi todas as esperanças, fui traído pelos amigos e pela única menina que amei.

Se existe um Deus, tenho certeza que se ele é todo bom, então não é de todo-poderoso, e se ele é de todo-poderoso, então ele não é de todo bom.

Nunca tive um momento de felicidade em toda a minha vida. Minha mãe nunca gostou de mim, e meu pai nem notava a minha presença.

É como se fosse invisível, minha vida se tornou algo descartável.

Me inclinei com os olhos fechados, e ainda estou meio assustado com isso. Sempre pensei que seria fácil pular, mas no fim, posso ver que também sou covarde.

As pessoas ainda falam que é fácil se matar e deixar tudo para trás, mas elas não sabem quanta coragem alguém tem para tirar a própria vida.

Prometi que nunca mais seria um covarde, então, pulei. Por esse instante, sai um sorriso do meu rosto.

Enquanto caio, tudo parece estar tão lento, e posso ver em detalhes o quanto a Lua está tão magnífica.

Tudo fica escuro… estou escutando vozes... O que pode ser isso? Uma luz intensa.

Estou flutuando. Estou com medo. Não sinto as extremidades do meu corpo. Estou ficando tonto.

Estou caindo… estou caindo...

"Henry! Nosso pequeno príncipe está nascendo!" - Fico pensando quem é Henry.

Uma luz começou a surgir.

Por que estou chorando? O que pode ser isso?

Essa pequena mão na minha frente. O que está acontecendo? Eu sou um bebê?

Escuto uma voz cheia de amor: "Deixa eu ver o meu pequeno príncipe."

"Pode pegar. Ele é a sua cara, amor!"

"Aqui é a sua mamãe!" Senti um calor tão bom quando aquela mulher me pegou.

Será que posso recomeçar a minha vida nesse novo mundo? Será que finalmente posso ser feliz e conquistar muitas coisas?

Aquele calor amoroso me envolveu, me deu uma sensação de paz, de aconchego, de proteção, de amor.

Já se passaram nove meses desde meu nascimento neste mundo, o que consegui descobrir até agora é que sou um príncipe de um pequeno reino chamado Fridca.

Existem elfos, anões e até mesmo dragões. Minha mãe sempre me conta as histórias de aventura que ela tinha.

Meu pai foi um grande guerreiro no seu grupo de aventureiros, mas hoje ele é o atual rei do reino junto à minha mãe, a rainha.

Se magia existe nesse mundo, quero aprender o mais rápido possível.

Então, um dia, decidi sair do meu berço e ir até à biblioteca. Deve ter muitos livros de magia lá.

Quando chego até lá, penso que preciso evitar que a bibliotecária me veja, por isso me escondo, e finalmente, consigo entrar na ala de livros mágicos.

'Que sorte a minha!' Os livros iniciais de magia ficam na parte mais baixa, então, abro o livro, e ele está em uma língua totalmente diferente, quer dizer, a fala é a mesma do meu mundo, mas a escrita, difere.

Tenho que aprender a ler isso o mais rápido possível, então sempre que posso fugir, vou para a biblioteca.

Cerca de dois meses se passaram...

Já aprendi totalmente a escrita deste mundo, agora vou voltar para o plano original – aprender magia!

Vou mais uma vez para a estante de livros mágicos, mas eles mudaram, agora não consigo alcançar mais.

Tenho que arrumar um jeito de pegá-los. Acho alguns livros que estão no chão e tento fazer uma escada com eles. Fico impressionado com o meu plano.

'Os meus pais achariam que sou um gênio. Ha Ha Ha!' Então, finalmente consigo alcançar o livro, mas os livros de baixo de mim, começam a deslizar.

Caio, bato a cara no chão, e começo a chorar. Prontamente, a bibliotecária vem correndo olhar.

"Pequeno príncipe Henry, o que está fazendo aí?! Deixa me ver!"

Então, ela me pegou pelo braço e a minha testa começa a sangrar. Ela começa a conjurar uma magia.

Era tão brilhante, e em um passe de mágica minha testa fica curada. Isso me faz querer ainda mais aprender magia. Por fim, ela fala:

"Pequeno príncipe Henry, eu sei que você anda vindo aqui há muito tempo e vejo que você vem pra ver os desenhos dos livros e sua mãe sempre fica preocupada quando você some. Então, dessa vez, terei que contar para ela."

Não posso deixar que ela fale para minha mãe, então aponto para o livro.

"Quero aprender magia!" Ela ficou impressionada.

Claro um pequeno bebê falando assim tão normal, é de se assustar, mas mesmo assim, tentei disfarçar e deixar a pronuncia meio falha.

"Nossa, impressionante! Nos meus 358 anos de vida nunca vi uma criança tão diferente como você! Sempre me perguntava o porquê você sempre vinha aqui ver os livros, no começo achei que você só tinha se perdido, mas depois da terceira vez, vi que você era diferente."

Como ela têm 358 anos de vida, ainda parecia uma adolescente. Ela é meio assustadora.

Então, depois disso, ela começou a me ensinar magia.

Nos livros fala que você nasce com uma grande quantidade de mana, que recarrega sempre , mas não pode fazê-la crescer. No entanto, descobri que se você chegar ao limite de desmaiar de tanto gastar energia, você pode fazer essa mana crescer.

Portanto, o meu primeiro ensinamento era meditar e fazer minha magia circular pelo meu corpo e fazer ela se manifestar na minha mão.

Consegui fazer isso logo de primeira, e percebi à bibliotecária ficar impressionada mais uma vez.

"Como é possível!?! Você é mesmo um gênio!"

Como ela reagiria se soubesse que sou um adulto no corpo de um bebê?

Então, finalmente completei um ano, e meus pais decidiram fazer uma grande festa de aniversário, e convidou todos os nobres e fez um grande banquete para os plebeus na frente do castelo.

A festa estava começando, e eu estava sentado ao lado da minha mãe.

Diante disso, veio os nobres, um de cada, agradecendo o aniversário do primeiro príncipe do reino Fridca.

Pude notar que um dos nobres era assustador.

O nobre da casa Less me mirou com um olhar maligno desejando uma longa vida. Minha mãe notou que fiquei meio assustado, e no fim da festa, foi dar uma caminhada no jardim comigo.

"Henry, você sabe o quanto a mamãe te ama. Não precisa ficar com medo de uma festa, eu vou te proteger para sempre." Ela começou a balançar comigo no balanço.

Olhei para cima e ela estava tão feliz, nunca achei que eu poderia ser amado por alguém tanto assim.

Por isso comecei a chorar, lembrei da minha vida passada, onde minha mãe nunca me amou, e agora me sinto tão amado.

Nunca experimentei nada como isso. Suas mãos são calorosas, seu cabelo balançando era como a neve. O sorriso que ela expressa parece estar tão feliz.

Minha mãe parou de balançar e ficou muito preocupada. " O… o… que foi, Henry? A mamãe balançou muito forte? Me desculpe."

Ela se preocupava tanto comigo, acho que finalmente estava a considerando minha mãe, talvez devesse me abrir totalmente por ela.

Então, com ela me segurando no braço, paro de chorar, olho para ela, estufo o peito, e falo -"Mamãe..."

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Comments

Ani

Ani

que triste, espero que ele nao faça isso

2022-12-25

1

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