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AMOR TERMINAL: Recuperando Minha Ex-esposa

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Capítulo 16

Shirley engasgou:

— Srta. Smith, você está ouvindo?

— Sim — Shirley respondeu. — Sebastian vai estar presente… quando eu assinar o papel?

— Não. Eu vou estar representando ele durante todo o processo.

— Diga a ele para ir. Tenho algo para dizer a ele.

— Srta. Smith, você está me pedindo o impossível — Brook sorriu amargamente. — Você devia saber melhor que ninguém o quanto o Sr. Jones não quer vê-la.

Não havia maneira de Shirley não estar ciente daquilo. Ainda assim, ainda havia um pequeno problema.

— Então, por favor, diga a ele que… estou grávida.

— O quê?

— Eu disse que estou grávida. Quero encontrar com ele.

Brook hesitou por um momento. Um indício de simpatia podia ser visto em seus olhos quando ele suspirou.

— Eu sinto muito, Srta. Smith. O Sr. Jones não poderá vir, não importa o que aconteça. Depois do aborto da Srta. Baker e a morte da Tia Daisy, o Sr. Jones planejou levar a Srta. Baker para outro país. Eles estão em um avião agora.

— … Por quanto tempo ele vai estar fora? Quando vai voltar?

— A Srta. Baker queria visitar alguns países, então não vai ser pouco tempo. Acredito que pelo menos um ano, ou até mais. Nem eu tenho certeza.

— … — Shirley não sabia como reagir àquela informação.

— Sr. Jones me pediu que o representasse no processo de divórcio. Ele também entregou a empresa para alguém em quem confia por enquanto. Disse que vai passar o tempo dele com a Srta. Baker, que é sua prioridade máxima.

Shirley permaneceu em silêncio do outro lado da linha.

— Srta. Smith, você está bem? — Brook perguntou.

Shirley fechou os olhos, sentindo-se como uma concha sem vida. A dor em seu coração era tão intensa que ele tinha ficado dormente. No final, Sebastian conseguiu partir seu coração diversas vezes.

Ela respirou fundo e disse:

— Estou ouvindo.

— Entendo. Vou estar te esperando no Departamento de Assuntos Civis então.

— Eu não vou.

— Srta. Smith, por favor, não torne isso difícil pra mim. Tenho que continuar com o meu trabalho.

— Não se preocupe. Tenho certeza que Sebastian vai ficar feliz com o seu relatório — Shirley esfregou seu rosto e riu. — Não tem diferença entre um divórcio e ficar viúvo de qualquer forma. O resultado ainda é o mesmo. No final, ele vai conseguir casar com a Sylvia. Eu disse a ele que vou dar o que ele quer.

No entanto, por causa da conexão ruim na delegacia, Brook não conseguiu entender o que Shirley tinha dito.

— Me desculpe, não consegui te ouvir. Poderia repetir?

— Não é nada. Estou cansada. Vou desligar.

A policial, que estava na mesma sala com Shirley o tempo todo, tinha uma expressão complicada no rosto depois de ouvir a conversa.

— Srta. Smith, se você não estiver se sentindo bem, podemos concluir o processo de liberdade condicional médica mais tarde. Podemos levá-la para casa primeiro. Onde você mora?

Para a surpresa da oficial, Shirley não estava tão arrasada quanto deveria. Em vez disso, parecia feliz. Ela lentamente esticou a mão até sua barriga e a tocou com uma expressão calma e suave.

Casa? Eu não tenho mais uma...

...

Um ano se passou desde então.

Após mais de 10 horas de voo, o avião que havia decolado de Provença finalmente pousou no aeroporto da Cidade de Southfort.

Depois de um ano de férias, Sylvia finalmente estava de volta ao seu normal. Ela se virou para olhar para o homem ao seu lado e abraçou seu braço.

— O que foi? Você tem estado quieto e carrancudo pelas últimas horas.

— Nada — Sebastian balançou a cabeça. — Não sei por que, mas estou inquieto hoje.

— Talvez seja porque não tenha voltado há muito tempo. Sebastian, não esqueça sua promessa, ok? Você disse que se casaria comigo assim que voltássemos.

— Claro — Sebastian respondeu e pegou seu telefone. — Vou comprar uma água e ligar para o Sr. Brook. Vou pedir para ele enviar os papéis do divórcio.

— Ok — Sylvia sorriu e beijou o homem na bochecha.

Depois de deixar Sylvia, Sebastian recebeu uma ligação antes mesmo que pudesse entrar em contato com seu advogado.

— Alô?

— Boa tarde. Estou falando com o Sr. Sebastian Jones?

— Ele mesmo.

— Graças a Deus finalmente conseguimos falar com você, Sr. Jones! Por favor, venha ao hospital imediatamente! Seus filhos vão para a cirurgia em breve e precisamos da sua assinatura.

Filhos? Que filhos?

Sebastian franziu a testa.

— Sinto muito, você está me confundindo com outra pessoa? Eu não tenho filhos.

— Não, temos certeza de que os filhos são seus. Sua esposa marcou um transplante de células-tronco hematopoiéticas hoje, mas não conseguimos falar com ela. Não tivemos escolha a não ser entrar em contato com você. Você pode vir ao hospital imediatamente?

Sebastian estava totalmente confuso agora.

Filhos? Transplante de células-tronco hematopoiéticas? O que estava acontecendo?

Em meio à confusão, outra ligação entrou. Era de Brook.

Ele rapidamente colocou o hospital em espera e atendeu a ligação.

— Sr. Brook! Que diabos está acontecendo aqui? Eu não pedi pra você lidar com o processo de divórcio? Desde quando tenho filhos?

— Sr. Jones… — A voz desanimada de Brook veio do outro lado da linha. — Acho que seria melhor se você viesse ao hospital agora.

— O que está acontecendo aqui?

— É muito complicado explicar isso pra você pelo telefone. Além disso… — Brook fez uma pausa por alguns segundos antes de continuar. — A Sra. Smith. Ela está…