Capítulo 19

Vovó: sentindo oque exatamente Ana? - perguntou parando e me olhando.

Eu: um aperto estranho no peito - digo e ela me encara fundo.

Vovó: isso é ansiedade Ana, você não é acostumada a ficar sozinha em casa e agora por ficar você esta sentindo isso - diz ela e depois da um beijo no meu cabelo - mais fica tranquila vai ficar tudo bem.

Me dou por vencida e sento no sofá frustrada e vovó deixa a bolsa com as bebidas em cima do sofá e sobe pro andar de cima e depois volta arrastando duas malas. Ela deixa as malas perto da porta e depois vem ate mim sentando ao meu lado.

Vovó: eu sei que você não quer que eu vá, mais é muito necessário Ana pra todo mundo - diz me olhando fundo - já falei com você e repito, qualquer coisa que você precisar pode falar com a mãe do Benjamin e acho que com ele também, pois ele gosta muito de você e não vai deixar você sozinha por nada - diz e eu por intuito dou um leve sorriso.

Eu: a senhora promete que volta logo? - pergunto já com vontade de chorar.

Vovó: o mais rápido que eu conseguir, e também você pode me ligar a hora que quiser - diz e me abraça - fique com o cartão que lhe entreguei hoje, mais pelo amor de deus Ana modere nos gastos - diz e eu dou uma risada.

Eu: se a senhora demorar pra voltar eu vou falir a senhora - digo e finjo ficar seria.

Vovó: só ouse pra você ver - diz e nós duas damos risada -eu preciso ir agora.

Eu: tá, eu acompanho a senhora até o portão - digo e levo uma mala dela lá pra fora - de onde foi que esse carro apareceu? - pergunto pra ela pois quando abri a porta de casa aquele carro não estava ali.

Vovó: aluguei pra me levar até Wroclaw - diz e eu abraço ela - se cuida viu Ana, e evite sair a noite.

Eu: volta logo vovó - digo e solto ela que entra no carro e eu fico em pé no portão olhando ela.

O carro começa a se movimentar e eu fico ali olhando, depois e uns minutos já não é mais possível ver o carro então eu resolvo entrar pra dentro, o vazio já se percebe e eu acabo revirando os olhos.

Fui pra cozinha fazer um balde de pipoca, coloquei o saquinho de pipoca no micro-ondas pra estourar e fui pra sala escolher um filme, liguei a televisão e escolhi "A origem" pra assistir. Ouvi o apito do micro-ondas e fui lá tirar a pipoca, abri o saquinho e despejei o conteúdo em uma bacia e coloquei um pouco de leite condensado em cima, eu amooooo, peguei a bacia e fui pro sofá, sentei lá e dei play no filme.

Depois de um tempo assistindo, faltava uns 25 minutos pra acabar o filme porém eu já estava com sono, me levantei pra ir dormir e desliguei a televisão e quando ia subindo pro meu quarto escutei a campainha tocar.

Um medo me tomou e meu coração acelerou, por um momento eu aliviei quando a campainha não tocou novamente mais meu coração acelerou dez vezes mais quando ouvi batidas na porta.

Eu: Quem é? - pergunto me tremendo toda.

Ben: Sou eu Ana, abre aqui - automaticamente corri e abri a porta me jogando nos braços dele que me segurou me beijando - uoll, isso tudo é saudade?

Eu: ainda bem que é você - digo e ele fecha a porta com o pé e caminha comigo até o sofá me deitando ali e ficando por cima de mim, Benjamim me beija e é um beijo totalmente apaixonado eu retribuo tentando demonstrar meu amor por ele. Ele para o beijo e me olha confuso.

Ben: oque aconteceu? - eu o olho sem entender e ele começou olhar em volta como se estivesse observando a casa - alguém esteve aqui? - pergunta ele saindo de cima de mim e indo procurar algo.

Eu: não, ninguém veio aqui - digo seguindo ele - porque?

Ben: não é nada, só uma impressão de que alguém passou por aqui - diz dando uma conferida na casa e depois para em minha frente segurando os dois lados do meu rosto e me dando um selinho.

Eu: você pode ficar aqui? Eu não quero dormir sozinha, antes de vovó sair eu senti um pressentimento ruim e agora você me diz que acha que alguém esteve aqui? - falo um pouco rápido - e isso não faz nem um dia que vovó saiu daqui, eu não quero ficar sozinha por favor - digo quase implorando pra que ele fique.

Ben: claro, eu só vou avisar a minha mãe - diz ele e sai da sala, após ele falar com a mãe dele ele volta pra sala e eu abraço ele - eiii calma, oque está acontecendo com você hoje?

Eu: eu só estou com medo - digo abraçando ele.

Ben: eu estou aqui, e prometi a sua vó que iria cuidar de você - diz beijando minha testa -  agora vamos subir, tá tarde já.

Eu e Benjamim subimos pro quarto, fui pro guarda roupa e peguei um pijama pra dormir, acabei por escolher esse e fui pro banheiro trocar.

Depois de sair do banheiro voltei pro quarto e Benjamim estava só de calça sem camisa deitado na minha cama, confesso que seu peitoral estava me prendendo a atenção e ele como não é tonto percebeu e deu um sorriso malicioso.

Eu: confesso que seu corpo chama atenção, mais seu olhar me lembra que não posso cair na tentação - digo engantinhando até ele e sentando em seu colo.

Ben: então se não quer cair em tentação, aconselho que saia de cima de mim - diz e dou risada de seu jeito de falar, sua voz rouca no meu ouvido.

Eu: Humm e se eu falar que estou gostando de ficar aqui? - pergunto e ele inclina o corpo sentando na cama e eu aproveito a deixa para distribuir beijos pelo seu pescoço.

Ben: E assim eu vou gostar mais ainda - quando Benjamim termina de falar me virando na cama ficando por cima de mim - mas vamos respeitar sua avó ela saiu praticamente agora à pouco.

Eu: tudo bem - digo mais por dentro tô bufando de desânimo - vamos dormir.

Digo e Benjamim sai de cima de mim deitando ao meu lado, me abraçando por trás ficando de conchinha comigo. Benjamim levanta um pouco o corpo e dá um beijo em minha testa e um selinho. Acho que estava tão frustrada que nem sei que horas dormi.

Acordei com vontade de ir ao banheiro, mais na hora de levantar senti um peso em meu corpo e era o braço de Benjamim.

Me desvencilhei do braço dele mais sem fazer barulho pra não acordá-lo. Fui pro banheiro, entrei e fechei a porta  depois tirei meu pijama colocando ele em cima da pia, em seguida amarrando meu cabelo em um coque pra não molhar. Entrei em baixo do chuveiro e tomei um banho maravilhoso.

Depois de banho tomado, enrolei a toalha no meu corpo, tirei minha roupa que estava em cima da pia e em seguida escovei meus dentes.

Sai do banheiro e Benjamin ainda dormia, olhei o horário no relógio que ficava ao lado da minha cama e marcava 8:18. Fui até a cama e beijei seu pescoço que estava exposto, ele se remexeu porém não abriu os olhos.

Ben deu um sorriso e abriu os olhos e eu beijei seus lábios com toda vontade que eu estava sentindo ontem a noite. Ben rapidamente me virou, ficando por cima de mim e aprofundando o beijo. Mais rapidamente ele saiu de cima de mim correndo em direção à sala.

Eu fiquei sem entender oque aconteceu, e bufei frustrada mais uma vez. Me levantei e caminhei em direção à porta fechando ela e pegando uma roupa no guarda roupa pra mim colocar. Vesti a roupa ali mesmo no quarto e depois passei um pouco de perfume e desci em direção à sala procurando Benjamin mais ele já não estava mais aqui.

Fui até a porta e olhei pra frente de casa mais o carro dele não tava lá, sinal que foi embora sem nem ao menos falar comigo.

Respirei fundo e fui pra cozinha fazer meu café da manhã. Peguei dois ovos, uma colher de manteiga, e uma xícara de açúcar, bati rapidinho no liquidificador depois acrescentei farinha de trigo e bati novamente e por último acrescentei meia colher de fermento em pó misturei o fermento com uma colher.

A massa da minha panqueca tinha ficado bem leve e uma massa bem lisa, do jeito que eu queria.

Peguei uma frigideira, e coloquei um fio de olho nela pra esquentar. Enquanto ia esquentando a frigideira, peguei um copo de leite e dissolvi duas colheres de Nescau e coloquei ao micro-ondas pra esquentar.

Despejei um pouco da massa na frigideira e fiz a primeira panqueca, e depois com o resto da massa fiz a segunda.

Depois que já estavam prontas, coloquei uma em cima da outra em um prato e despejei Mel por cima das panquecas e piquei cinco morangos em cubinhos pequenos jogando por cima.

Peguei meu corpo de leite com Nescau que estava dentro do micro-ondas e sentei na mesa pra tomar meu café.

Depois que terminei, subi pro meu quarto pra escovar meus dentes, e enquanto escovava meus dentes ouvi a campainha tocar, desci com a escova na boca e fui ver quem era, mas quando abri a porta tinha uma caixa com um laço vermelho, e um buquê de rosas brancas no chão. Peguei a caixa e o buquê e fechei a porta e em seguida joguei a caixa em cima do sofá e coloquei o buquê em um vaso com água. Eu literalmente joguei lá, se for algo quebrável já não tá mais perfeito.

Provavelmente isso era coisa do Benjamin, querendo se desculpar então vou nem abrir agora.

Voltei pro quarto e terminei de escovar meus dentes, aí depois arrumei minha cama porque agora sou uma menina de responsabilidades já que vovó não tá aqui. Depois arrumei umas coisas que estavam bagunçadas no banheiro. Depois fui pra sala e ajeitei as almofadas e tirei aquela cortina horrível que estava pendurada na janela.

Eu odiei aquela cortina desde o momento que vi, porém minha avó amou ela e então entramos em guerra por causa dessa bendita cortina, mais já que vovó não está aqui eu posso tirar ela.

Subi pra um quarto de visita e abri o guarda roupa onde ficava as roupas de cama e banho, mais não achei nenhuma cortina. Então a sala vai ficar sem memso, por enquanto.

Desci de volta, só que dessa vez pra cozinha e lavei umas coisas que ficou sujo na pia do meu café, aproveitei e limpei o fogão enquanto as louças secavam no escorredor.

Depois de ter feito tudo que precisava ser feito e ter molhado as ervas da minha avó no fundo de casa, entrei pra dentro e vi a caixa no sofá, aí lembrei que precisaria abrir.

Sentei no sofá e liguei a TV num canal aleatório só pra não me sentir sozinha, e apoiei a caixa no meu colo pra abrir. Porém a campainha tocou de novo então larguei a caixa no sofá de novo e fui ver quem era.

Tilly: oi, vim te fazer uma visita - fala assim que abro a porta.

Eu: Ahh oi, entar aí - falo e dou espaço pra ela entrar.

Tilly: desculpa vir sem avisar, mais encontrei o Benjamin e ele me disse que você estava sozinha - assim que ouvi o nome dele revirei os olhos mais não foi por querer - recebeu presente? - pergunta ao notar a caixa com o laço vermelho ao seu lado.

Eu: sim, mais ainda não abri - digo pra ela que me olha curiosa - você quer beber alguma coisa? - pergunto pra ela indo pra cozinha e ela me acompanha com a caixa na mão.

Tilly: quero beber nada não, eu quero é que você abra pra mim ver oque é, eu fiquei curiosa - fala e eu dou risada pelo seu jeito alegre por ver a caixa, ela parecia uma criança com a caixa em mãos e o cabelo dela enrolado com babyliss balançando só deixava mais ainda a impressão de uma criança.

Eu: tá bom, me dá aqui - pego a caixa de suas mãos, e apoio na mesa dando risada dela.

Abro a caixa e tem um cartão com meu nome dentro dela. Abri o cartão e tinha uma mensagem

^^^"Como eu sei que você gostou muito do colar, resolvi te presentear com o mesmo e pra te dizer que te amo"^^^

^^^- B.^^^

Deixei o cartão na mesa e peguei a caixinha de veludo que estava dentro da caixa de MDF, e quando abri a caixa de veludo vi o colar tiffany que vi na loja junto com a Tilly.

Eu: porque você falou pro Benjamim que eu gostei do colar? - perguntei olhando pra ela, intercalando o olhar entre ela e a jóia.

Tilly: que? Eu não falei nada com ele não - diz e eu olho pra ela com a sobrancelha arqueada.

Eu: mais ele me mandou o colar, as rosas - apontei pro buquê e ela olhou - então ou você contou ou ele tem uma bola de cristal e eu não tô sabendo.

Tilly: mais eu juro que não contei ao Benjamin - ela repete e eu entrego o cartão na mão dela que lê em seguida me encara - Ana eu tô falando sério, eu não contei ao Benjamim e te garanto que não foi ele que te mandou isso.

Eu: então se não foi ele, quem foi que mandou então? - pergunto pra ela que me devolve o cartão e eu coloco o colar na mesa encarando a jóia e o cartão tentando entender quem poderia ter mandado.

Tilly: é minha amiga, parece que você tem um admirador muito esperto e que anda te seguindo - fala e eu olho pra ela que dá risada e eu reviro o olho.

Era só oque me faltava agora!

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