Capítulo 13

A aula de Química acabou, ainda bem pois não aguentava mais ouvir tanta lambança, eu só queria ver minha Ana.

Sai da sala de Química e fui em direção pra sala de história no primeiro andar, os alunos estavam cochichando bastante.

Eu: ei Jorge, oque aconteceu pra estarem desse jeito cochichando? - perguntei pra um colega do handebol que passava do meu lado.

Jorge: estão comentando da briga de duas alunas que aconteceu na aula de Redação - falei e olhei direto pra ele, pois Ana estava nessa aula.

Eu: você sabe o nome das alunas da briga ? - perguntei parando ele e o encarando.

Jorge: se eu não me engano é a Clara, e a novata que iniciou na terça feira - fala voltando a andar

Ele falo novata? Só pode ser a Ana, ela entrou essa semana, sai em disparado largando Jorge pra lá e fui em direção à diretoria, quando dobrei a esquina do corredor vi Ana desmaiada no colo do idiota do Alec, ali minha raiva subiu igual diabetes, ela estourou lá pra cima e pra piorar mais ainda a blusa da Ana estava rasgada deixando seus peitos um tanto à mostra.

Eu: Oque você fez seu idiota? Sai de perto dela agora - falei indo pra cima do Alec e o acertando um soco no rosto, aproveitei que ele tombou pra trás e tirei a Ana do seu colo.

Ana estava bem machucada, tinha cortes em seu supercilio, os lábios também continham cortes, seus braços estavam arranhados, seu pescoço estava muito vermelho também, seus pulsos com arranhões superficiais, e em sua cabeça na parte de trás também tinha cortes, pois em minha mão tinha sangue.

O sangue dela era muito doce, o cheiro entrou em minhas narinas e meu lado vampirico gritou em minha cabeça, sem perceber levei meus dedos em direção à minha boca, provando o doce sabor do sangue da Ana, era o melhor sangue que eu já tinha provado. Por um segundo passou flashs dos meus dentes no pescoço dela mais esses pensamentos logo foram afastados chamando minha atenção pra pulsação da Ana que estava fraca.

O ferimento de sua cabeça me deixou muito preocupado, a sensação que eu sentia antes sumiu em questão de segundos pois o medo tomou conta do meu corpo e da minha mente, medo de perder minha doce Ana.

Peguei seu corpo no colo e saí em disparado em direção ào estacionamento, o tio que ficava no portão tentou impedir minha passagem mais não consegui pois ao ver o estado da Ana percebeu que ela precisava de um hospital e não de um simples cuidado de enfermaria da escola.

Coloquei Ana no banco de trás, e sai em disparado pro hospital da minha família, parei o carro na entrada do prédio e joguei a chave pro manobrista e em seguida peguei Ana no colo e entrei com ela no hospital.

Eu: rápido, chame o Dr.César pra atender minha namorada - falei com a recepcionista e ela já abriu a porta pra passar com Ana no meu colo - a pulsação dela tá fraca, rápido vá chamar o Dr.César - falo e ao meu encontro vem um enfermeiro com uma maca pra levar Ana pra ser atendida.

Quando depositei ela na maca, o medo ficou mais intenso eu não sei oque fazer se eu perder Ana, eu não posso perder ela.

Lembrei da avó dela, e resolvi ligar pra minha mãe pra ir avisar a avó dela.

📞📲 Alô mãe por favor vá até a casa da Ana e peça pra ela vir aqui no hospital - falo tentando disfarçar meu medo.

Mae: Oque aconteceu meu filho? Você se machucou? Está tudo bem? Eu já estou indo pra aí, calma mamãe já chega - pergunta tudo rápido.

Eu: calma mãe eu estou bem, foi a Ana mãe - falo e as lágrimas vem, só de pensar em perder minha garota - ela tá muito machucada mãe, eu não posso perder ela.

Mãe: calma meu filho, vai dar tudo certo - fala me consolando.

Eu: preciso que você vá até a casa dela avisar a avó.

Mãe: vou sim, me manda o endereço por mensagem - fala é olho a recepcionista passando por mim.

Eu: tá bom mãe, beijo, eu amo a senhora 📲📞.

Mando o endereço pra minha mãe e seco algumas lágrimas que caíram, sento próximo a sala de enfermaria e fico ali de cabeça abaixada pensado na minha Ana. Ouço vários barulhos e levando minha cabeça, a avó da Ana estava vindo correndo pra recepção mais deixa desvia o caminho em minha direção quando me ve.

Helena: ei Benjamim cade minha neta? Oque aconteceu com ela? - pergunta aflita e um pouco nervosa.

Eu: ela se envolveu numa briga na escola e ficou muito machucada, então eu trouxe ela pra cá - falei olhando pros olhos dela e minha mãe abraçava ela tentando acalmar - a pulsação dela tava muito fraca dona Helena - falei e mais uma vez sinto meus olhos marejarem.

Mãe: calma meu filho vai dar tudo certo - fala e solta a avó da Ana e vem me abraçar - olha só o Dr.César tá vindo - aponta e Helena se levanta ficando a nossa frente.

Helena: fala doutor oque aconteceu com a minha neta? - pergunta pro César

Dr.César: ela está bem, não lesionou nenhum osso - fala e dona Helena respira fundo - pulsação caiu pela pancada na cabeça, braço teve arranhões fortes um pouco perfurado mais já foi cuidado agora é repouso pra cicatrização do ferimento da cabeça - fala e faz alguma anotação na sua prancheta - visita só um por vez, quarto 225

Helena: eu vou primeiro - fala olhando pra mim e eu apenas balanço a cabeça confirmando.

Mãe: seu pai pediu que você fosse ate o escritório dele para conversar sobre um ataque que teve hoje pela manha - fala minha mãe e eu olho pra ela com a testa franzida pois há bastante tempo não sofremos ataques e nem tentativas.

Eu: depois de ver Ana eu vou sim mãe - digo e fico ali sentado pensando um pouco.

Helena: ela pediu pra você entrar - fala chegando de surpresa uns 20 min depois.

Eu: tá eu vou entrar sim - digo e abraço minha mãe e vou em direção ao quarto dela. Bato na porta e escuto um entra, abro a aporta e coloco a cabeça pra dentro do quarto - oi - falo e entro no quarto fechando a porta.