Harry a acompanhou até a sala do diretor, os dois sentaram de frente a mesa, ele entregou dois mapas para cada um e avisou:
- Aqui é a cadeia.
- Cadeia? – perguntou Harry que não esperava outra missão.
- O governador está fazendo alguns contratos com policiais aparentemente é em prol a segurança\, só quero entender melhor como é essa segurança.
- Por que não a manda sozinha? – perguntou Harry que estava incomodado\, não tinha voltado a ser agente para seguir a novata.
- Te coloquei como responsável de Lavínia e enquanto não a achar capaz\, vai ficar como babá! – disse sério virando de costas para atender seu celular.
Harry engoliu seu orgulho, pegou o mapa e se retirou ao lado de Lavínia.
De tarde, Harry queria relaxar um pouco, mas não podia deixar sua mente parada, aproveitando que a piscina estava vazia resolveu nada. Lavínia também procurava um lugar calmo, perto da piscina sentou em uma das cadeiras que ficavam abaixo do guarda-sol, abriu seu laptop e continuou a tentar decifrar os códigos. Depois de algumas horas ela se desconcentrou ao ver Harry nadando, segurando seu prato de cookies de chocolate, cuidadosa foi até a beira da piscina, sentou no chão, ele a viu e parou de nadar perguntando:
- O que foi?
- Vim ver se não está com fome – respondeu oferecendo os cookies – Está nadando há um bom e já anoiteceu.
Ele abriu a boca e ela o serviu, depois que mastigou comentou:
- Nossa fazia tempo que não colocava um doce na boca.
- Bom tenho uma bandeja comigo.
Harry pegou impulso na lateral da piscina e sentou ao seu lado perguntando:
- Ainda decifrando as senhas?
- Sim.
- Deveria parar um pouco.
- Harry eu tenho uma pergunta...
- É sobre aquela noite? – a interrompeu.
- Não...
- Pergunte!
- O que aconteceu de 2014 a 2020? – ela perguntou percebendo que seu rosto ficou vermelho\, seus ombros largos tencionaram e levantou.
- Nunca mais me faça essa pergunta!
Lavínia ali ficou comendo seus cookies pensando em Harry.
01 de Julho de 2020
Fazia duas semanas que Lavínia e Harry não conversavam. Lavínia tinha se preparado para missão e precisou ir ao encontro de Harry, ele já esperava no estacionamento, se aproximou, colocou o cabelo dela atrás da orelha, prendeu o comunicador em seu ouvido e avisou:
- Não quero te perder de vista se algo ocorrer.
Harry abriu a jaqueta de Lavínia para ver o que ela tinha colocado nos bolos internos, constrangida pelo jeito que ele estava a olhando disse:
- Se quer alguma coisa é só pedir.
- Só preciso me certificar que não está se esquecendo de nada – avisou fechando sua jaqueta de volta.
- Sua moto de novo?
- Exato.
Harry ligou a moto, subiu e a olhou, por ser bem mais baixa sempre teve dificuldades em subir em motos, ela colocou o capacete e foram em direção a cidade vizinha, as ruas eram vazias e cheias de mato. Harry abaixou o farol da moto ao chegarem de frente a prisão abandonada, estacionou perto, notaram que o portão estava aberto da prisão e ele sussurrou:
- Tome cuidado e fique perto.
Harry estava sentindo um pressentimento ruim, mas não quis demonstrar isso a Lavínia, ele olhou bem ao
redor do enorme prédio, reparou que a porta de entrada indicava que havia alguém, estava iluminada por luzes de velas que recentemente foram acendidas, ele entrou na frente, ela o seguiu. O lugar cheirava a carniça, foram subindo as escadas que estavam iluminadas por velas, entre essas escadas havia algumas portas e corredores que não estavam iluminados, foi quando mãos pesadas seguraram o braço direito de Lavínia e a puxou para dentro do corredor, ela gritou, Harry pensou em ir ajudá-la, mas apareceram cinco homens descendo as
escadas.
Ele atirou em três homens e se escondeu atrás da parede de um dos corredores para se defender dos tiros. Harry não imaginava que havia alguém o esperando no corredor escuro, ficou surpreso quando levou um soco no rosto que o levou ao chão, em seguida o mesmo homem chutou sua barriga e atirou, os tiros acertaram perto de sua cabeça e um deles foi perto do seu ouvido esquerdo, sentiu o zumbido da bala, balançou a cabeça e tomou impulso com seus braços, chutou com os dois pés o peito do homem que estava no escuro e ficou de pé, pegou sua Browning e atirou no escuro, acertou o estomago de seu inimigo. Os outros dois homens que estavam na escada desceram e ficaram no corredor de frente a ele mirando suas armas. Friamente Harry os esperou apertarem o gatilho, se esquivou dando uma cambalhota para frente, passou entre eles, segurando suas duas armas atirou nas costas dos oponentes.
Ouviu os tiros dos andares acima, pensando que provavelmente seria sua parceira correndo perigo. E realmente era há três andares acima, estava Lavínia sendo desarmada por um dos homens do Cruciatus.
Harry correu dois andares acima, uma agente do Cruciatus parou em sua frente dizendo:
- Ela já está morta Harry e você estará em breve.
Ele olhou para ao lado e viu dois corredores, ouviu os passos de mais alguns homens que corriam nas escadas para matá-lo, foi para o corredor esquerdo, arrombou a última porta, ouviu os tiros atrás dele, para ganhar tempo colocou um grande armário na porta, olhou para a janela atrás da mesa, abriu com dificuldade a janela que estava um pouco emperrada, colocou sua cabeça para fora e viu as escadas de ferro do lado de fora, com cuidado colocou seus pés na pequena mureta, andou encostado na parede até chegar na escada e ágil começou a subir, alguns homens tentaram atirar o vendo subir as escadas do lado de fora. Para fugir dos tiros Harry entrou em uma pequena janela que dava entrada para as escadas, com cuidado pisou na parte de baixo da janela, quase caiu, mas segurou firme na lateral da janela e entrou. Escutou a voz familiar da mesma mulher que entrou em sua frente e novamente ela o provocou:
- Não desiste\, não é? Pelo visto eu mesma terei que te matar.
- Acho que não – ele disse jogando uma bomba de gás.
Não era forte, mas era o suficiente para sufocá-la, ele tampou o nariz com o braço, ouviu os gemidos vindo da sala de cima e enquanto corria podia ouviu o barulho de correntes. Lavínia quando tinha sido desarmada, caiu sobre as correntes que estavam sobre o chão, aproveitando dois dos seus inimigos abaixaram a guarda, mansamente ela se levantou com as correntes nas mãos, enforcou os dois ao mesmo usando as correntes, o terceiro homem levantou a arma para atirar nela, despercebido não notou que as correntes tinha prendido seu pé, com o pé ela puxou a corrente, soltou os dois homens assim que morreram enforcados, puxou as correntes que
prendiam o homem, pisou em seu pulso o fazendo largar a arma, segurando as mesmas correntes que matou os agentes, as enrolou no pescoço do inimigo, puxou com mais força e o matou rapidamente. De costas para Harry caminhava um agente Cruciatus apontando uma arma para Lavínia e dizendo com ódio:
- Morra vadia!
Ela olhou para trás assustada, saiu de cima do corpo do homem que já tinha sido morto estrangulado, colocou o cadáver na frente do seu corpo para se proteger do tiro, mas antes que o agente conseguisse apertar o gatilho.
Um barulho
Era um tiro
Que assustou tanto o agente Cruciatus, quanto Lavínia, era Harry que tinha gastado a sua última bala, ela
soltou o corpo e correu para abraçá-lo, ele ficou sem reação olhando para os quatro homens mortos, sentindo seu coração disparado, ela se afastou percebendo que ele não correspondeu seu abraço, Lavínia foi até o homem que Harry tinha matado, pegou suas duas armas e avisou:
- Uma está com três balas e outra está com o pente completo.
Harry tinha ficado mudo, olhou para as seis celas que estavam atrás de Lavínia, dentro delas haviam policias uniformizados, presos a correntes penduradas ao teto, estavam mortos, alguns tinham alguns membros decapitados, outros foram mortos por cortes na garganta, tiros ou enforcados, ele olhou para Lavínia e sussurrou:
- É uma emboscada...
- Temos que sair daqui – ela disse entregando a arma carregada em sua mão.
Ele usou as correntes para trancar a porta do cômodo Lavínia já tinha analisado o lugar, por isso o guiou para um corredor, que estava vazio, ela tinha imaginado que não haveria ninguém ali porque nenhum dos homens que tentou matá-la tinha vindo daquele corredor. Ao chegar até o final do corredor escuro, Harry acendeu sua lanterna, olhou para a porta de madeira que daria em mais escadas, pegou impulso e chutou a porta que de tão velha quebrou em duas partes e eles correram o mais rápido que conseguiram em direção a saída.
Os dois chegaram ao térreo, olharam para a porta por onde entraram estava trancada com cadeado e Harry mandou:
- Fique aqui que vou destrancar!
- Pode deixar que eu mesmo destranco – disse um Cruciatus.
- Merda! – disse Harry pegando na cintura de Lavínia.
Ele havia notado que eram dois agentes e que um deles estava prestes a atirar, puxou Lavínia para trás de uma larga pilastra que ficava próxima a porta, escutou os tiros, encarou ela e fez sinal com os dedos para contarem até três, no três, Lavínia com sua mira perfeita atirou o coração do agente da direita e Harry atirou na cabeça do
segundo. Ele pegou a chave que estava no cinto do agente que matou, destrancou o cadeado e ordenou:
- Me dê sua arma\, corra em direção a moto\, a pegue e volte para me buscar que te dou cobertura.
- Três balas – ela avisou entregando a arma.
Lavínia correu sem olhar para trás, ouviu a troca de tiros entre Harry e os agentes Cruciatus, com facilidade saiu dos portões prisão, foi até a moto e a encontrou com os pneus furados, do grande matagal saíram alguns homens, para se proteger sabia que não conseguiria correr de volta, pelas pedras que estavam atrás da moto, pegou impulso e saltou, segurou no topo do muro e pulou para dentro de volta ao mesmo tempo em que foi
acertada de raspão por um tiro. Harry olhou para em direção do muro pelo barulho dos tiros, ela parou abaixada atrás de alguns caixotes, analisou ao redor, encontrou o estacionamento da prisão e gritou:
- Harry por aqui!
Ele tinha uma bala em cada arma,rapidamente conseguiu alcançá-la, ela pegou as duas armas de sua mão dizendo:
- Você corre mais rápido\, ache algo que nos tire daqui!
Antes que ele pensasse em descordar olhou para os homens que pulavam o muro, ela se escondeu atrás dos barris, Harry correu para dentro do estacionamento, para sal sorte o lugar estava vazio, seus olhos foram para uma moto que estava coberta por uma capa bege, ele puxou o pano e se apaixonou pela maravilhosa Dodge Tomahawk, primeiro procurou a chave nas rodas, mas quando olhou bem, a chave já estava posta para ligar, ele
subiu, acelerou, escutou dois tiros, preocupado olhou em direção a Lavínia, ela tinha acabado de matar um homem e jogado o corpo dele no chão.
Lavínia encarou Harry, correu em sua direção, com muita dificuldade, quase derrubou os dois ao subir na moto em movimento, segurou firme a cintura de Harry, eles estavam sem balas, por isso ele deu a volta por trás, onde tinha uma saída estreita, suas pernas rasparam no muro áspero.
Foram seguidos por um carro, Harry foi até avenida, cortando os carros e ônibus, ele subiu na calçada e estacionou avisando:
- Temos que ir de metrô.
Os dois desceram da moto, foram correndo pelas escadas do metrô, ele a segurou de frente para si e tirou do seu pescoço um localizador dizendo:
- Que merda é essa?
- É por isso que conseguem nos seguir – comentou envergonhada por não ter percebido que tinham colocado o rastreador.
- Bom agora eles vão seguir a vovó – ele disse fingindo esbarrar em uma senhora colocando o localizador atrás de sua nuca.
Ele a puxou para o sentindo ao contrário da senhora e pegaram o metrô para o sentido Oeste, os dois estavam com os rostos sujos de sangue, mesmo com o metrô vazio alguns passageiros notaram, Lavínia e Harry pensaram juntos e colocaram o capuz da jaqueta para cobrir seus rostos, as mãos de Lavínia estavam ensanguentadas por causa da corrente que a machucou, ela escondeu as mãos nos bolsos, Harry a encostou na
parede e perguntou:
- Está muito machucada?
- Eu tenho alguns machucados\, mas consigo chegar bem...
- Era uma emboscada... – ele sussurrou olhando para os olhos castanhos.
- Sim era... E provavelmente era para mim...
- Aqueles policiais... Acha que queriam te colocar ali também?
- Sim\, um dos homens disse que tinha conseguido meu antigo uniforme.
- Conhece um daqueles policiais?
- Oito deles trabalharam comigo... Eram bons policiais.
- Nomes – ele pediu.
- Consegue decorar todos?
Harry franziu a testa e ela contou:
- Vitor Lopes\, Wagner Escobar\, Perducas Lamy\, Chris Fury\, Edward Hale\, Peter Stewart\, Mark Jackson e Clark Hill.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Thayza Santana
Quanta sintonia esses dois tem 😮
2020-04-23
2
Ro
É está ficando bom.
2020-04-07
2
Dyonisus
nuuuuh agora o bagulho ficou loko
2020-04-03
3