Capítulo 15

Os quatro que viram Dion balançando silenciosamente a cabeça acharam que ele os tinha perdoado, mas estavam muito enganados.

"Em relação a esse assunto, vamos resolver depois de eu terminar o café da manhã, ou em outro momento. Tenho tarefas importantes para fazer fora daqui", expressou Dion, com o rosto sem emoção.

"Agora me mostrem onde fica o restaurante do hotel. Vou tomar o meu café da manhã. Logo serei buscado. Se apressem e me mostrem!" Dion exigiu, claramente irritado.

"Peço desculpas, senhor. Para hóspedes ilustres como o senhor, todas as suas necessidades foram entregues em sua suíte, incluindo o café da manhã", respondeu humildemente o chefe do restaurante.

Sua postura havia mudado completamente, não era mais arrogante como antes; o mesmo acontecia com o chef executivo.

"Ah, é isso?" respondeu Dion curtamente antes de sair, ignorando aqueles que permaneceram perplexos em seu lugar.

"Apressem-se em acompanhar o Sr. Dion, e sirvam-no bem!", ecoou uma voz ao longe. Era o gerente geral.

"Imediatamente, senhor!", responderam em uníssono, em seguida, seguiram Dion até o andar de cima para servir seu café da manhã.

Dion, que recebeu um serviço pessoal do chef executivo, permaneceu em silêncio. Para ele, era uma oportunidade de testar a sinceridade do serviço. Seria devido a motivos ocultos, medo ou obediência às ordens?

Após o café da manhã, os quatro limpavam os utensílios de jantar, arrumavam e os levavam para lavar, depois de pedirem permissão a Dion.

Mas antes de descerem, Dion pediu que eles trouxessem sobras da geladeira da noite anterior.

O relógio mostrava que já eram 9h10. Hora de Dion se preparar para uma reunião com seu avô para receber o mandato ou transferência de poder sobre todos os ativos do Grupo Birawa.

Ajustando-se no espelho, Dion decidiu trocar de roupa. Substituiu a camiseta por uma camisa social branca de mangas compridas.

A camisa, a única que ainda estava nova porque era usada raramente, serviu perfeitamente em seu corpo alto e atlético, combinada com calças sociais azul-marinho.

Depois de arrumar o cabelo, Dion desceu apressado para o andar inferior, esperando ser pego por Ivory.

As recepcionistas reconheceram e sabiam quem Dion era, assim como Sherly, que se tornara uma funcionária comum da recepção.

Mas para os hóspedes presentes no saguão do hotel, olhavam para Dion com desdém. Era evidente que não estavam satisfeitos com sua presença perto deles.

Naquele momento, o telefone celular ultrapassado de Dion tocou. Ele o tirou do bolso e atendeu uma ligação recebida, que era de Ivory.

Aqueles que viram Dion com seu telefone antigo riram para si mesmos, embora tentando segurar a risada.

Dion não se importava com a reação deles. Em vez disso, olhava ansiosamente para a entrada do hotel para ver se Ivory já havia chegado.

Logo depois, uma moça bonita e esguia, de considerável altura, se aproximou de Dion, sentando-se no sofá do saguão do hotel.

Sua chegada chamou a atenção de vários hóspedes no saguão, incluindo Sherly e as recepcionistas, juntamente com outros funcionários que estavam ali.

Eles não sabiam por que a secretária-chefe do Sr. Mahesa Birawa, proprietário do hotel, havia vindo tão repentinamente naquela manhã. Eles se perguntavam simultaneamente se havia um assunto importante no hotel.

Indiferente aos olhares, Ivory se aproximou de Dion e fez uma reverência respeitosa.

O espetáculo certamente pegou os espectadores de surpresa. Eles se perguntavam quem havia sido honrado pela secretária, que também era a braço direito do Sr. Mahesa Birawa.

Seu espanto persistiu, mas Sherly rapidamente percebeu, contatando prontamente o gerente geral do hotel, informando-o sobre a visita de Miss Ivory.

Ao receber a notícia, o gerente geral e seus subordinados desceram correndo para receber Miss Ivory no saguão.

Ao chegarem, eles se curvaram unanimemente para Miss Ivory.

"O que a traz aqui tão cedo, Srta.?" perguntou William, se curvando.

"Oh, é você, Sr. William. Por favor, levante-se! Eu não estou aqui para uma inspeção. Eu vim especificamente para encontrar esse senhor", respondeu Ivory, casualmente.

Informados disso, todos voltaram seus olhares para Dion, com o rosto cheio de pontos de interrogação.

"Ainda não é hora de você saber quem esse cavalheiro realmente é. Continue com suas tarefas. Permita-me falar com ele em particular", declarou Ivory, com tom firme e ligeiramente repreensivo.

Após receber a repreensão e as instruções, o gerente geral e os outros se desculparam e saíram, com suas mentes cheias de perguntas.

"Por que a Srta. Ivory veio?"

"Especificamente para conhecer o Sr. Dion, o ilustre hóspede do hotel?"

"Talvez haja algo mais aqui".

"Quem é, na verdade, o senhor que ela deseja conhecer?"

"Ele é alguém importante, para que a Srta. Ivory o respeite?"

Essas eram algumas das perguntas nos corações do gerente do hotel e outros executivos.

Uma vez que eles estavam certos de que todos haviam saído, Dion convidou a Srta. Ivory a sair imediatamente do saguão do hotel.

Ivory concordou com a sugestão de Dion. Eles caminharam juntos, com Dion liderando o caminho e Ivory o seguindo.

O incidente, sem dúvida, causou um rebuliço no saguão do hotel, mas ninguém ousou comentar abertamente; era uma discussão mantida em segredo.

Pouco depois, Dion e Ivory estavam em seu carro. Dion não foi em direção ao carro de Ivory, mas para o seu próprio veículo.

"Nossa! Sua escolha combina perfeitamente com sua personalidade, senhor - um Lamborghini novinho em folha. Então, é esse o carro que está fazendo sucesso nas redes sociais?" perguntou Ivory, encantada.

"Ah! São apenas bisbilhoteiros, querendo se intrometer nos negócios alheios", respondeu Dion indiferente.

Enquanto isso, o carro atravessava as movimentadas ruas da cidade. Os espectadores reconhecendo o veículo famoso de Dion nas redes sociais comentaram imediatamente.

"Olhe! É o novo Lamborghini que está bombando recentemente. Vamos tirar uma foto ou um vídeo!" disseram em coro enquanto apontavam seus telefones para o carro em alta velocidade.

Pouco depois, a notícia do carro se espalhou pelas redes sociais, com diversos comentários surgindo.

Ivory, sentada ao lado de Dion, também checou seu celular e viu a fama do carro de seu chefe entre o público, mas ela simplesmente sorriu.

"As pessoas estão ocupadas falando sobre esse carro, e aqui estou eu, andando nele. Que lamentável!" pensou ela.

De acordo com o plano inicial, antes de encontrar seu avô, Dion precisava comprar roupas novas, incluindo um terno, e ele se lembrou também de comprar um novo telefone.

Dion estacionou em frente a uma loja com bastante espaço para estacionar, seguindo a recomendação de Ivory.

A loja que visitaram, um estabelecimento famoso na cidade B, era "O Imperador do Estilo George" - o lugar em que pretendiam entrar.

Apesar da aparência casual de Dion, ele dirigia um carro de luxo acompanhado de uma mulher surpreendentemente bonita. Aqueles que o viam ficavam atordoados, se perguntando quem poderia ser esse homem sortudo.

Muitos o invejavam; outros zombavam com desprezo.

"Huh! Provavelmente é apenas um homem bancado", sussurravam com ciúme.

Indiferente aos murmúrios e olhares, Dion e Ivory entraram na loja.

Sua chegada foi recebida por uma bela vendedora, embora não se comparasse à beleza de Ivory.

"Bom dia, senhor e senhora. Como posso ajudá-los hoje?"

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