Capítulo 11

Seu carro acelerava continuamente, cortando pelas ruas da cidade e chegando aos vastos terrenos de um hotel cinco estrelas. Pelo nome, Dion sabia que esse hotel pertencia a ele, de acordo com Ivory.

Dion estacionou seu carro ao lado do hotel. Naquele momento, o ambiente estava deserto. Nenhuma alma viu Dion estacionar ali.

Por acaso, o guarda de plantão estava ocupado no banheiro, enquanto outros três estavam no meio da troca de turno.

Assim, foi durante essa transição de turno que Dion entrou no pátio do hotel despercebido.

O hotel que Dion visitou era vasto e luxuoso, espalhado por 30 acres, subindo até 60 andares, abrigando uma infinidade de quartos com acomodações variadas.

Os quartos incluíam padrão, superior, deluxe, suíte júnior, suíte, suíte presidencial ou suíte penthouse, single, twin, duplo, família ou triplo, quartos conectados, quartos murphy, quartos acessíveis ou para pessoas com deficiência, quartos para fumantes ou não fumantes e muito mais.

As comodidades oferecidas pelo hotel eram indiscutivelmente luxuosas. Mesmo os quartos padrão estavam longe de serem comuns em comparação com outros estabelecimentos cinco estrelas.

Após estacionar seu carro, Dion entrou no saguão do hotel, mas esqueceu que não havia trocado de roupa desde que foi expulso da casa de sua ex-esposa.

"Maldição, como pude esquecer de trocar de roupa? Bem, vou só tomar um banho e trocar no quarto - ou pedir roupas novas", pensou ele.

A aparência desleixada de Dion certamente chocou os recepcionistas, que não podiam acreditar que um mendigo ou morador de rua havia entrado em seu estabelecimento. Eles se perguntaram onde estavam os guardas.

Mas, como profissionais experientes, eles serviram Dion com cortesia.

"Boa noite, senhor! Como posso ajudá-lo?" cumprimentou um dos recepcionistas o mais educadamente possível.

"Eu preciso do melhor quarto deste hotel. Vocês têm um?", perguntou Dion despreocupadamente.

"Desculpe-me, senhor. Você fez uma reserva antecipadamente?"

"Não, eu apenas entrei e decidi reservar um quarto", respondeu Dion casualmente.

"Se você não fez uma reserva de quarto, temo que não possamos acomodá-lo hoje, exceto por um quarto padrão", disse a recepcionista, ficando impaciente.

"Isso é uma política do hotel, ou você está inventando isso?", perguntou Dion, um pouco irritado.

Ele pensou sobre como sempre foi considerado um vagabundo, não importando onde ele fosse. As pessoas julgam um livro pela capa? Pobre Dion.

"É sua própria culpa, Dion. Por que continuar se vestindo com essas roupas esfarrapadas? Você é rico; por que não comprar algo novo?" Dion se repreendeu internamente.

Ao notar a crescente raiva de Dion, o garçom respondeu arrogantemente - uma atitude inaceitável em qualquer hotel de prestígio, ainda mais em um de orçamento.

A recepcionista que atendia Dion era nova e ainda estava em treinamento, o que poderia explicar o tratamento um tanto ruim a um hóspede.

"Se você não pode pagar por um quarto aqui, é melhor sair do que ofender a visão de outros hóspedes", retrucou a recepcionista.

"O que você disse? Eu não posso pagar um quarto neste hotel?"

"Pela sua aparência, você parece um mendigo, fingindo ser algo que não é, achando que pode pagar por um dos nossos quartos cinco estrelas. Olhe-se no espelho", respondeu a recepcionista.

"Escute! Eu vim aqui com a intenção de alugar um quarto e você está sendo arrogante. Não tem medo de ser demitida pelo seu chefe?" Dion perguntou, abandonando a cortesia.

Dion especialmente odiava ser gritado por qualquer pessoa, seja mulher ou homem. Ele já havia suportado humilhação suficiente de Jasmine, sua ex-esposa, e sua família no último ano.

A vida de Dion havia sido preenchida pelas vicissitudes da vida nas ruas até que o Sr. Wolf o encontrou indefeso e o salvou.

E agora, ele estava sendo insultado novamente - por uma funcionária de seu próprio hotel.

"Isso não pode ficar assim", pensou ele consigo mesmo.

"O que eu preciso fazer para ficar neste hotel?" Dion exigiu, sem se importar mais.

"Eu já disse..." a recepcionista dispensou bruscamente Dion, abandonando todas as formalidades.

"Não podemos atender ao seu pedido de quarto sem uma reserva prévia. Entendeu? Agora, saía!"

A raiva de Dion aumentou com a falta de educação da sua funcionária e a sensação de ser expulso, mas ele não podia fazer nada, pois seu avô ainda não havia cedido autoridade oficialmente a ele.

"Espere o momento certo!" Dion jurou silenciosamente.

"O que está acontecendo aqui? Por que toda essa comoção no saguão?", indagou uma jovem mulher da mesma idade de Dion.

"Gestora Sherly! Tem um mendigo aqui que quer se hospedar no hotel. Ele está exigindo reservar nossa melhor suíte."

Por um momento, a mulher chamada Sherly observou a aparência desgrenhada de Dion. Não era de se admirar que seu funcionário pensasse que ele era um mendigo; Sherly mal podia culpá-los.

"Isso é verdade? Você quer reservar a melhor suíte deste hotel? Você pode pagar?", perguntou Sherly de forma cética.

"Srta. Sherly", disse Dion, notando a placa de identificação em seu uniforme.

"Eu desejo me hospedar aqui e quero a melhor suíte. Isso está errado?"

"Você não está errado. Mas você deve saber que nossa suíte premium é extremamente cara. Apenas os ricos podem pagar por ela."

"Apenas me diga qual quarto o hotel tem disponível. Não há nada que eu não possa pagar", insistiu Dion, cansado de ser ignorado.

"Ha! Um vadio como você agindo com orgulho, perguntando sobre o preço do nosso melhor quarto - é risível!" A recepcionista zombou abertamente.

O Gerente PO, ouvindo sua funcionária interrompendo-os, ficou irritado e fez um gesto para o silêncio.

Subjugada pelo gesto, a recepcionista não ousou falar novamente.

"Não há mal algum em simplesmente informar você sobre o preço do nosso melhor quarto", disse ela, entregando bruscamente a Dion a lista de preços dos quartos, na esperança de que ele fosse embora assim que visse.

Mas era uma esperança vã. Dion continuou a examinar as tarifas e especificações. De repente, ele declarou firmemente: "Vou pegar este quarto por uma semana!"