Capítulo 12

"Se todos vocês medem apenas por dinheiro. Ah, mais do que dinheiro!" Exclamou Dion com raiva.

"Verifique com o leitor de cartões. Tem dinheiro nesse cartão ou não!" Ele disparou.

A gerente Sherly, que viu Dion jogar um objeto amarelo na mesa, ficou chocada. Embora nunca tivesse visto um cartão desse tipo antes, ela tinha ouvido falar de pessoas possuindo esses cartões. Os donos não devem ser tratados com desprezo.

Se de fato o cartão estiver carregado com dinheiro e Dion for o dono, todos estão em apuros!

Eles têm constantemente diminuído e insultado Dion, sem ouvir uma palavra de sua explicação.

Para cada palavra de Dion, eles respondiam duas vezes, quanto mais Dion falava, mais eles respondiam.

Agora, quando Dion jogou um cartão amarelo diante dos olhos da recepcionista, todos ficaram em silêncio, incluindo a gerente Sherly.

Seu corpo tremia, imaginando o que seu chefe diria se descobrisse o que estava acontecendo no saguão do hotel.

Os medos da gerente Sherly se realizaram. O chefe do hotel, que também atuava como gerente geral, apareceu com o rosto cheio de pontos de interrogação.

Aconteceu que ele estava prestes a deixar o hotel para ir para casa. Mas, ao chegar no saguão do hotel, ele viu uma pequena agitação lá.

Ele se aproximou imediatamente e perguntou,

"O que está acontecendo, Sherly! Por que há problemas aqui?" O gerente geral perguntou em um tom monótono.

"Senhor William! Não é o que você imagina, apenas um pequeno mal-entendido", respondeu Sherly com medo.

O homem de meia-idade conhecido como Senhor William olhou alternadamente para Dion e para a recepcionista.

Assim que seus olhos pousaram no objeto amarelo que estava na mesa da recepcionista, ele ficou muito chocado e se aproximou apressadamente para pegá-lo.

Ele examinou brevemente o cartão. Depois de um momento, seu corpo tremeu, sinal de que ele reconheceu o cartão.

..."Quem é o dono desse cartão?" Ele perguntou nervosamente.

"Thi.. uh não, essa pessoa, senhor." A recepcionista respondeu apreensiva. Ela quase se referiu a Dion com um termo pejorativo, mas se conteve.

O Sr. William olhou para Dion com a testa franzida, sinal de confusão em relação à situação.

Parecia impossível para Dion, vestido tão mal, ser o dono do cartão de diamante mencionado. No entanto, no fundo, ele sentia que deveria acreditar nisso.

"Esse cartão é realmente seu?" William perguntou curioso.

"Verifique você mesmo. Só então poderá me julgar", disse Dion com frieza.

Ao ouvir a resposta casual, a testa franzida de William ficou mais intensa, e ele olhou para Sherly com curiosidade.

"Sim, senhor. Ele apresentou esse cartão anteriormente para fazer um pagamento pela suíte que queria reservar."

"Que suíte ele queria reservar?" William perguntou com interesse.

"A suíte presidencial, no último andar, senhor."

"O quê!" William exclamou incrédulo.

"Sherly! Verifique esse cartão agora! Não espere mais!"

"Imediatamente, senhor." Sherly respondeu nervosamente.

Sherly rapidamente passou o cartão de diamante, após inserir a taxa de aluguel noturna para a suíte presidencial multiplicada por sete dias. Logo, um "Ding" indicou uma transação bem-sucedida.

Todos presentes ficaram atordoados, sem acreditar que a pessoa que haviam menosprezado realmente pudesse pagar tal valor pela suíte.

Na máquina leitora de cartões, o valor de 1,75 bilhão de reais foi exibido pelo pagamento de uma estadia de sete dias no hotel.

O Sr. William, a gerente Sherly, a recepcionista e os outros hóspedes, todos ficaram chocados ao ouvir que Dion havia feito o pagamento pelo quarto mais luxuoso e caro do hotel.

Eles próprios não poderiam pagar por um quarto assim. Mesmo um dia já seria consideração.

Os meios deles só permitiam aluguéis de nível deluxe ou um pouco acima. Claramente, a origem de Dion não era tão simples quanto parecia.

"Si.. si.. senhor, desculpe pela nossa falta de atenção em não o servir devidamente", disse William tremendo.

Ele tremia porque sabia que se alguém possuísse tanto um cartão de diamante quanto um cartão preto, essa pessoa deveria ser priorizada.

Mas o que estava acontecendo em seu hotel? O detentor do cartão nobre estava sendo tratado com desdém, considerado um vagabundo, um mendigo, e assim por diante.

"Quem estava servindo este hóspede honrado anteriormente?"

Todas as recepcionistas presentes voltaram simultaneamente seu olhar para a colega no canto mais distante.

Sob o olhar atento deles, a jovem ficou assustada.

"Foi você! Você foi quem serviu esse cavalheiro com desrespeito?"

"S..s..sim, senhor." Foi tudo o que ela conseguiu dizer, em seguida, ficou em silêncio, curvando a cabeça com medo.

"Arrume suas coisas. Você está demitida, a partir de hoje! E seus direitos de estágio revogados. Saia!"

William falou com firmeza irredutível, não dando à moça a chance de responder.

"E para o restante de vocês, que isso seja uma lição, inclusive para você, Sherly."

"Seu cargo está rebaixado. Agora você é uma funcionária comum neste hotel!" William disse com forte emoção.

Então, William se aproximou de Dion com uma postura respeitosa, curvando-se para ele, e disse,

"Em nome de mim mesmo e da equipe, peço desculpas pelo serviço desagradável que você teve que suportar."

"Para compensar isso, eu pessoalmente o acompanharei até o quarto pelo qual você pagou," William falou humildemente na presença de Dion.

Ele fez isso porque era muito raro encontrar um hóspede que pudesse pagar integralmente pelo quarto mais caro de seu hotel por uma semana,

uma ocorrência que nunca tinha acontecido em toda sua carreira lá.

Durante seu tempo trabalhando naquele hotel, apenas algumas delegações de líderes mundiais, que frequentavam o hotel, conseguiam fazer o mesmo. Mas eles ficavam no máximo por três dias, e mesmo assim com desconto.

Mas hoje, uma pessoa aparentemente comum tinha conseguido pagar pelo quarto mais caro por uma semana; não era extraordinário?

Percebendo isso, Sr. William tentou se aproximar de Dion sob o pretexto de pedir desculpas, enquanto secretamente tinha seus próprios interesses em mente.

Ele queria saber quem Dion realmente era, e como uma pessoa comum como ele poderia possuir um cartão de diamante.

Se ao menos ele soubesse a verdadeira identidade de Dion, ele não teria ousado se comportar como o fez com ele.

Há pessoas gananciosas em todos os lugares. Já ricas, elas buscam ser ainda mais ricas. No poder, desejam mais incessantemente.

Isso se aplicava ao Sr. William. Embora até então, ele tivesse liderado livremente um hotel que não era seu. Ele só tinha a confiança para gerenciá-lo temporariamente.

Uma vez que o verdadeiro dono chegasse, ele teria que se retirar e se tornar o assistente dele. Era isso que se esperava que acontecesse.

Se hoje ou em outro dia, ele precisaria engolir o amargo, pois o verdadeiro dono do hotel havia chegado.

Logo depois, Dion chegou ao luxuoso quarto que havia reservado. O Sr. William mesmo abriu a porta para ele e o serviu.

Seu comportamento era muito obediente e submisso com Dion, embora suas intenções não estivessem claras.

Depois de guardar as poucas pertences de Dion no guarda-roupa opulento, o Sr. William abriu a geladeira e pegou uma água cara, que ofereceu ao seu estimado hóspede.

Dion, que era tratado com tanto apreço especial, se sentiu desconfortável. Com as sobrancelhas franzidas, ele observou um gerente geral de hotel se rebaixar para servi-lo.

"Jovem mestre, me desculpe pela pergunta, e se for indelicada. Posso perguntar sobre a sua origem?" William perguntou hesitante.

"Sobre aquele cartão de diamante, certo? Como eu, parecendo um mendigo, poderia possuí-lo. É isso?" Dion desafiou, acertando em cheio.

O Sr. William, diante de uma pergunta tão direta e precisa, gaguejou, não esperando que Dion adivinhasse seus pensamentos com tanta precisão.

"S..sim, senhor." Ele respondeu nervosamente.

"Ainda não chegou a hora de você saber sobre mim, e obrigado por me trazer a este quarto."

Dion encerrou a conversa rapidamente, desejando um fim rápido, pois estava cansado de ser importunado por causa de sua aparência desleixada desde a manhã.

Ele desejava descansar e recuperar suas energias, além de clarear sua mente que tinha sido perturbada durante todo o dia.

"Muito bem, então, senhor. Vou me retirar!"

William percebeu que não era apropriado prolongar e perturbar seu hóspede importante mais do que o necessário.

"Haverá outro dia." pensou o Sr. William rebelde, e então saiu apressadamente do quarto de Dion.

Ele próprio, depois de trabalhar naquele hotel, nunca havia dormido uma vez naquele quarto especial, pois era proibido para a equipe do hotel entrar, exceto para serviço de quarto.