Capítulo 10

Mei está sentada de frente para o general, que a olha fixamente. Se o capitão estiver certo e aquela garota é a esposa do terceiro príncipe, por que ela está ali? O terceiro príncipe a está usando para espionar? Essas eram as perguntas que passavam pela sua mente, afinal, a garota carregava uma espada e um par de adagas em uma pequena bolsa na cintura.

Eu só estava dando um passeio e entrei aqui por engano.

O quê? Você acha que eu acreditarei nisso? Uma garota dando um passeio, que piada!

Estou dizendo a verdade, além disso, garanto-lhe que se minhas intenções fossem ruins, você já estaria morto no momento em que me tocou.

Afinal, em sua vida passada, Mei era uma agente governamental muito habilidosa na hora de eliminar seus inimigos.

Eu sei quem você é, a esposa do terceiro príncipe. Ele a usa para essas coisas, o covarde!

O quê? Pff, não e se ele pedisse, eu não faria nada por ele. Se você sabe quem eu sou, deve saber sobre minha situação.

Eu sei e uma mulher apaixonada é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama.

Mei faz uma expressão irritada diante desse comentário. Sim, a verdadeira Mei faria isso, mas agora não é a verdadeira Mei, então nem em sonhos faria algo por esse homem tão odioso.

Uma mulher também se cansa de amar sem ser correspondida. Se pudesse, já teria me divorciado do terceiro príncipe.

O general não esperava que ela dissesse isso, embora pudesse ser apenas parte de um plano, então ele não pode facilmente acreditar nela. Já é bastante estranho que eles se encontraram duas vezes em tão pouco tempo.

você entenderá que eu não posso acreditar em você. O amor não desaparece do dia para a noite.

sério? O general já esteve apaixonado?

não.

então como ele sabe que isso não é possível?

O general franzindo a testa diante de sua pergunta, essa garota é realmente diferente, o contrário do que lhe contaram, ela deveria ser uma dama muito refinada, mas aqui ela está diante dele, uma garota rude e mal-educada. Ela nem parece ter medo apesar de estar em um acampamento militar.

Ordenarei que levem você de volta para casa.

Apenas me dê meu cavalo e irei sozinha. E não se esqueça de devolver minhas armas.

O general se levanta para desamarrar suas mãos e entregá-la suas armas. Ambos saem da tenda e o general pede que lhe devolvam o cavalo, pois irá deixá-la ir. Os soldados não parecem muito satisfeitos, mas é apenas uma garota, então eles não pensam que seja um problema, se o fosse, o general certamente a teria torturado, não importando que ela não fosse um homem. Mei monta no cavalo e parte, já é muito tarde e deve entrar sem que ninguém a veja, o general ordena a um dos soldados que a siga e lhe informe tudo, não se pode confiar quando se trata da esposa do segundo príncipe.

Mei chega à mansão, sobe novamente o muro para poder entrar, o que surpreende o rapaz que a segue, pois parece que ela escapou do local. Mei rapidamente entra em seu quarto, troca de roupa e se deita na cama, como as servas não estão lá, supõe que ninguém soube que ela saiu. No dia seguinte, as servas entram rapidamente pedindo que ela se vista, que o príncipe chegou e quer vê-la.

- O quê? Não posso acreditar que venha tão cedo me incomodar...

Ela sai dos lençóis e desce da cama toda sonolenta, enquanto as servas a vestem e penteiam, pois Jiro já a espera na sala de sua casa, Mei já pronta sai, ainda bocejando.

- O que você quer a estas horas?

- Que maneira de falar é essa? Sou seu esposo e precisa me respeitar.

- Você não fez nada para ganhar meu respeito.

Ela senta e bebe de um só gole o chá servido e que era do príncipe, causando que este se enoje, não pode acreditar que sua esposa esteja se comportando de maneira tão rude.