As imponentes paredes de pedra escura do Castelo da Geada pareciam engolir a luz da lua. Era mais uma fortaleza do que um lar, e o ar aqui era ainda mais rarefeito, mais frio.
No momento em que o motorista abriu minha porta, Darian estava ao meu lado. Ele não me deu tempo para pisar no chão. Minha ousadia no carro, a comparação entre ele e o seu ego, tinha exigido uma resposta imediata e pública.
"De pé, Ômega," ele sibilou, mas não como um pedido. Sua mão agarrou meu braço esquerdo com a força de uma armadilha de caça, e ele me arrancou para fora do veículo.
Eu tropecei na neve e tentei recuperar o equilíbrio, mas ele não me permitiu. Ele me arrastou pela neve espessa até as escadas de pedra que levavam à entrada principal. Seus passos eram longos e decisivos, e os meus eram um esforço humilhante para não cair. Ele não me estava guiando; ele estava me exibindo.
Os Alfas da Matilha da Geada, que guardavam os portões, endireitaram-se, observando a cena em silêncio absoluto. A maneira como ele me puxava era o bastante para entenderem: eu era uma posse rebelde que precisava ser domada.
Ele abriu a porta maciça de carvalho com um chute e me arrastou para dentro, para um grande salão de pedra onde apenas o fogo crepitava. O cheiro da Matilha da Geada, uma mistura de gelo, metal e lobos poderosos, atingiu meu nariz.
Darian não se importou em me apresentar. Ele continuou me arrastando, ignorando os olhares curiosos de alguns guardas que passavam. Ele virou um corredor lateral escuro, que levava a uma parte mais antiga e isolada do castelo, nos fundos.
Ele abriu uma porta pesada com um ombro, e me jogou para dentro do quarto. O lugar era frio, com pouca mobília e pouca luz. Era um quarto de serviço, ou talvez um lugar de punição.
"Aqui, você aprenderá sobre o verdadeiro tamanho do meu ego, Serena," ele rosnou, fechando a porta. O som do trinco foi final, me prendendo ali com ele.
Meu coração martelava. Eu tentei me afastar, mas ele foi rápido demais. Ele me pegou pela cintura com as duas mãos, me virou com violência e me atirou sobre a mesa de madeira rústica que estava no centro do quarto. A madeira arranhou a pele fina do meu braço, mas a dor física era pequena perto do terror que sentia.
"Você me desafiou publicamente. Em meu território, a punição é imediata e absoluta. O seu lugar é de joelhos, Ômega," ele ordenou, a voz como basalto.
Ele me puxou para baixo da mesa, a mão na minha nuca, forçando-me a cair no chão de pedra. Ele me posicionou sobre as mãos e os joelhos, como um animal.
Ele se ajoelhou e me agarrou pelos quadris, o toque dele sendo a única preparação que eu teria. Ele forçou a entrada em um único golpe profundo, implacável e doloroso.
A respiração me falhou. O choque inicial fez-me chorar de dor e susto. Ele era grande, e a força de sua estocada inicial era avassaladora, rasgando o tecido fino que meu pai havia guardado.
"Quieta, Serena. Você é minha. Receba o seu Alfa," ele rosnou contra a minha nuca.
Seus movimentos eram fortes, ritmados e absolutamente dominadores. A dor aguda rapidamente se transformou em uma dor suportável, e, de repente, meu corpo, o corpo da Ômega que fui vendida para procriar, começou a responder.
Eu me senti afundar no ritmo dele. Minhas mãos se curvaram em garras na pedra. Um gemido estrangulado escapou da minha garganta, um som de pura necessidade que eu não reconheci.
"Darian... Ah, Darian! Mais forte!" Eu gritei, a voz não era minha, mas do meu lobo interior, que estava finalmente sendo dominado e satisfeito.
O Alfa parou por um instante, o corpo tenso sobre o meu. Ele me cheirou profundamente, e então seus olhos de gelo, que eu forcei a encarar, desceram para onde nossos corpos se uniam. Havia sangue.
"Você é virgem," ele sussurrou, a voz carregada de choque e possessividade renovada. Seu toque sobre meus quadris se tornou mais cuidadoso por um instante, mas o conhecimento de que ele havia quebrado o selo me excitou de uma maneira perigosa.
"Sim," eu ofeguei.
A surpresa durou apenas um momento antes de ser substituída por um prazer frio. "Excelente. Uma peça nova. Então você receberá mais do que eu planejei."
Ele me penetrou mais profundamente por um momento, me levando ao clímax que eu não podia negar, meu corpo se curvando em um espasmo. O grito dele, um rosnado animal, acompanhou o meu.
Ele não me deu tempo de recuperar o fôlego. Ele se retirou apenas o suficiente para me virar ligeiramente, mantendo-me ainda de quatro.
"Você tem dois buracos para me servir, Serena. E eu vou reivindicar os dois."
Sem aviso, sem preparação, ele forçou a entrada em minha parte traseira. A dor era aguda, diferente, e eu gritei um gemido limpo, não de prazer, mas de choque e violação.
"Este é o seu castigo pela sua boca atrevida. Você será marcada por mim por dentro e por fora," ele rosnou, cada estocada sendo uma punição e uma posse.
Ele me usou ali, no chão frio do quarto de serviço, em um ato de domínio absoluto. O cheiro de sua excitação e meu desespero preencheram o ar. Ele gemia, o corpo dele tenso e forte, e eu gemia de dor e de uma resposta física que eu odiava.
Quando ele finalmente atingiu seu clímax pela segunda vez, ele gritou meu nome com uma ferocidade que me fez tremer. Ele me deixou cair, exausta e dolorida.
Ele se retirou de mim, arrumando-se em silêncio, mas seu rosto estava diferente. Não era mais apenas frio; havia um fogo sombrio e uma satisfação possessiva em seus olhos de gelo.
"Você permanecerá neste quarto até que eu decida o contrário," ele disse, sua voz voltando ao tom calmo e gelado. "Você tem o espírito teimoso. Mas o seu corpo, Serena, é completamente meu, marcado por todas as formas que eu escolher."
Ele saiu, e o som da porta sendo trancada deixou-me sozinha, nua, tremendo e coberta pela essência do meu novo mestre. A humilhação era profunda, mas a chama da minha rebeldia agora competia com a certeza de que a minha luta contra Darian havia se tornado uma perigosa batalha física e emocional.
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Atualizado até capítulo 20
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