Catarina sempre se manteve humilde, obedecendo todas as ordens que lhe davam, mas não era boba e nem tão subserviente para continuar trabalhando sem registro e salário correspondente.
— Pensei que era obrigatória a saída. Posso pensar?
— Desde que decida antes de seu aniversário para que eu possa regularizar tudo.
— Está bem, obrigada.
Viu a mãe sorrir para ela pela primeira vez e aquilo era muito estranho. Faltavam duas semanas para seu aniversário e começou a preparar sua saída, mas a garotinha, Táli , não a largava e quando presenciou os outros a maltratando, decidiu levá-la.
Esperou o momento em que estava sozinha na casa e foi até o arquivo de pastas, que ficava trancado, mas ela sabia onde estava e pegou os documentos da menina, deixando os seus para que a mãe não desconfiasse.
Porém, na véspera de sua partida, o pai entrou em seu quarto e tentou estuprá-la, mas assim como ela havia reagido com o nick, reagiu com seu pai, só que dessa vez, ela cortou-lhe a jugular.
— Oh, meu deus, o que foi que eu fiz?
Olhou para as mãos ensanguentadas e viu garras no lugar de suas unhas, ficou apavorada, pois não fazia ideia do que estava acontecendo. Com medo, correu para o banheiro e lavou as mãos que voltaram ao normal. Foi pegar seus documentos no escritório, depois, pegou suas coisas que separou em uma sacola plástica e foi ao quarto da Táli, onde não a acordou, pegou-a no colo ainda dormindo e fugiu pela janela.
Quando descobriram o que aconteceu, ela já estava bem longe, chegou à estrada, pegou um ônibus e foi viajando durante toda a noite até chegar a uma cidadezinha bem distante. Conseguiu se hospedar em uma pensão com o pouco dinheiro que tinha e dormiu durante o dia, com Táli que acordou durante a fuga.
A polícia foi acionada e considerou que a morte foi causada por um animal selvagem e não deu prosseguimento a uma investigação e sem a documentação da criança, não conseguiu registrar o sumiço. Como Catarina fazia 18 anos naquele dia, não era mais de sua responsabilidade.
Infelizmente, Catarina não sabia disso.
18 anos antes
Na Alcateia dos Nobregas, o Beta do Supremo, Norman Weidman, comunicou ao Supremo a necessidade de enviar um Alfa para liderar a Alcateia e iniciou sua busca por sua filha. Pelo cheiro que sentiu na casa, percebeu que, provavelmente, era ela a responsável pelas mortes.
— Chamem a governanta. — ordenou aos servos.
Quando ela chegou, parecia bem mais velha de quando a viu pela primeira vez, franziu a sobrancelha e concluiu que devia ser o sofrimento pela perda do companheiro.
— Pois não, senhor, em que posso lhe servir.
— Você sabia que foi a sua filha que envenenou os Alfas, não sabia?
Ela caiu de joelhos, chorando, como vinha fazendo desde que as mortes aconteceram.
— Me perdoe, Beta. Eu desconfiei, pelo cheiro que senti na dispensa e na cozinha, mas não a encontrei e tive medo de procurá-la e também de a delatar, depois de tudo o que passou.
— Fique em seu quarto, vou seguir o cheiro e tentar encontrá-la. É provável que ela já tenha tido o bebê e talvez eu consiga encontrar os dois.
— Não faça nada de mal com a minha filhota, por favor, ela não tem culpa de tudo que sofreu.
— Fique tranquila, se eu as encontrar, trarei-as de volta e assumirei as duas.
— Obrigada, Beta Norman.
— Não me agradeça, ainda, mesmo porque, também sou um dos responsáveis pelo que ela passou. Se eu estivesse aqui, ela não teria passado por tanta humilhação.
Ela abaixou a cabeça, pensando que ele tinha razão, se tivesse feito a coisa certa, sua filha não tinha sido expulsa e nem tido filhote sozinha na cabana. Foi tão desafortunada, mas lembrou-se que a antiga luna, mãe do Alfa morto, passou pela mesma coisa.
— Isso é uma maldição, minha sogra passou a mesma coisa com o companheiro dela, foi desprezada, rejeitada, mas mantida cativa para ter filhos e no final só teve um que agora está morto e eu também, só me resta minha filha Cássia, por favor, encontre-a.
Norman consentiu com um aceno de cabeça e saiu, chegou à floresta, tirou a roupa e transformou-se em seu imenso lobo que imediatamente, captou o cheiro de sua companheira e o seguiu, chegando à cabana.
Voltando à forma humana, vasculhou tudo e não encontrou nada, além dos trapos velhos que ela devia usar. Também não sentiu o cheiro de sua filhota, mas sentiu o cheiro de sua fêmea, diferenciado pela gravidez e seguiu até chegar ao rio.
Foi lá que ele identificou o cheiro de sua filhota, caiu de joelhos chorando, muito emocionado.
— Eu sou pai… tenho uma herdeira… mas a perdi. — agarrou a gramínea crescida na beira do rio.
Quando se acalmou, sentiu que o cheiro continuava e teve uma esperança levantou-se e seguiu, percebendo que em certo momento, o cheiro se bifurcava, o da loba seguindo para a esquerda e o da filhote para a direita.
Ali começou a sua busca pela companheira e pela filha. Não as achou naquele dia, mas encontrou indícios que o levou a outras pistas, mas não conseguiu prosseguir, tinha coisas a resolver na alcateia dos Nóbrega.
O novo Alfa foi designado pelo Supremo e chegou a Alcateia acompanhado de sua Luna e seus filhos de cinco e três anos. Foi recepcionado pelo Beta, que embora lamentasse a morte do antigo Alfa, sentia-se aliviado por não conviver mais com seu despotismo.
Uma cerimônia de posse foi feita e depois de organizar tudo e apresentar a companheira do falecido Alfa para o novo Alfa, Norman foi embora, queria prosseguir na sua busca o mais rapidamente possível.
Dias atuais
A antiga Alcateia Nóbrega, passou a se chamar Alcateia Lua Nova, a governanta não aguentou a falta do companheiro e faleceu. Os jovens filhos do Alfa, tornaram-se guerreiros fortes. O mais velho foi treinado e substituiria o pai.
Começou a ser cobrado para que escolhesse uma das fêmeas para ser sua Luna, pois não convinha que assumisse o cargo sem estar casado. Mesmo com o Alfa escolhido pelo Supremo, os machos mais velhos insistiam nas práticas humanas e escolheram uma fêmea com aparência chamativa, que sabia se portar e ofereceram ao Alfa.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Marilene Gatinha
minha querida autora querida volta aqui não me deixa nessa ansiedade mulher hahahahah postar mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais 🤭🤭🤭🤭
2025-10-12
2
Leydiane Cristina Aprinio Gonçaves
p*** m**** é o pai é o irmão tudo querendo violentar a Catarina sexualmente mas que bom que ela matou o infeliz dessa vez
2025-10-12
2
Fatima Monjane
ainda bem que conseguiu se defender....
2025-10-18
1